01 - Doutorado - Ciências Biológicas
URI Permanente para esta coleção
Navegar
Navegando 01 - Doutorado - Ciências Biológicas por Autor "Bianchini, Edmilson"
Agora exibindo 1 - 5 de 5
Resultados por página
Opções de Ordenação
Item Bactérias associativas e óxido nítrico aumentam a tolerância ao déficit hídrico de espécies arbóreas da Mata AtlânticaHertel, Mariana Fernandes; Pimenta, José Antonio [Orientador]; Moreira, Renata Stolf; Pastorini, Lindamir Hernandez; Oliveira, André Luiz Martinez de; Bianchini, Edmilson; Silva, Weliton José da; Moreira, Renata Stolf [Coorientadora]Resumo: Mudas destinadas a sítios de reflorestamento ativo devem tolerar condições adversas, dentre as quais se destaca o déficit hídrico (DH) A inoculação de bactérias associativas (BAs) e a aplicação exógena de moléculas sinalizadoras, como o óxido nítrico (NO), podem aumentar a tolerância de plantas ao DH O objetivo deste estudo foi verificar se a inoculação com bactérias associativas, Azospirillum brasilense (Ab-V5) ou Bacillus velezensis (ZK), e se a aplicação de nanopartículas contendo um doador de óxido nítrico (NPs de NO, sem a presença de bactérias ou com inoculação) afetava o metabolismo, a fisiologia e o crescimento de mudas arbóreas neotropicais tornando-as mais tolerantes ao DH Para isto, foram desenvolvidos dois experimentos Um com duas espécies de Fabaceae (Hymenaea courbaril L, Hc e Bauhinia forficata Link, Bf) inoculadas com Ab-V5 ou ZK e submetidas ao DH por 3 dias (Capítulo 1) O segundo experimento foi desenvolvido com mudas de Heliocarpus popayanensis Kunth (Hp) e Cabralea canjerana (Vell) Mart (Cc) inoculadas com Ab-V5 ou ZK, ou tratadas com NPs de NO As mudas também foram tratadas simultaneamente com uma das bactérias e NPs de NO Mudas de todos os tratamentos foram submetidas ao DH por 3 semanas (Capítulo 2) Em ambos os experimentos foram avaliadas as trocas gasosas, a peroxidação lipídica das folhas e os parâmetros biométricos No Capítulo 1 foram avaliados o potencial hídrico das folhas (?w), a concentração foliar de prolina, o metabolismo do N das folhas e raízes e os parâmetros anatômicos de folhas e raízes No capítulo 2 foram avaliados o conteúdo relativo de água (CRA) e os níveis de S-nitrosotióis das folhas No Capítulo 1, as mudas de Hc com ZK em DH apresentaram maior ?w que as mudas não inoculadas (NIn) As mudas com Ab-V5 em DH apresentaram maior assimilação de N nas folhas, e ambas as estirpes estimularam o acúmulo de prolina nas folhas As mudas de Bf inoculadas com Ab-V5 em DH mantiveram a fotossíntese líquida e tiveram menor peroxidação lipídica que mudas NIn A assimilação de N nas raízes foi mantida em mudas inoculadas com Ab-V5 e com ZK em DH No Capítulo 2, as mudas de Hp inoculadas em DH mantiveram a fotossíntese líquida e tiveram maior CRA que mudas NIn em DH, com efeito sinérgico entre as BAs e o NO Mudas de Hp com NO tiveram maior massa seca que mudas sem NO O NO aumentou a fotossíntese líquida de mudas de Cc A peroxidação lipídica foi menor nas mudas de Cc em DH com BAs e houve efeito sinérgico das BAs com o NO Foram observadas respostas de maior tolerância ao DH estimuladas pelas BAs nas quatro espécies Também foram observadas respostas de tolerância devido ao NO nas mudas de Hp e Cc O tratamento simultâneo de BAs com NO resultou num efeito sinérgico amenizando o estresse Os tratamentos utilizados neste estudo se apresentaram como técnicas promissoras para aumentar a tolerância à seca de mudas arbóreas neotropicais destinadas a reflorestamentoItem Estudo demográfico de espécies arbóreas de diferentes grupos ecológicos em um fragmento de floresta estacional semidecidual do sul do BrasilBovolenta, Yves Rafael; Pimenta, José Antonio [Orientador]; Portela, Rita de Cássia Quitete; Bianchini, Edmilson; Ribeiro, José Eduardo Lahoz da Silva; Silva, Weliton José daResumo: Estudos populacionais permitem entender a história de vida das espécies e sua estabilidade no espaço e tempo A compreensão da dinâmica populacional requer a quantificação das taxas vitais básicas (crescimento, sobrevivência, decrescimento e fecundidade) e os conhecimentos adquiridos podem ser aplicados à conservação, prevendo trajetórias da população e para entender processos de regulação dos sistemas naturais, principalmente em habitats modificados pelo homem Nesse sentido, o objetivo foi avaliar a demografia de dez espécies arbóreas em um fragmento protegido e em regeneração Foi investigado (1) se duas populações ameaçadas de extinção e alvos de exploração no passado (Euterpe edulis Mart e Aspidosperma polyneuron MüllArg) apresentaram crescimento populacional em uma área protegida; e (2) se oito populações arbóreas de diferentes grupos ecológicos apresentaram estratégias demográficas distintas em um habitat em regeneração Aspidosperma polyneuron apresentou declínio populacional, devido principalmente a lenta transição para tamanhos maiores, demorando a repor os adultos removidos na exploração Euterpe edulis apresentou aumento populacional, devido principalmente ao crescimento rápido dos indivíduos jovens e fecundidade A maioria das populações não exploradas, independentemente das características ecológicas, apresentou estabilidade populacional, porém, as estratégias demográficas que levaram à estabilidade foram diferentes para cada uma delas A sobrevivência foi o parâmetro demográfico que mais contribuiu para o valor da taxa finita de crescimento populacional, seja positiva ou negativamente Os resultados reforçam a importância de áreas protegidas na manutenção de espécies e indicaram grande diversidade de estratégias demográficas, sendo que cada espécie tem uma combinação única de crescimento, sobrevivência e fecundidade, com consequências para a regeneração, coexistência e manutenção da diversidade de espécies em habitats modificadosItem Fenologia reprodutiva em áreas de restauração ativa e passiva de floresta estacional semidecidualToscan, Maria Angélica Gonçalves; Torezan, José Marcelo Domingues [Orientador]; Milani, Jaçanan Eloisa de Freitas; Garcia, Leticia Couto; Bianchini, Edmilson; Ribeiro, José Eduardo Lahoz da Silva; Temponi, Lívia Godinho [Coorientadora]Resumo: A fenologia da floração e da frutificação pode informar sobre a reprodução das espécies vegetais e a disponibilidade de recursos para a fauna em ambientes naturais ou em restauração, permitindo inferir aspectos da dinâmica e da sustentabilidade desses ecossistemas O presente trabalho teve como objetivo (I) comparar a fenologia reprodutiva (floração e frutificação) de espécies arbóreas em áreas de restauração passiva de Floresta Estacional Semidecidual de Mata Atlântica (duas florestas secundárias; estágio avançado (FS1) e intermediário (FS2) de sucessão) e áreas de restauração ativa (reflorestamentos de duas idades, inicial 13 anos (SR1) e avançado 37 anos (SR2)), usando como referência um fragmento de floresta madura (FM), localizado no oeste do estado do Paraná, Brasil; e (II) comparar a disponibilidade de espécies e indivíduos em frutificação de espécies arbóreas zoocóricas para a comunidade frugívora entre as mesmas áreas A fenologia da floração (botão e antese) e da frutificação (frutos imaturos e maduros) de 124 espécies (8 zoocóricas) foi analisada mensalmente por 24 meses, quanto à similaridade florística das espécies com a floresta de referência, à riqueza de espécies em cada fenofase, à sazonalidade das fenofases, às relações da floração e da frutificação com as variáveis meteorológicas e à disponibilidade de espécies zoocóricas em frutificação para a fauna associada As espécies amostradas na restauração passiva apresentaram maior similaridade florística com a floresta de referência que a restauração ativa A riqueza de espécies encontradas nas áreas de restauração em cada fenofase e ao longo do ano foi inferior em relação à área de referência, esta com a maior riqueza, seguida de FS1 e SR2, de FS2 e de SR1 A floração foi sazonal, com maior concentração na primavera (setembro a dezembro) A sazonalidade na frutificação foi ausente, pois esta tende a ser mais distribuída ao longo do ano O comprimento do dia foi a variável que mais influenciou a floração e a frutificação As áreas com maior disponibilidade de espécies zoocóricas e distribuídos de forma mais constante ao longo do ano foram FM, FS1 e SR2, onde não houve sazonalidade na frutificação das espécies zoocóricas Em SR2, foram amostradas espécies não nativas, o que gerou alteração na fenologia reprodutiva, sendo que com todas as espécies amostradas, SR2 não apresentou sazonalidade para todas as zoocóricas, porém passou a ser sazonal com o expurgo das exóticas FS2 e SR1, apresentaram sazonalidade na frutificação das zoocóricas, destas FS2 apresentou grande porcentagem de suas espécies florescendo e frutificando, e SR1 apresentou os menores valores e a menor disponibilidade de recursos florais e de frutos Apesar das diferenças entre as áreas estudadas, todos os sítios de restauração são importantes fontes de recursos em uma matriz composta por atividades agropecuáriasItem Florestas ripárias e qualidade da água em nascentes no norte do Paraná, BrasilCavalheiro, Alba Lúcia; Torezan, José Marcelo Domingues [Orientador]; Salimon, Cleber Ibraim; Bianchini, Edmilson; Orsi, Mário Luis; Durigan, Giselda; Yabe, Maria Josefa Santos [Coorientadora]Resumo: Em menos de 8 anos, a cobertura florestal nativa do Paraná foi reduzida de 88 para 12% e, de acordo com o Cadastro Ambiental Rural, ao menos 38% das áreas de preservação permanente (APPs) do estado foram completamente desmatadas A ausência ou escassez de florestas ripárias anula ou compromete serviços ecossistêmicos, como a manutenção da qualidade da água via filtro de nutrientes provenientes do entorno Este trabalho avaliou a eficiência de florestas ripárias de diferentes larguras na manutenção da qualidade da água de nascentes na paisagem agrícola do norte do Paraná, Brasil Onze riachos de primeira ordem, sendo três localizados em bacias florestais e oito em bacias agrícolas, foram amostrados em intervalos de dois a quatro meses, num total de cinco amostragens, entre julho/215 e setembro/216 Foram avaliados os efeitos da quantidade e qualidade da floresta, da bacia de captação e do volume de precipitação sobre as variáveis fósforo, nitrogênio, oxigênio dissolvido, condutividade elétrica, pH e temperatura, associadas à qualidade da água dos riachos Como o coeficiente de Spearman apontou correlação entre largura e cobertura florestais (,83), e entre largura e qualidade da floresta (,72), as análises foram conduzidas considerando dois conjuntos de preditoras: o primeiro, composto por largura da faixa de floresta, área e inclinação da bacia de contribuição, teor de fósforo no solo do entorno e no solo ripário e precipitação; o segundo, composto por cobertura e qualidade da floresta, área e inclinação da bacia de contribuição, teor de fósforo no solo do entorno e no solo ripário, e precipitação Os testes de Kruskal-Wallis e Dunn mostraram que riachos agrícolas e florestais diferiram nas concentrações de nitrogênio e na temperatura Também mostraram diferenças entre amostragens nas concentrações de fósforo, oxigênio dissolvido e temperatura, provavelmente relacionadas aos maiores volumes de precipitação, em ambos os tipos de riachos O teste de Shapiro-Wilk indicou que os dados não apresentaram distribuição normal, razão pela qual foram utilizados modelos lineares generalizados mistos (GLMM) para modelar as relações entre as variáveis-resposta e as preditoras, para o conjunto total dos dados (n=11) e para bacias agrícolas (n=8) O melhor modelo para cada variável-resposta foi selecionado utilizando a função ICtab Faixas mais largas de floresta ripária não garantiram a manutenção da qualidade da água de nascentes, mas cobertura e qualidade das florestas sim A porcentagem da bacia de contribuição coberta por florestas e a qualidade destas florestas, juntamente com as características da bacia e o volume de precipitação, influenciaram a maioria das variáveis-resposta Estes resultados corroboram a indicação de que sejam consideradas características regionais na determinação das APPs ripárias para que a manutenção da qualidade da água pelas florestas seja eficiente Além disso, reforçam a preocupação diante do cenário atual de mudanças climáticas, no qual eventos extremos como fortes chuvas podem se tornar cada vez mais intensos e frequentesItem Megathyrsus maximus (capim-colonião) no contexto da restauração ecológicaDias, Jézili; Torezan, José Marcelo Domingues [Orientador]; Pivello, Vânia Regina; Bianchini, Edmilson; Oliveira, Halley Caixeta de; Melo, Antônio Carlos Galvão deResumo: A gramínea exótica invasora Megathyrsus maximus (Jacq) B K Simon & S W L Jacobs (capim-colonião) pode causar problemas para a regeneração natural nos primeiros anos de restauração florestal e em muitos casos, pode persistir nestas áreas por vários anos Entender como a presença desta gramínea está relacionada com o desenvolvimento dos reflorestamentos é importante para o manejo destas áreas Os objetivos deste trabalho foram avaliar: (i) os sítios de restauração florestal, relacionando a biomassa e a abundância de M maximus com a idade do reflorestamento, densidade de árvores, cobertura de dossel e a fertilidade do solo; (ii) os efeitos de espécies invasoras (M maximus e outras espécies ruderais), sobre a regeneração de espécies arbóreas nativas em áreas de restauração florestal; (iii) o crescimento de M maximus e duas espécies nativas (Heliocarpus popayanensis Kunth e Poecilanthe parviflora Benth), em diferentes níveis de sombreamento (3%, 5%, 8% e 9%), condições de solo (controle, calagem e calagem + fosfato) e situações hídricas (capacidade de campo e estresse hídrico) em experimentação em casa de vegetação Como resultados: (i) a biomassa e a densidade da gramínea nos reflorestamentos não apresentaram correlação com as variáveis analisadas, com exceção da biomassa da gramínea com a concentração de magnésio no solo; (ii) as espécies ruderais em geral não apresentaram efeitos negativos sobre a regeneração das espécies arbóreas nativas Entretanto, há maior riqueza e abundância destas na ausência de M maximus, que esteve relacionado negativamente com a regeneração das espécies pioneiras; (iii) o crescimento da gramínea foi maior nos vasos em menor sombreamento e solos onde houve a calagem + fosfato, nestas mesmas condições houve mortalidade de 4% em H popayanensis Já P parviflora não teve mortes e manteve o crescimento independente dos tratamentos e do crescimento da gramínea Megathyrsus maximus permaneceu em áreas de restauração florestal mesmo sob maior sombreamento e esteve relacionado com a fertilidade do solo, ao mesmo tempo em que interferiu negativamente sobre a regeneração florestal No entanto, o crescimento de espécies nativas em presença de M maximus pode ser diferente em resposta às variações ambientais, a exemplo de H popayanensis e P parviflora Diante destes resultados, deve-se evitar a fertilização do solo nas ações de restauração florestal, pois pode favorecer o crescimento e a permanência de M maximus Ainda, visto seu efeito negativo sobre as regenerantes nativas e a um possível risco de incêndios nestas áreas, são indicados o controle da gramínea e o enriquecimento com plantas nativas que possam manter o crescimento nas condições apresentadas, como P parviflora