02 - Mestrado - Patologia Experimental
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Navegando 02 - Mestrado - Patologia Experimental por Autor "Araújo, Eduardo José de Almeida [Orientador]"
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Item Análise morfofuncional do plexo mioentérico e histopatológica da parede do cólon de ratos infectados com Toxoplasma gondiiMachado, Camila Cristina Alves; Araújo, Eduardo José de Almeida [Orientador]; Guarnier, Flávia Alessandra; Natali, Maria Raquel Marçal; Sant’Ana, Débora de Mello Gonçales [Coorientadora]Resumo: A toxoplasmose é uma doença causada pelo protozoário Toxoplasma gondii (T gondii) No Brasil, dados obtidos nos últimos 3 anos indicam que a soropositividade para o T gondii na população humana é uma das mais altas do mundo Devido ao fato de o trato gastrointestinal (TGI) ser a principal via de entrada do T gondii no hospedeiro, vários estudos têm sido publicados evidenciando alterações na organização da parede intestinal e sobre sistema nervoso entérico (SNE) Entretanto, não há informações sobre as consequências da infecção pelo T gondii sobre os padrões de motilidade intestinal Portanto, o objetivo desse estudo foi avaliar se os movimentos colônicos coordenados estão comprometidos pela infecção toxoplásmica e sua associação com alterações morfológicas Para tanto, ratos Wistar machos foram distribuídos em grupos controle e infectados Os animais do grupo infectado foram inoculados oralmente com 1mL de salina estéril contendo 5x13 ooscitos esporulados da cepa ME-49 (genótipo II) de T gondii Os animais foram submetidos à eutanasia 6, 12, 48, 72 horas e 3 dias após a infecção, visando a coleta de amostras do cólon proximal e distal Para análise histológica, cortes de amostras do cólon foram corados com hematoxilina e eosina, ácido periódico de Schiff, Alcian Blue pH 25 e pH 1 e Picro Sirius red Para análise do plexo mioentérico, amostras dos cólons proximal e distal foram microdissecados para a obtenção de preparados totais contendo o plexo mioentérico Neurônios foram evidenciados pela técnica de imunofluorescência para visualização da população total (anti-HuC/D), subpopulação nitrérgica (nNOS) e subpopulação colinérgica (anti-ChAT) A motilidade colônica foi analisada nos animais controle e infectados por 3 dias utilizando-se um manômetro convencional Histologicamente, observou-se hipertrofia da mucosa e edema na muscular da mucosa durante a fase aguda da infecção (até 72 horas) Linfócitos intraepiteliais e células caliciformes aumentaram progressivamente nesse mesmo período Ademais, observou-se aumento da proporção colágeno tipo I / tipo III durante o curso da infecção Aos 3 dias, parte dos parâmetros histológicos estava reestabelecidos, exceto a muscular da mucosa que estava atrofiada e o número de células caliciformes que continuava aumentado Quanto à motilidade intestinal, contrações mais vigorosas e duradoras foram observadas no cólon distal dos ratos infectados No entanto, perda de neurônios mioentéricos (todos os tipos) só foi observada no cólon proximal desses animais, o que indica perda de interneurônios descendentes Conclui-se que uma alta dose (5x13) de oocistos da cepa ME-49 de T gondii causa alterações histológicas na mucosa e no plexo mioentérico do cólon de ratos Além disso, a infecção causa alterações nos padrões de motilidade do cólon distal desses animaisItem Associação da agrecana na inervação do cólon de camundongos saudáveis e com colite induzida por sulfato de dextrana sódicaFranciosi, Anelise; Araújo, Eduardo José de Almeida [Orientador]; Fernandes, Glaura Scantamburlo Alves; Andrade, Fábio Goulart de; Miqueloto, Carlos Alberto [Coorientador]Resumo: A agrecana (ACAN) é uma proteoglicana presente na matriz extracelular (MEC) pertencente à família das hialectinas Estudos têm demostrado que a ACAN pode gerar cicatrizes gliais em casos de lesão cerebral Além disso, estudos recentes demonstram que a ausência de alguns componentes da MEC (tenascina X e ácido hialurônico) no sistema nervoso entérico (SNE) tem sido associada a distúrbios gastrointestinais No entanto, não se tem conhecimento sobre a presença da ACAN no SNE e sua possível relação com distúrbios gastrointestinais, principalmente em quadros inflamatórios Assim, o objetivo desta Dissertação foi verificar se ACAN está associada à inervação do cólon de camundongos saudáveis ou com retocolite ulcerativa (RCU) induzida por sulfato de dextrana sódica (DSS) Inicialmente, quantificou-se o mRNA para ACAN em dois estratos intersticiais: mucosa + submucosa e muscular + serosa de camundongos saudáveis por intermédio da técnica de PCR-RT Na sequência, avaliou-se a presença e localização da ACAN utilizando-se a técnica de imunofluorescência com dupla marcação de ACAN e componentes neuronais, como o óxido nítrio sintase neuronal (nNOS) e colina acetiltransferase (ChAT) Por fim, comparou-se o padrão de marcação da ACAN no plexo mioentérico entre camundongos saudáveis e camundongos com RCU Os resultados de PCR mostraram que a mucosa + submucosa tem maior quantidade de mRNA para ACAN em relação à muscular + serosa A imunoreatividade para ACAN foi observada no epitélio de revestimento da mucosa, aparentemente sem associação com específicos tipos celulares A ACAN também foi visualizada de forma associada a neurônios entéricos, principalmente no plexo mioentérico Todos os corpos celulares de neurônios mioentéricos apresentaram imunoreatividade para ACAN ACAN estava ausente em prolongamentos neuronais Cerca de 3% desses neurônios ACAN+ eram nitrérgicos e outros 3% eram colinérgicos Agregados de ACAN foram observados na matriz extracelular, principalmente dentro dos gânglios mioentéricos Imunomarcação também foi observada em neurônios aferentes que inervam o cólon, presentes em gânglios de raiz dorsal - GRD (T3, L1, L6, S1) Parte dos neurônios ACAN+ de GRDs eram positivos para o marcador de via nociceptiva: CGRP (calcitonin gene-related peptide) A RCU provocou redução significativa do número de agregados de ACAN (p<,5) Por outro lado, RCU não alterou a relação entre ACAN e neurônios mioentéricos Conclui-se que ACAN está presente no cólon de camundongos saudáveis e com RCU, incluindo corpos celulares de neurônios intrínsecos e extrínsecos a essa região do tubo digestório RCU reduziu a quantidade de agregados de ACAN, mas sua presença permaneceu inalterada ao redor dos corpos celulares de neurôniosItem Efeito da fototerapia sobre colite experimental induzida por ácido acético em camundongosBelém, Mônica de Oliveira; Araújo, Eduardo José de Almeida [Orientador]; Fernandes, Glaura Scantamburlo Alves; Zanoni, Jacqueline Nelisis; Verri Júnior, Waldiceu Aparecido [Coorientador]Resumo: As doenças inflamatórias intestinais (DII) apresentam intenso infiltrado inflamatório, abscesso nas criptas, ulcerações, com perda da arquitetura tecidual, depleção de células caliciformes, alteração do sistema nervoso entérico e até perda de função intestinal As DIIs têm fisiopatologia complexa, sem tratamentos completamente eficazes O uso de luz no comprimento de onda do infravermelho apresenta potencial terapêutico sobre inflamações Objetivou-se avaliar se a fototerapia (94 nm) é capaz de atenuar o processo inflamatório e proteger o tecido lesado do cólon de camundongos com colite experimental Os experimentos foram divididos em duas etapas A primeira visou avaliar a existência de potencial anti-inflamatório da fototerapia sobre a colite experimental Havendo essa ação, a segunda etapa visou avaliar como as estruturas que compõe a parede colônica eram protegidas das lesões causadas pela colite experimental Cada etapa experimental resultou em um artigo científico original Foi realizada indução de colite experimental com ácido acético 7,5% (pH 2,5) em camundongos Swiss machos Os camundongos foram tratados com luz proveniente de lâmpadas de LED no comprimento de onda de 94 nm, 45 nm largura de banda, intensidade de 4,5 J/cm2 e potência total de 27 mW e dose total de 64,8 J por 4 minutos; ou tratados com Prednisolona (5mg/kg/5dias, via oral) Os resultados da primeira etapa mostraram que houve um aumento de 35,71% do número de camundongos com colite que apresentaram trânsito intestinal retardado quando comparados aos animais com colite tratados com a LED terapia A colite aumentou a área e o peso do cólon, o que foi controlado pela LED terapia Quanto às lesões macroscópicas, animais com colite tiveram um escore médio de 9,5, com inflamação e ulcerações características da colite, e a fototerapia reduziu esse escore em 66,66%, ficando o cólon desses animais somente com hiperemia ulcerações leves O tratamento com luz reduziu a atividade da enzima mieloperoxidase (MPO) nos camundongos com colite em cerca de 53%, reduzindo também a quantidade de infiltrado inflamatório em todas as camadas intestinais A colite provocou aumento nos níveis de IL-1ß, TNF-a, IL-6 no tecido colônico e essas citocinas estavam reduzidas nos camundongos tratados com luz O nível de IL1-1 não foi alterado pela LED terapia Os resultados da segunda etapa mostraram que a fototerapia reduziu lesões microscópicas provocadas pela colite, havendo manutenção da arquitetura colônica normal, redução do infiltrado celular e manutenção do número de células caliciformes A colite experimental não alterou o número de neurônios mientéricos gerais (beta-tubulina III positivos), porém causou aumento no número de neurônios produtores de óxido nítrico, peptídeo vasoativo intestinal e substância P, o que foi atenuado pela fototerapia Na população geral de neurônios mientéricos observou-se que a colite provocou hipertrofia do corpo celular, o que foi controlado pela fototerapia Nas subpopulações neuronais avaliadas, a colite provou atrofia do corpo celular A fototerapia também controlou essa atrofia, exceto para os neurônios produtores de subtância P Varicosidades VIPérgicas mientéricas estavam reduzidas nos camundongos com colite e a fototerapia não modificou essa condição A colite e a fototerapia não causaram alteração no número de células de glia entérica (S1 positivas) Conclui-se que a fototerapia a 94 nm apresentou efeito anti-inflamatório no quadro de colite experimental, já que reduziu edema e alterações no tamanho do cólon, diminuiu o escore de lesão macroscópica, a atividade de MPO e o escore de infiltrado inflamatório Além disso, a fototerapia reduziu níveis de citocinas pró-inflamatórias (IL-1ß, TNF-a e IL-6) Em função disso, observou-se que a fototerapia teve efeito protetor sobre as lesões microscópicas provocadas pela colite, além de atenuar as alterações sofridas por neurônios mientéricos nitrérgicos, VIPérgicos e produtores de substância P desencadeadas pela inflamaçãoItem Efeitos da vimpocetina sobre o sistema nervoso entérico de camundongos com colite induzida por ácido acéticoFernandes, Renata Streck; Araújo, Eduardo José de Almeida [Orientador]; Sant´Ana, Débora de Mello Gonçales; Pinge Filho, PhilenoResumo: A colite ulcerativa (RCU) e a doença de Crohn (DC) compreendem um grupo de doenças inflamatórias intestinais (DII) crônicas com etiologia multifatorial Atualmente, as DII são consideradas um problema de saúde pública devido a incidência crescente em ambos os sexos e em todas as faixas etárias, principalmente em idade produtiva (2-4 anos) Apesar do mecanismo multifatorial descrito, a plasticidade neuronal também parece estar implicada na patogênese das DII, ocasionando disfunções na motilidade e implicações imunológicas As terapias utilizadas atualmente visam o controle da inflamação a fim de prevenir o comprometimento intestinal e reduzir os sintomas debilitantes das DII Entretanto, não são capazes de reverter os danos resultantes da cronicidade da doença, além de apresentarem diversos efeitos colaterais a longo prazo Nesse cenário, as DII representam uma área de grande interesse para a pesquisa e desenvolvimento de medicamentos Diante do quadro inflamatório observado em modelos experimentais de colite, a supressão das células do sistema imunológico e dos mediadores pró-inflamatórios parece desempenhar um papel chave no tratamento da doença Nesse contexto, a vimpocetina torna-se um alvo promissor A vimpocetina é um fármaco nootrópico que, recentemente, foi demonstrado como um potente anti-inflamatório devido ao seu mecanismo bloqueador da via do fator de transcrição NFkB Diante do exposto, objetivou-se avaliar se a administração de vimpocetina (3 mg/kg, via oral) é capaz de exercer efeitos protetores sobre a estrutura do plexo mioentérico do cólon de camundongos com colite induzida por ácido acético Para tal, camundongos Swiss receberam, via intrarretal, 2 µL de ácido acético 7,5% (pH 2,5) Os camundongos foram tratados, via oral, com vimpocetina (3 mg/kg, 15 µL) ou veículo (8% salina + 2% tween 2) 2 horas antes e 4, 1 e 16 horas depois da indução da colite Todos os camundongos foram submetidos à eutanásia 18 horas após a indução da colite por ácido acético, realizada a laparotomia e coleta do cólon distal As amostras foram processadas para coloração histológica com hematoxilina e eosina e para as técnicas de imunofluorescência em cortes congelados e preparados totais contendo o plexo mioentérico A população geral de neurônios entéricos foi evidenciada através da marcação da enzima ubiquitina-hidrolase, presente no citoplasma dos neurônios, com anti-PGP95 Para marcação das subpopulações foram utilizados anticorpos contra as enzimas óxido nítrico sintase (nNOS), acetil colinatransferase (ChAT) e anti peptídeo intestinal vasoativo (VIP) e substância P (SP) Dados histológicos demonstraram a indução da colite através dos danos a integridade da mucosa, inchaço da submucosa e infiltração de células imunológicas na parede do cólon Os resultados de imunofluorescência mostraram a integridade do plexo mioentérico no cólon inflamado, com hipertrofia do corpo celular da população total de neurônios e atrofia da subpopulção nitrérgica (nNOS+), além do aumento das fiibras VIP+ e SP+, principalmente na camada muscular O tratamento com a vimpocetina exerceu efeito protetor parcial em relação às alterações histopatológicas e morfométricas, mas não foi capaz de controlar as alterações quanto ao aumento de fibras SP+ e VIP+ nos camundongos com colite Conclui-se que a dose de 3 mg/kg de vimpocetina desempenha baixo efeito protetor no sistema nervoso entérico de camundongos com colite experimental induzida por ácido acéticoItem Identificação da rede perineuronal na inervação espinal do cólon distal de camundongos com retocolite ulcerativaSilva, Matheus Deroco Veloso da; Araújo, Eduardo José de Almeida [Orientador]; Guarnier, Flávia Alessandra; Sant´Ana, Débora de Mello GonçalesResumo: As doenças inflamatórias intestinas (DII) estão entre os principais distúrbios que acometem o trato gastrointestinal, destacando-se a retocolite ulcerativa (RCU) O processo inflamatório na RCU é capaz de ativar fibras intestinais direcionadas aos gânglios de raíz dorsal (GRD), que transmite a informação ao sistema nervoso central (SNC) dando origem a dor Em geral, no SNC, o espaço entre as células é ocupado por matriz extracelular amorfa e difusa, porém ao redor de populações neuronais específicas a matriz se torna altamente especializada, sendo chamada de Rede perineuronal (RPN) A RPN está relacionada como o desenvolvimento neuronal, sinaptogênese, plasticidade sináptica e neuroproteçãoOs relatos da presença da RPN estão restritos ao SNC, não existindo estudos que avaliem sua relação com a inervação aferente extrínseca do cólon distal e com a inflamação presente na RCU Por isso, objetivo deste estudo foi avaliar a presença da RPN na inervação espinal aferente do cólon distal, bem como a influência do processo inflamatório presente na RCU sobre esta rede Foram utilizados 2 camundongos C57BL/6 machos distribuídos em 4 grupos (n=5): GCa: recebeu água autoclavada durante 7 dias; RCUa: receberam Dextran sulfato de sódio 3% (DSS 3%) durante 7 dias; GCc: água autoclavada durante 29 dias; RCUc: 3 ciclos de DSS 3% durante 5 dias, intercalados por 2 ciclos de 7 dias com água autoclavada Durante o tratamento, os animais foram avaliados clinicamente Ao fim, foram submetidos à eutanásia e coletou-se o cólon distal para análise histopatológica e os GRD de níveis espinais bilaterais L6-S1, seus respectivos nervos esplânicos, para avaliar a inervação espinal aferente do cólon distal As secções de tecido nervoso foram submetidas à técnica de histoimunofluorescência, utilizando-se a lectina Wisteria floribunda aglutinina (WFA) e anticorpos contra o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina (CGRP) ou contra periferina c- 19 Foram quantificados 5 corpos celulares e prolongamentos, além da mensuração dos pericários WFA+ e WFA-, além da co-marcação com CGRP nos GRD Com auxílio de microscópio confocal, foram quantificados 3 neurônios por animal e identificados os subtipos de marcação de WFA, além do número de células gliais satélites ao seu redor Em relação à marcação com WFA, foi possível observar a presença de RPN entorno de todas as estruturas analisadas Também observamos que a RCU aumentou o número de neurônios WFA positivos bem como a área ocupada pelos seus corpos celulares no córtex de GRD (p<,5) Observamos que a área ocupada pelos neurônios WFA+/CGRP+ era maior nos GRD de camundongos do grupo RCUc (p<,5) Também observamos um aumento no número de células gliais satélites positivas para WFA nos GRD dos animais expostos ao DSS, o que contribuiu para a visualização de maior quantidade de marcação de WFA nos animais com RCU Parte dos prolongamentos neuronais em nervos esplâncnicos também estava envolvida pela marcação com WFA, cuja proporção aumentou nos comundongos com RCUc (P<,5) Neste trabalho verificamos evidências de que o ambiente inflamatório presente na RCU induziu um aumento na produção de componentes de RPNs e, consequentemente, sua condensação Sugere-se que, assim como no SNC, a RPN atue de modo a proteger os prolongamentos sensitivos do ambiente inflamatório e aumente a capacidade de condução da informação nociceptiva até o SNC