02 - Mestrado - Ciência Animal
URI Permanente para esta coleção
Navegar
Navegando 02 - Mestrado - Ciência Animal por Autor "Alfieri, Alice Fernandes [Orientador]"
Agora exibindo 1 - 17 de 17
Resultados por página
Opções de Ordenação
Item Análise do genoma completo de rotavírus G6P[5] isolado em um surto de diarreia neonatal em rebanho bovino de corte vacinadoMedeiros, Thais Neris da Silva; Alfieri, Alice Fernandes [Orientador]; Takiuchi, Elisabete; Barreiros, Marco Antônio BacellarResumo: O rotavírus bovino grupo A (BoRV-A) é um dos mais importantes agentes etiológicos de diarreia neonatal em bezerros, causando importantes perdas econômicas à pecuária bovina de todo o mundo O objetivo deste estudo foi caracterizar molecularmente o BoRV-A isolado em um surto de diarreia neonatal em um rebanho bovino de corte de criação extensiva proveniente do estado do Mato Grosso do Sul, região Centro-Oeste do Brasil O rebanho era regularmente vacinado contra a diarreia neonatal com vacina comercial inativada contendo o BoRV-A genotipos G6P[1] (NCDV-Lincoln) e G1P[11] (B223), além de outros enteropatógenos, de acordo com instruções do fabricante Trinta e uma amostras de fezes diarreicas de bezerros, com até 3 dias de idade, foram avaliadas quanto à presença de BoRVA por meio da técnica de eletroforese em gel de poliacrilamida corado com nitrato de prata (ss-PAGE) Em 19 (61,9%) amostras foi possível a identificação de BoRV-A por ss-PAGE Destas, 17 foram positivas em RT-PCR com primers consensuais para os genes VP7 e VP4 de rotavírus grupo A Uma amostra positiva em ss-PAGE e RT-PCR foi isolada em células MA- 14 Os produtos consensuais dos genes VP4 e VP7 amplificados em 12 amostras foram selecionados para a identificação dos genes G e P por meio de reação de sequenciamento e em todos foi possível a identificação do genotipo G6P[5] Uma amostra fecal foi selecionada para a caracterização molecular das proteínas VP1-VP3, VP6, NSP1-NSP5/6 do RV-A e a análise de nucleotídeos (nt) revelou que a cepa de BoRV-A pertencia aos genotipos G6-P[5]-I2c-R2- C2-M2-A3-N2-T6-E2e-H3a Na árvore filogenética para o gene VP7, as sequências foram agrupadas em um cluster diferente da linhagem G6-IV quando comparadas com as sequências dos protótipos UK (G6P[5]) e NCDV-Lincoln (G6P[1]) e, com isso, foi proposta a sua classificação em uma nova sublinhagem, tentativamente denominada de G6-IV-e As sequências do gene VP4, mesmo apresentando maior homologia com a cepa UK, agruparam em um cluster diferente dos protótipos P[5] Em resumo, com exceção do gene da proteína VP4, a amostra de BoRV-A incluída nesse estudo partilhou os mesmo genotipos e linhagens para todos os genes analisados com o protótipo NCDV-Lincoln, presente nas vacinas comerciais Esse resultado ratifica a importância da indução de imunidade homotípica, relativa ao genotipo da proteína VP4 do BoRV-A, no desenvolvimento de resistência à infecção e de quadros clínicos de diarreia neonatal em rebanhos bovinos regularmente vacinados contra a rotaviroseItem Análise filogenética do gene de fusão de cepas brasileiras do vírus da cinomose canina em cãesFreitas, Luana de Almeida; Alfieri, Alice Fernandes [Orientador]; Vilas-Bôas, Laurival Antônio; Takiuchi, ElisabeteResumo: A cinomose canina é uma doença viral sistêmica altamente contagiosa, de distribuição mundial e que afeta uma grande variedade de carnívoros terrestres Este estudo teve como objetivo analisar o gene F completo de cepas de campo brasileiras do vírus da cinomose canina (CDV) e compará-las com outros isolados de CDV As amostras biológicas caninas (n=15) utilizadas neste estudo foram coletadas entre 23-24 (n=6) e 213-216 (n=9) e submetidas a ensaio de RT-PCR para amplificação do gene F completo do CDV A análise das sequências com 2426 bp de 14 cepas brasileiras de CDV foram classificadas na linhagem EU1 / SA1, com um agrupamento temporal entre amostras antigas (23-24) e contemporâneas (213-216), independentemente do status vacinal dos animais amostrados Uma cepa brasileira de CDV agrupou-se na linhagem Rockborn-like, apresentando alta similaridade (98,5%) com a cepa vacinal Rockborn Para todas as cepas brasileiras, a região Fsp apresentou a maior variação nas sequências de aminoácidos (67,4% - 96,2%) As cepas brasileiras apresentaram-se mais divergentes em relação às cepas vacinais classificadas como NA1 (24,5% - 36,3%) quando comparadas com a também cepa vacinal Rockborn (11,2% - 14,9%) Dezessete resíduos de cisteína foram encontrados no gene F completo e quatro sítios de glicosilação não conservados foram identificados na região Fsp das cepas brasileiras de CDV Os resultados sugerem a circulação da linhagem EU1 / SA1 por 25 anos no Brasil e a atual cocirculação de cepas antigas e contemporâneas de CDV A região Fsp demonstrou ser adequada para estudos evolutivos Este é o primeiro estudo que realizou a análise do gene F completo de cepas de camplo brasileiras de CDV contribuindo com informações relacionadas com a epidemiologia molecular do vírusItem Análise molecular do gene da proteína G de cepas brasileiras do Vírus Respiratório Sincicial BovinoBalbo, Luciana de Carvalho; Alfieri, Alice Fernandes [Orientador]; Beuttemmüller, Edsel Alves; Costa, Marcio Carvalho daResumo: O vírus respiratório sincicial bovino (BRSV) é um dos principais agentes etiológicos envolvidos em doenças respiratórias de bovinos ocasionando grandes perdas econômicas para a pecuária, devido às altas taxas de morbidade em bezerros de rebanhos leiteiros e em bovinos confinados A proteína G do BRSV é responsável pela ligação do vírus à célula hospedeira e induz anticorpos neutralizantes, por isso, o gene da proteína G é amplamente utilizado em análises epidemiógicas e filogenéticas de cepas de BRSV O objetivo deste estudo foi realizar a caracterização molecular de cepas de BRSV identificadas em infecções respiratórias em bezerras leiteiras e em bovinos de corte em confinamento O estudo foi realizado com sete cepas de BRSV, selecionadas aleatoriamente a partir de uma coleção de amostras biológicas (swabs nasais), provenientes de rebanhos do estado do Paraná, previamente avaliadas quanto à presença do genoma do BRSV e de outros agentes patogênicos (bactérias e vírus) do trato respiratório superior de bovinos As sete cepas incluídas neste estudo foram identificadas em infecções singulares por BRSV, sendo três cepas provenientes de um surto de doença respiratória aguda em animais de uma unidade de criação de bezerras leiteiras e quatro cepas provenientes de surtos de doença respiratória em bovinos de três confinamentos As análises filogenéticas realizadas por meio do sequenciamento de nucleotídeos de produtos com 371 pb do gene da proteína G amplificado pela técnica de nested-PCR, revelaram que as sete cepas de BRSV incluídas neste estudo pertenciam ao genogrupo III, sendo esta a primeira descrição desse genogrupo em bovinos no Brasil Adicionalmente, cinco cepas analisadas demonstraram mutações na região imunodominante da proteína G Este estudo acrescenta novas informações sobre as características moleculares de cepas BRSV que circulam em rebanhos bovinos brasileiros bem como pode contribuir para a adoção de medidas imunoprofiláticas mais eficazes para o controle das infecções pelo BRSV no BrasilItem Avaliação molecular parcial do gene da hemaglutinina do vírus da cinomose caninaNegrão, Fábio Juliano; Alfieri, Alice Fernandes [Orientador]; Alfieri, Amauri Alcindo; Alfieri, Amauri Alcindo [Coorientador]Resumo: Urina e leucócitos de 56 cães com diagnóstico clínico de cinomose foram avaliados comparativamente pela técnica de Transcrição Reversa seguida de Reação em Cadeia pela Polimerase (RT-PCR) para o gene da hemaglutinina (Gene H) do vírus da cinomose canina, urina e leucócitos de 56 cães com diagnóstico clínico de cinomose De acordo com a predominância dos sinais clínicos os cães foram distribuídos em três grupos (17=sistêmicos; 8=neurológicos e 31=sistêmicos e neurológicos) A amplificação do segmento de 721 pares de base foi possível em 45/56 cães Em 34/45 cães o CDV foi detectado tanto em urina e quanto em leucócito Em 11/45 cães somente um tipo de material biológico foi positivo (urina 1/45 e leucócito 1/45) A variedade de sinais clínicos da cinomose canina e a escolha do material pode gerar resultados falso negativos, principalmente em cães com sinais clínicos somente sistêmicos, grupo A onde 7/17 animais foram negativos quando comparados com 1/8 do grupo B e 3/31 do grupo C, é aconselhado o uso de no mínimo duas amostras biológicas para detectar o CDV Em outro estudo 27 cães positivos e 5 cães negativos pela técnica de RT-PCR para o gene da nucleoproteína do CDV (Gene N) foram distribuídos em quatro grupos (A= sinais clínicos sistêmicos; B= sinais clínicos neurológicos 8; sinais clínicos sistêmicos e neurológicos 9 e D= controle 5 cães) Para o ensaio de polimorfismo no tamanho dos fragmentos de restrição as enzimas Hinf I e Rsa I foram selecionadas para determinar o perfil de restrição do produto amplificado de 721 pb do gene H diretamente das amostras biológicas e das estirpes padrão Onderstepoort, Rockborn e Snyder Hill do CDV Todos os produtos da RT-PCR geraram com a enzima Hinf I dois fragmentos visualizados com 32 e 25 pb Com a enzima Rsa I todas as amostras de campo geraram dois fragmentos visualizados de 32 e 23 pb A estirpe Onderstepoort após a digestão com a enzima Rsa I foi cortado em 363 pb e 327 pb O perfil de restrição das estirpes Rockborn e Snyder Hill foi o mesmo com dois fragmentos de 363 e 358 pb, confirmando a análise computacional A estirpe Rockborn não apresenta a seqüência do gene H depositada em banco de dados público Os produtos da RT-PCR e da RFLP foram determinados por eletroforese em gel de agarose corado a 2% com brometo de etídio e os fragmentos de menor peso molecular não puderam ser visualizados A relação molecular demonstrada pela RFLP sugere que as amostras do CDV circulantes na região norte do Paraná seja diferente das estirpes padrão do CDV e essas diferenças no perfil de restrição podem caracterizar diferenças molecularesItem Avaliação neurológica e laboratorial de casos de encefalomielite pelo vírus da cinomose canina na ausência de sinais sistêmicos e miocloniaAmude, Alexandre Mendes; Alfieri, Alice Fernandes [Orientador]; Biazzono-Nabut, Luciane; Gonzáles, Janis Regina MessiasResumo: O diagnóstico clínico da encefalomielite pela cinomose em cães é difícil nos casos em que os sinais sistêmicos e a mioclonia estão ausentes Nessa situação, o apoio laboratorial é necessário para confirmar a doença, no entanto os métodos disponíveis para o diagnóstico ante mortem da cinomose têm valor limitado O conhecimento sobre as possíveis apresentações clinico-patológicas, assim como a evolução das síndromes clínicas causadas pelo vírus da cinomose canina (CDV), é importante para o reconhecimento clínico e diagnóstico etiológico específico ante e post mortem O objetivo desse estudo foi reconhecer e apresentar as síndromes clínicas da cinomose canina, avaliando os exames hematológicos e liquóricos, as secções histopatológicas, e o resultado do exame neurológico de cães com encefalomielite pelo CDV apresentados exclusivamente com doença neurológica sem mioclonia, e verificar se esses dados laboratoriais e clínicos contribuem ou não para um diagnóstico etiológico Foram prospectivamente investigados 2 cães apresentados com déficits neurológicos sem os sinais comuns da cinomose (sinais sistêmicos e mioclonia) no momento da admissão hospitalar, nos quais o hemograma e a avaliação do líquor foram realizados ante mortem, e no post mortem amostras de SNC foram obtidas na necropsia Oito dos 2 cães foram diagnosticados, por RT-PCR e histopatolologia, com encefalomielite pelo CDV De acordo com os sinais neurológicos e curso clinico, esses 8 cães com encefalomielite pela cinomose foram agrupados em 3 síndromes clínicas: Encefalite do cão velho (ODE) (1), encefalomielite do cão jovem (CDEID) (1), e encefalomielite multifocal do cão adulto (MDEMD) (6) Alterações no exame hematológico, quando verificadas, foram consideradas não-específicas, no entanto a avaliação do líquor sugeriu a infecção viral devido a uma pleocitose linfocítica No post mortem, lesões desmielinizantes foram uma constante no SNC e a encefalomielite crônica foi predominante nos casos de encefalomielite pelo CDVItem Caracterização molecular do gene L1 de um provável novo tipo de Xipapillomavirus bovino, BrasilCrespo, Sarah Elizabeth Izzo; Alfieri, Alice Fernandes [Orientador]; Lunardi, Michele; Lorenzetti, ElisResumo: Papilomavírus (PV) são vírus oncogênicos que acometem diversas espécies de mamíferos, incluindo o homem São capazes de induzir tumores benignos (papilomas ou verrugas) e malignos (condilomas) em epitélio cutâneo e mucoso O genoma viral é constituído por até 1 fases abertas de leitura (ORFs), sendo que a ORF L1, sequência de nucleotídeos mais conservada entre os PVs, é utilizada para a identificação de novos tipos virais Este estudo teve como objetivo identificar os tipos de papilomavírus bovino (BPV) presentes em cinco amostras de papilomas provenientes de um rebanho bovino leiteiro da região do norte pioneiro do estado do Paraná e determinar a sua classificação taxonômica por meio de comparação dessas sequências com as sequências de nucleotídeos de outros PVs previamente identificados e depositados em base pública de dados (GenBank) O par de primers degenerados FAP54/59 foi utilizado em reação de PCR para a triagem das amostras de papilomas Os fragmentos de 48 pb obtidos das cinco amostras analisadas, permitiram a identificação de cinco diferentes tipos de BPV no mesmo rebanho, sendo estes BPV1, BPV6 e dois subtipos mais similares a BPV11 e BPV3 A quinta amostra, denominada BPV/BRUEL8, foi identificada no terceiro animal analisado, a partir de uma amostra de papiloma cutâneo A análise da sequência gerada com o emprego do primeiro par de primers indicou que a cepa BPV/BR-UEL8 apresentava apenas 77% de identidade com o isolado 7Z (KT315748) Adicionalmente, foram empregados primers específicos do gene L1 de BPV6 para a obtenção da sequência completa do gene L1 do provável novo tipo O produto da PCR foi submetido à clonagem e sequenciamento A análise filogenética envolvendo a sequência completa da ORF L1 com 1521 pb possibilitou identificar que a cepa BPV/BR-UEL8 pertence ao gênero Xipapillomavirus com maior identidade (apenas 75,1% identidade de nt) com BPV15 Este resultado possibilitou caracterizar a cepa BPV/BR-UEL8 como um provável novo tipo viral Nos últimos anos, estudos que avaliaram características moleculares de BPV revelaram grande diversidade de tipos virais envolvidos em infecções singulares e, principalmente, em infecções mistas A identificação de novos tipos virais pode auxiliar na compreensão da patogenia da doença e na avaliação de novos tratamentos, assim como no desenvolvimento de vacinas eficazes contra a papilomatose bovinaItem Detecção e caracterização molecular de norovírus genotipos GII-11 e GII-19 em suínos assintomáticosSilva, Patrícia Fernandes Nunes da; Alfieri, Alice Fernandes [Orientador]; Takiuchi, Elisabete; Barreiros, Marco Antônio Bacellar; Alfieri, Amauri Alcindo [Coorientador]Resumo: Os norovírus (NoV) são os maiores causadores de gastroenterites não-bacterianas em seres humanos no mundo todo, incluindo os casos associados com surtos de origem alimentar e veiculados pela água Os membros da família Caliciviridae são vírus pequenos, ãoenvelopados e apresentam genoma de RNA fita simples positiva e poliadenilada As noroviroses também têm sido encontradas em animais de produção como bovinos, suínos e ovinos A detecção do RNA viral em suínos adultos assintomáticos em países da Europa, América do Norte, Australásia e América Latina tem levantado interesse na saúde pública, como a transmissão zoonótica dos NoV suínos aos seres humanos Embora o papel do NoV suíno (PoNoV) ainda não esteja estabelecido nos países em desenvolvimento, estudos epidemiológicos têm demonstrado a ocorrência mundial dessa calicivirose nessa espécie animal Neste contexto, o objetivo deste estudo foi detectar NoV em amostras de fezes de animais assintomáticos em fase terminação (9-24 semanas de idade), em propriedades suinícolas (n=16) localizadas na cidade de Toledo, Estado do Paraná, Brasil As amostras fecais (n=112) foram coletadas uma única vez em forma de pool diretamente das baias nos meses de Dezembro (28) e Junho (29) e estocadas a 4oC para posterior investigação As reações de transcrição reversa seguida da reação em cadeia pela polimerase (RT-PCR) foram realizadas utilizando primers específicos desenhados para amplificar parcialmente a região Nterminal do gene que codifica a proteína do capsídeo do PoNoV Os produtos de PCR apresentando 181pb de tamanho esperado foram purificados e a quantificação do produto amplificado foi realizada por meio de kits comerciais O MegaBACETM foi utilizado para o sequenciamento, realizado com os primers forward e reverse A análise de qualidade das sequências foram obtidas utilizando os softwares Phred e CAP3 e a procura de similaridades foi realizada com sequências depositadas no GenBank (BLAST) O alinhamento múltiplo e a matriz de identidade foram obtidas através do programa BioEdit A árvore filogenética foi reconstruída a partir do algorítimo Neighbor-Joining, baseadas no modelo Poisson correction, com 1 replicações de bootstrap, utilizando-se o software MEGA 4 Oitenta e oito porcento (14/16) dos rebanhos investigados foram considerados positivos para a presença do NV Além disso, em 51,8% (58/112) das amostras fecais foi verificada a presença do vírus Setenta e dois porcento (5/7) das granjas brasileiras de terminação visitadas em 28 tinham a circulação do NoV e todas as propriedades visitadas em 29 (n=9) foram consideradas positivas para o PoNoV A análise filogenética de sete sequências permitiu agrupar seis estirpes brasileiras do PoNoV no genogrupo II genotipo 11 (GII-11) e uma estirpe no GII-19, juntamente com outros isolados de PoNoV já caracterizados Os resultados mostraram que o PoNoV está difundido nos rebanhos suínos incluídos neste estudo e uma alta frequência de infecção foi verificada em animais sem diarréia Considerando o interesse da saúde pública sobre a transmissão zoonótica do PoNoV, esses resultados, obtidos em uma importante região brasileira de produção de suínos, evidenciam a importância de se realizarem futuros estudos epidemiológicos e moleculares em estirpes de NoV de origem suínaItem Diagnóstico etiológico molecular de infecções genitais em fêmeas bovinas ocasionadas por Mollicutes dos gêneros Mycoplasma e UreaplasmaVoltarelli, Daniele Cristina; Alfieri, Alice Fernandes [Orientador]; Pretto-Giordano, Lucienne Garcia; Costa, Marcio Carvalho daResumo: A vulvovaginite granular (VVG) é uma infecção caracterizada pela presença de secreção, granulações e vesículas nas mucosas vaginal e vulvar descrita em fêmeas bovinas de várias partes do mundo Bactérias dos gêneros Mycoplasma spp e Ureaplasma diversum, que se caracterizam por serem fastidiosos e de difícil diagnóstico, são frequentemente descritos como os principais agentes etiológicos envolvidos nessa infecção O objetivo deste estudo foi desenvolver um sistema de diagnóstico molecular, constituído por uma PCR genérica seguida de uma nested-PCR, para a identificação de espécies bacterianas da classe Mollicutes em material biológico proveniente de animais com VVG Para a PCR genérica foram desenhados primers consensuais degenerados (MolliFw1 / MolliRv1) tendo como alvo uma região conservada denominada espaço intergênico (ITS) e parte dos genes ribossomais 16S e 23S do genoma dos Mollicutes Posteriormente, foram desenhados primers internos para reações individuais de nested-PCR específica para as espécies de M bovis (MybovisFw2 / MybovisRv2), M bovigenitalium (MygenitFw3 / MygenitRv3) e U diversum (UdivFw4 / UdivRv4) Para determinar a especificidade dos primers os produtos amplificados por meio de nested-PCR foram submetidos ao sequenciamento e análise da sequência de nucleotídeos O sistema de diagnóstico desenvolvido foi ainda avaliado frente a 31 amostras de swabs vaginais colhidos de vacas com vulvovaginite clínica, provenientes de três rebanhos sendo dois de corte dos estados de Minas Gerais (n=12) e Mato Grosso do Sul (n=11) e um leiteiro do estado do Paraná (n=8) Todas as 31 amostras foram previamente avaliadas quanto a presença de herpesvírus bovino - 1 por meio de semi nested-PCR e foram negativas Em 87,1% (27/31) das amostras avaliadas foram identificados pelo menos um dos micro-organismos investigados Infecções singulares e mistas ocorreram em 54,8% (17/31) e 32,2% (1/31) das amostras, respectivamente U diversum foi identificado em 83,8% (26/31) e o M bovigenitalium em 35,4% (11/31) das amostras analisadas Nenhum dos três rebanhos bovinos incluídos no estudo apresentou infecção singular por M bovis Os resultados obtidos nesse estudo sugerem a importância de U diversum e do M bovigenitalium na etiologia da VVG As taxas de positividade para Mycoplasma spp e U diversum obtidas foram semelhantes e/ou superiores aos resultados apresentados em estudos que incluíram como métodos de diagnóstico técnicas de cultivo bacteriológico e também reações moleculares como PCR e nested-PCR O sistema molecular de diagnóstico de infecções genitais em fêmeas bovinas ocasionadas por bactérias da classe Mollicutes revelou-se como uma alternativa viável, rápida, sensível e específica para o diagnóstico de M bovis, M bovigenitalium e U diversum a partir de material biológico O diagnóstico precoce dos três principais patógenos bacterianos envolvidos em infecções genitais em vacas com VVG é de grande importância, pois possibilita a implantação de medidas de tratamento, controle e profilaxia mais rápidas e efetivas das infecçõesItem Diversidade molecular do vírus da diarreia viral bovina identificado em animais persistentemente infectados provenientes de um rebanho leiteiroOtonel, Rodrigo Alejandro Arellano; Alfieri, Alice Fernandes [Orientador]; Fungaro, Maria Helena Pelegrinelli; Garcia, João LuisResumo: Vírus da diarréia viral bovina (BVDV) é um importante patógeno de bovinos em todo o mundo que causa impacto econômico substancial sobre as indústrias de carne e laticínios O BVDV é um vírus RNA fita simples, que tem uma capacidade única para causar infecções persistentes nos fetos expostos no início de seu desenvolvimento intrauterino A grande diversidade de tipos e subtipos de estirpes de BVDV selvagem reflete em conseqüências práticas sobre as formas de apresentação clínica, epidemiologia, diagnóstico e controle da doença O objetivo deste estudo foi descrever a diversidade de subgenotipos de BVDV em animais persistentemente infectados (PI) identificados em um rebanho de bovinos leiteiros aberto, de alta produção A propriedade era localizada no estado do Paraná, região sul do Brasil, com um bom manejo nutricional e sanitário, incluindo a vacinação semestral com uma vacina inactivada para o controle da infecção de BVDV O rebanho era composto por 692 animais predominantemente da raça Holandesa Em primeiro lugar, para a identificação dos animais PI, o soro de todos os animais foram analisados por RT-PCR usando primers para amplificar parte das regiões 5' não-traduzida (5'UTR) e Npro do genoma do BVDV Os animais positivos nesta primeira análise e mais aqueles que nasceram no intervalo entre a primeira e a segunda coleta de amostras de sangue, foram analisadas novamente pela técnica de RT-PCR No primeiro RT-PCR foram identificados 29 bovinos com BVDV infecção transitória A segunda análise pela RT-PCR identificou três animais, duas vacas e uma bezerra, com infecção persistente e de uma bezerra provavelmente PI As análises filogenéticas das sequências dos amplicons revelaram que os três animais PI foram infectados por diferentes subgenotipos de BVDV (BVDV-1a, BVDV-1b, e BVDV-1d) No entanto, a subgenotipo BVDV-1a que compõe a vacina foi identificado no rebanho Este estudo revelou que, em um rebanho bovino leiteiro aberto, regularmente vacinado com uma vacina inativada, podem ser encontrados animais infectados com o PI subgenotipos diferentes BVDV Estes resultados aumentam a discussão sobre a imunidade contra a infecção pelo BVDV e da eficiência das vacinas utilizadas para o controle da diarréia viral bovina em rebanhos aberto com animais PIItem Epidemiologia molecular de papilomavírus bovino identificados em sarcoides equinosAlcântara, Brígida Kussumoto de; Alfieri, Alice Fernandes [Orientador]; Barreiros, Marco Antônio Bacellar; Lunardi, MichelResumo: Em equinos os sarcoides são considerados tumores fibroblásticos de pele mais comuns e raramente apresentam regressão espontânea Os papilomavírus bovino (BPV) tipos 1 e 2 estão envolvidos na etiologia dos sarcoides e, provavelmente, o BPV13 descrito recentemente também pode apresentar participação na etiopatogenia destes tumores O objetivo do presente estudo foi definir a epidemiologia molecular do BPV em uma coleção de 2 espécimes de sarcoide equino de 15 animais provenientes de quatro regiões do Brasil No total, foram avaliadas amostras de 2 sarcóides sendo 12 de material fresco e 8 de tecido fixado em formaldeído e emblocado em parafina A presença de tumores fibroblásticos tipo sarcoide foi confirmada em 18/2 as amostras por meio da técnica de histopatologia A amplificação do DNA de BPV nas amostras de sarcoides incluídas no estudo foi realizada por meio da técnica de PCR utilizando três pares distintos de primers O primeiro par de primers, IDFNR-2/IDNT-2, que amplifica 12 pb da ORF L1 do PV, foi utilizado para triagem das amostras O segundo par utilizado amplifica uma sequência comum da ORF E5 e parte da L2 dos BPVs do gênero Deltapapillomavirus O terceiro par foi o FAP59/FAP64, que amplifica 48 pb do gene L1 do PV de diversas espécies animais Na PCR de triagem foi possível obter amplicons nas 2 amostras de sarcoides avaliadas O produto do tamanho esperado de 25 pb foi obtido em todas as amostras submetidas à PCR utilizando os primers E5L2 Entretanto, a PCR realizada com os primers FAP produziu amplicons somente nas amostras de sarcoides provenientes de material fresco Após o sequenciamento de nucleotídeos dos produtos amplificados, foi possível realizar duas análises filogenéticas, uma tendo como base o produto amplificado na região E5L2 e outra baseada na sequencia obtida com os primers FAP Na análise do fragmento E5L2, nas 2 amostras de sarcoide processadas foi possível identificar os tipos BPV1, 2 e 13 em 14 (7%), 2 (1%) e 4 (2%) amostras, respectivamente Nos produtos obtidos com os primers FAP foi possível identificar os tipos BPV1, 2 e 13 somente nas amostras de sarcoides provenientes de material fresco sendo que os resultados obtidos com os primers E5L2 e FAP foram coincidentes Em dois animais foi possível avaliar mais de uma lesão Um animal apresentou infecção singular com o BPV1 nas três lesões analisadas O outro animal, em quatro lesões, foi possível identificar infecção mista com os três tipos de BPVs do gênero Deltapapillomavirus (BPV1, 2 e 13) Esse é o primeiro relato da identificação simultânea de três tipos distintos de BPVs, todos do gênero Deltapapillomavirus, em lesões de sarcoides provenientes de um mesmo animal O presente estudo ratificou o envolvimento do BPV1 e 2 na etiologia do sarcoide, e reforça a importância da participação do BPV13 na etiopatogenia deste tumor fibroblástico em equinosItem Estudo longitudinal da infecção do rotavírus C em leitegadas de até uma semana de idadeCampanha, Joice Elaine Teixeira; Alfieri, Alice Fernandes [Orientador]; Barreiros, Marco Antônio Bacellar; Silva, Luiz César daResumo: A diarreia neonatal é um dos principais problemas sanitários que acomete a suinocultura O rotavírus A (RVA) é considerado o RV mais frequentemente detectado em surtos de diarreia em leitões no mundo No entanto, nos últimos anos, o rotavírus C (RVC) tem sido relatado em surtos de diarreia em leitões evidenciando a importância dessa espécie no desenvolvimento da rotavirose O objetivo deste estudo foi avaliar a incidência da infecção pelo RVC em leitões neonatos com até sete dias de idade, durante cinco semanas Para este estudo, 534 leitões provenientes de 5 leitegadas foram monitorados diariamente para a ocorrência de diarreia Um total de 26 amostras de fezes diarreicas foram colhidas e classificadas de acordo com sua consistência (pastosa, semi-líquida e líquida) Alguns parâmetros de produção para as leitegadas e para os leitões também foram avaliadas neste estudo Todas as leitegadas foram classificadas de acordo com a ordem de parto (OP) das matrizes, em cinco categorias (OP1 a OP5) Com relação ao tamanho das leitegadas (TL), as leitegadas foram divididas em dois grupos, incluindo matrizes com até 1 leitões (TL=1) e matrizes com mais de 1 leitões (TL> 1) De acordo com o peso ao nascer (PN) os leitões foram classificados em PN1 (1,2-1,3 kg) e PN2 (> 1,3-1,4 Kg) Todas as amostras fecais foram submetidas a eletroforese em gel de poliacrilamida (EGPA), com intuito de detectar o RNA fita dupla do RV, e as amostras com resultado inconclusivo e negativo na EGPA foram submetidas à amplificação parcial do gene VP6 do RVC A análise estatística foi realizada por meio do teste qui-quadrado (?2) Dos 534 leitões monitorados 26 (38,6%) apresentaram diarreia, desses 71/26 (34,5%) foram positivos para RVC A incidência de RVC foi de 71/534 (13,3%) De acordo com a consistência fecal a mais alta incidência de RVC ocorreu nas amostras fecais com consistência líquida (42,2%) Das 5 leitegadas monitoradas 33/5 (66%) das leitegadas apresentaram amostras de fezes positivas para RVC De acordo com a ordem de parto, a incidência de RVC variou de 33,3% a 87,5%; o grupo com tamanho da leitegada TL> 1 e o grupo de PN2 apresentaram maior incidência (73,5 e 71,%, respectivamente) de RVC quando comparado com outros grupos avaliados Contudo, nenhum dos parâmetros avaliados (OP1 a OP5; TL=1 e TL>1; e PN1 e PN2) foi observada diferença estatística significativa A detecção de RVC em amostras de fezes diarreicas em todo período avaliado aumentou a carga viral no ambiente contribuindo para a disseminação do vírus para outras leitegadas e para outras faixas etárias presentes no rebanho Além disso, este é o primeiro estudo longitudinal prospectivo sobre os aspectos epidemiológicos da infecção pelo RVC em leitões neonatos com até sete dias de idadeItem Estudo sorológico retrospectivo (2007-2016) da infecção pelo Senecavirus A em rebanhos suinícolas brasileirosSaporiti, Viviane; Alfieri, Alice Fernandes [Orientador]; Silva, Caio Abércio da; Zotti, EversonResumo: O Senecavirus A (SVA) é o agente etiológico de doença vesicular em suínos, clinicamente indistinguível das infecções vesiculares virais clássicas, incluindo a febre aftosa Os primeiros surtos de SVA no Brasil foram relatados em 214 Entretanto, não se sabe se o vírus circulava no Brasil antes desse ano Este estudo tem como objetivo a investigação retrospectiva da presença de anticorpos neutralizantes anti-SVA em soro de suínos provenientes de granjas de diferentes regiões brasileiras As amostras de soro (n = 55) neste estudo foram agrupadas de acordo com a data de coleta no período anterior (27-213, n = 258) e posterior (214-216, n = 247) à detecção do SVA no país Foram analisadas 12 granjas, das quais 8 e 4 foram amostradas antes e após os surtos de SVA no Brasil, respectivamente Entre as propriedades que foram amostradas após os surtos de SVA, duas apresentaram animais com manifestações clínicas associadas à infecção pelo vírus As outras duas granjas não apresentaram história clínica consistente de infecção pelo SVA O teste de vírus neutralização (VN) foi realizado em triplicata para todas as amostras de soro, utilizando diluições de 2 vezes até 1: 496 Os 258 soros coletados antes de 214 não foram detectados com anticorpos anti-SVA, enquanto 9/247 soros coletados durante e / ou após 214 apresentaram títulos de anticorpos anti-SVA = 64 e foram considerados positivos Apenas as granjas com histórico clínico consistente de infecção por SVA tiveram animais com anticorpos contra SVA Esses resultados apresentam evidências sorológicas robustas de que o SVA não estava presente nos rebanhos de suínos brasileiros antes do ano de 214 Considerando que o SVA pode ser um agente causador de doença vesicular emergente que leva a perdas econômicas em diferentes países do mundo e que a infecção por SVA é clinicamente indistinguível das doenças vesiculares clássicas dos suínos, o estabelecimento de métodos de diagnóstico de SVA e medidas de vigilância em países afetados e não afetados são ações importantesItem Herpesvirose e adenovirose canina em infecções singulares ou mistas : diagnóstico molecular e achados clínico-patológicosSilva, Ana Paula da; Alfieri, Alice Fernandes [Orientador]; Amude, Alexande Mendes; Gomes, Lucas AlécioResumo: O herpesvírus canino tipo 1 (CHV-1) é um alfaherpesvírus conhecido por causar infecções fatais em filhotes e neonatos, e infecções latentes relacionadas com desordens reprodutivas, respiratórias e oculares em cães adultos As infecções por adenovírus canino tipo 1 (CAdV-1) são clinicamente conhecidas por causar síndromes hepáticas, além de edema de córnea típico; no entanto, outras quadros podem ser observados, como síndrome hemorrágica e morte abrupta, sendo a enfermidade denominada hepatite infecciosa canina O adenovírus canino tipo 2 (CAdV-2) tem sido recuperado consistentemente de cães acometidos com a enfermidade multietiológica designada traqueobronquite infecciosa, causando sinais clínicos respiratórios As co-infecções de vírus em cães têm sido descritas mundialmente O vírus da cinomose canina (CDV) e o parvovírus canino (CPV) estão comumente envolvidos em infecções mistas devido a seus efeitos imunossupressores, que facilitam a instalação de outros agentes etiológicos O objetivo deste estudo foi investigar a presença de CHV, CAdV-2 e CAdV-2, com ou sem a associação dos vírus imunossupressores CDV e CPV por PCR em cães atendidos no setor de Moléstias Infecciosas no Hospital Veterinário da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e que vieram a óbito pela gravidade da doença clínica De janeiro de 213 a dezembro de 214, 53 pacientes foram selecinados por terem morrido ou por terem sido eutanasiados devido a grave piora clínica Estes animais foram necropsiados, e seus órgãos foram avaliados por histopatologia e por PCR para CHV, CAdV-1, CAdV-2, CDV e CPV 28 animais foram positivos na PCR para CHV, CAdV-1 e/ou CAdV-2 Os achados de necropsia e histopatologia foram compatíveis às lesões causadas pelos agentes virais avaliados A presença de CHV, CAdV-1 e CAdV-2 foi detectada em 19 (67,9%), 14 (5%) e 6 (21,4%) animais respectivamente, sendo que 19 (67,9%) animais apresentaram co-infecções Dentre as infecções mistas, 11 (57,9%) foram concomitantes com CDV e 6 (31,6%) com CPV Possivelmente, a presença dos antígenos juntamente com a baixa imunidade dos animais produziram injúrias que levaram os cães a óbito por falência múltipla de órgãos O expressivo número de casos positivos para CHV e/ou CAdV neste estudo mostra a importância dessas viroses para a população caninaItem Identificação de parvovírus canino em animais silvestres brasileiros de vida livreSpera, Caroline Giuseppa; Alfieri, Alice Fernandes [Orientador]; Teixeira, Carlos Roberto; Gomes, Lucas AlécioResumo: O parvovírus canino (CPV) é o agente causal da parvovirose canina que ocasiona enterite e miocardite grave em cães jovens O CPV tipo 2 (CPV-2) emergiu como uma variante do vírus da panleucopenia felina (FPV) o qual foi adaptado ao hospedeiro canino por carnívoros selvagens Atualmente o CPV-2 é classificado em três subtipos: CPV-2a, CPV-2b e CPV-2c Estes subtipos cocirculam em frequência variável dependendo da localidade geográfica O cachorro-do-mato (Cerdocyon thous) está presente em todos os biomas brasileiros e em alguns países da América do Sul O quati (Nasua nasua) pertence à fauna silvestre da América do Sul e está amplamente distribuído no território brasileiro O presente estudo teve como objetivo verificar o envolvimento de agentes infecciosos virais como causa da morte de um filhote de cachorro-do-mato (Cerdocyon thous) e verificar a presença de vírus entéricos em uma população de quatis de vida livre Amostras de fezes de 21 quatis (Nasua nasua) (ambos os sexos, diferentes faixas etárias e aspectos das fezes) foram coletadas de uma população de quatis que habita uma reserva ambiental em Palmital, São Paulo, para pesquisa de CPV-2 e Rotavírus (RV) por meio das técnicas de reação em cadeia da polimerase (PCR) e eletroforese em gel de poliacrilamida (EGPA), respectivamente A PCR foi realizada com intuito de amplificar um fragmento de 583pb do gene VP2 do CPV-2 Para a pesquisa de agentes infecciosos virais, tais como o vírus da cinomose canina (CDV), o adenovírus canino A tipo 1 e tipo 2 (CAdV-1 e CAdV-2), o herpesvírus canino 1 (CaHV-1) e o CPV-2 como causa da morte de um filhote do cachorro-do-mato (Cerdocyon thous) de vida livre, fragmentos de órgãos foram coletados e submetidos a técnicas moleculares (PCR e RT-PCR) Os produtos de PCR do CPV-2 foram sequenciados e as sequências de nucleotídeo (nt) e aminoácido (aa) obtidas foram analisadas Das 21 amostras de fezes de quatis analisadas, oito (38%) foram positivas para CPV-2 na técnica de PCR e nenhuma foi positiva para RV na EGPA As amostras de quati positivas para CPV-2 exibiram 1% de identidade de nt com a cepa protótipo de CPV-2b (CPV-39) e na árvore filogenética agruparam com as cepas pertencentes ao CPV-2b Dos oito fragmentos de órgãos do cachorro-do-mato avaliados apenas o fragmento do coração foi positivo para o CPV-2 na PCR e as amostras foram negativas para os outros vírus avaliados A amostra de cachorro-do-mato positiva para CPV-2 apresentou 99,6% de identidade de nt com o protótipo CPV-2b (CPV-39) e na árvore filogenética agrupou com cepas CPV-2b O presente estudo relata a detecção de CPV-2b em um filhote de cachorro-do-mato de vida livre no Brasil e também relata a presença de CPV-2b em quatis assintomáticos que podem eliminar o vírus nas fezes sendo importantes elos na transmissão e na permanência do CPV em populações de animais domésticos e silvestresItem Molecular detection of paramyxoviruses in white-eared opossum (Didelphis albiventris) from central north of Paraná stateLavorente, Fernanda Louise Pereira; Alfieri, Alice Fernandes [Orientador]; Bracarense, Ana Paula Frederico Rodrigues Loureiro; Claus, Marlise PompeoResumo: O Morbilivírus Felino (FeMV) foi detectado pela primeira vez em amostras de felinos domésticos provenientes de Hong Kong em 212 e foi associado com nefrite tubulointersticial e doença renal crônica nesta espécie, embora tenha sido detectado em gatos assintomáticos em estudos posteriores Portanto, não está claro o envolvimento FeMV com doenças renais e outras informações epidemiológicas sobre o agente ainda são desconhecidas, além disso, até o momento estudos reportaram a presença do FeMV exclusivamente em felinos domésticos Este estudo relata pela primeira vez a detecção molecular de RNA de FeMV e isolamento in vitro, associado a achados patológicos e imuno-histoquímicos, em um marsupial sinantrópico, o gambá de orelha branca (Didelphis albiventris), habitando áreas periurbanas no norte do Paraná Dos 23 animais coletados 6 (26%) foram positivos em ensaios de RT-PCR e RT-SNPCR para amplificação do gene N e L de FeMV nos tecidos do pulmão, enquanto que nos rins apenas o gene N foi detectado (2/6) Análises das sequencias de nucleotídeos e aminoácidos mostraram alta similaridade entre a cepa de FeMV do gambá e cepas de gatos domésticos do Japão, demonstrando não haver uma correlação positiva com a distribuição geográfica Além disso, observou-se que na árvore filogenética, apesar de estarem agrupadas com as cepas de FeMV já detectadas, as cepas dos gambás formaram um novo ramo, evidenciando uma correlação positiva com hospedeiro Os principais achados histopatológicos foram pneumonia intersticial, nefrite linfocítica e necrose tubular No ensaio de imuno-histoquímica a proteína N do FeMV foi detectada nos tecidos do pulmão (5/6) e do rim (5/6) Além disso, uma das cepas de FeMV de gambá foi isolada em uma linhagem celular felina, a Crandell Rees feline kidney levando a formação de sincícios e morte celular Assim, esses resultados evidenciam a habilidade do FeMV em infectar outras espécies de mamíferos e reforça a possibilidade dos gambás atuarem como disseminadores do vírus entre animais domésticos e selvagensItem Perfil da infecção pelo vírus da diarreia viral bovina em uma unidade de criação de bezerras leiteirasRodrigues, Wagner Borges; Alfieri, Alice Fernandes [Orientador]; Koetz Junior, Celso; Headley, Selwyn ArlingtonResumo: O perfil da infecção pelo vírus da diarreia viral bovina (BVDV) foi avaliado em uma unidade de criação de bezerras leiteiras localizada na região Oeste do estado do Paraná, Brasil A unidade de criação recebia bezerras, sem raça definida, provenientes de pequenos rebanhos leiteiros em sistema de produção familiar As bezerras chegavam à unidade com 2 a 5 dias de idade e eram mantidas em baias coletivas com capacidade para até 25 animais Excetuando-se o controle compulsório de brucelose e tuberculose o manejo sanitário em cada rebanho de origem não era monitorado Como a infecção pelo BVDV pode ocasionar o nascimento de animais persistentemente infectados (PI) e nenhum dos rebanhos empregava qualquer medida sanitária para o controle dessa infecção o BVDV foi selecionado como modelo de estudo Com o objetivo de avaliar a frequência da infecção pelo BVDV nos animais mantidos na unidade foram conduzidos dois experimentos independentes sendo um longitudinal e outro transversal Em ambos os estudos a identificação de viremia pelo BVDV foi realizada pela técnica de RT-PCR a partir da amplificação da região não traduzida (5’UTR) do genoma viral em amostras de sangue No estudo longitudinal, um grupo de 59 bezerras foi monitorado nos dias 1, 26 e 74 com o objetivo de identificar bezerras PI Na primeira avaliação todos os animais (n=59) foram amostrados e nas avaliações subsequentes apenas os animais positivos, ou transitoriamente infectados (TI), nos exames anteriores No estudo transversal, realizado 44 dias após a conclusão do estudo longitudinal, a infecção pelo BVDV foi monitorada por meio da avaliação de 82 bezerras que ingressaram na unidade de criação após o início do estudo anterior No estudo longitudinal o RNA do BVDV foi identificado no sangue de 22 (37,3 %), 11 (18,6 %) e 3 (5,1 %) bezerras na primeira, segunda e terceira coletas, respectivamente Das 82 bezerras incluídas no estudo transversal a viremia pelo BVDV foi identificada em 39 (47,6%) amostras de sangue O sequenciamento e análise filogenética dos produtos da RT-PCR identificaram os subgenotipos BVDV-1a e 1b nos animais PI e TI Os resultados tanto do estudo longitudinal quanto do transversal demonstram que a introdução e permanência de animais PI com o BVDV em unidades de criação de bezerras é responsável pela manutenção da alta proporção de animais virêmicos (TIs) e disseminação da infecção Paralelamente, os resultados desse estudo sugerem ainda que, assim como a pecuária leiteira de alta produção, também a pequena produção familiar pode ser impactada com essa importante infecção viralItem Rotavirus B como agente primário de diarreia em leitões neonatosMiyabe, Flavia Megumi; Alfieri, Alice Fernandes [Orientador]; Takiuchi, Elisabete; Lunardi, Michele; Alfieri, Amauri Alcindo [Coorientador]Resumo: A diarreia neonatal é um dos principais problemas sanitários na produção de suínos Dentre os agentes etiológicos envolvidos nas doenças entéricas, rotavírus (RV) é considerado a principal causa de gastroenterite viral aguda em animais jovens RV é membro da família Reoviridae e é classificado em nove espécies (A – I), das quais cinco já foram identificados em suínos (RVA, RVB, RVC, RVE e RVH) A espécie RVA é a mais prevalente e é considerada a mais importante e patogênica dentre os RV No entanto, estudos conduzidos nos Estados Unidos e Brasil detectaram altas frequências de RVB em leitões com diarreia; porém, na maioria dos casos, em associação com outras espécies de RV, como RVA, RVC ou RVH O objetivo desse estudo foi descrever a detecção de RVB suíno como agente causador primário de surtos de diarreia em leitões neonatos em rebanhos suinícolas brasileiros, assim como determinar o genotipo G das cepas identificadas Noventa amostras, sendo 77 fezes diarreicas e 13 fragmentos de intestino delgado foram coletados durante surtos de diarreia em leitões neonatos provenientes de oito granjas suinícolas da região centro-oeste do Brasil As amostras foram submetidas a RT-PCR para detecção de agentes virais entéricos e análises histopatológicas foram realizadas nos fragmentos de intestino Além disso, duas amostras de fezes foram submetidas à microscopia eletrônica de transmissão (ME) e isolamento viral em cultivo de células As amostras positivas para RVB foram submetidas à técnica de qRT-PCR para quantificação da carga viral, e análises filogenéticas da proteína VP7 de cepas selecionadas de RVB foram realizadas Foi observada alta frequência de RVB (71,1%, 64/9), principalmente em infecção singular, associada com lesões histopatológicas acentuadas no intestino delgado dos leitões afetados Partículas virais com morfologia semelhante à RV foram observadas por ME em uma amostra fecal positiva para RVB Cargas virais moderadas a altas, de 7,6 x 12 a 85 x 18 cópias genômicas por grama de fezes foram detectadas pela técnica de qRT-PCR em amostras positivas para RVB Além disso, análises filogenéticas do gene VP7 de cepas de RVB revelaram uma alta diversidade de genotipos G circulando em uma única região do Brasil Esse estudo sugere que RVB pode ser considerado um importante patógeno primário entérico em suínos, e fornece informações sobre a caracterização de RVB, além de destacar a importância de incorporar RVB junto com outras espécies de RV na rotina de diagnóstico de doenças entéricas de suínos