02 - Mestrado - Ciência Animal
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Navegando 02 - Mestrado - Ciência Animal por Autor "Alfieri, Alice Fernandes"
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Item Lesões gástricas em suínos : ocorrência e relação com a presença de Helicobacter sspYamasaki, Letícia; Bracarense, Ana Paula Frederico Rodrigues Loureiro [Orientador]; Alfieri, Alice Fernandes; Tostes, Raimundo AlbertoResumo: A descoberta da associação entre a infecção pelo Helicobacter pylori no homem e a presença de gastrites, úlceras e neoplasias como adenocarcinoma e linfoma gástrico despertou um grande interesse a respeito da participação de bactérias no desenvolvimento de gastropatias Apesar de bem conhecida há algumas décadas, a patogenia da doença gástrica em suínos não está bem elucidada O presente trabalho teve como objetivo estabelecer uma relação entre o Helicobacter spp e os achados anátomo-histopatológicos da mucosa gástrica de suínos de abate Foram colhidos e examinados 236 estômagos de suínos As lesões macroscópicas da pars esophagea e região glandular foram classificadas conforme a severidade em graus , 1, 2 e 3 Fragmentos das regiões aglandular e glandular foram processados para exame histológico e para pesquisa de Helicobacter spp Dos 236 estômagos colhidos, foram selecionadas por conveniência 67 amostras, que foram então submetidas a exame histopatológico da pars esophagea e também a reação em cadeia pela polimerase (PCR) Do total de estômagos analisados, 23 (861%) apresentavam algum tipo de alteração macroscópica A ocorrência de erosões e úlceras na região aglandular foi observada em 14 (441%) animais e na região glandular em 22 (93%) A ulceração na região gastroesofágica estava presente em 45 animais (191%) Utilizando a coloração de Warthin-Starry, observamos Helicobacter spp na mucosa gástrica de 112 (475%) amostras, destas, 54 (482%) foram classificadas como grau 2 ou 3 (pars esophagea) e 58 (518%) como grau e 1 A análise estatística revelou que não há diferença significativa entre suínos com ou sem erosões ou úlceras gastresofágicas em relação à presença de Helicobacter spp Das 67 amostras analisadas pela PCR, 47 (7,1%) mostraram resultado positivo pela PCR A alteração microscópica mais freqüente nesses animais foi a erosão epitelial, com 4,2% das amostras analisadas A freqüência de ulceração de mucosa de pars esophagea foi de 11,9% em animais em que o diagnóstico de Helicobacter spp foi positivo As alterações mais freqüentes foram degeneração epitelial e o alongamento de papilas, observada em 83,5% das amostras analisadas Em 77,5% das amostras observou-se paraqueratose da pars esophagea e em 61,1%, hiperplasia epitelial Após a análise estatística observou-se que não há associação entre a presença de Helicobacter spp e as lesões gástricas macroscópicas ou histológicas de estômagos suínos Com este estudo concluímos que Helicobacter spp não é um agente relacionado às lesões gástricas de suínos em idade de abate do Estado do ParanáItem Pathogenesis of senecavirus A : role of the blood brain barrier in newborn piglets with the epidemic transient neonatal losses syndromeOliveira, Thalita Evani Silva de; Headley, Selwyn Arlington [Orientador]; Alfieri, Alice Fernandes; Santos, Renato de Lima; Alfieri, Amauri Alcindo [Coorientador]Resumo: Senecavirus A (SVA), família Picornaviridae, é o agente etiológico de uma doença vesicular clinicamente indistinguível das outras doenças vesiculares dos suínos, destacando-se a febre aftosa, doença animal de maior importância epidemiológica mundial O SVA é o agente etiológico de duas síndromes, acometendo suínos de diferentes idades: Doença Vesicular Idiopática Suína (PIVD) e Perdas Neonatais Epidêmicas Transientes (ETNL) O objetivo desse estudo foi descrever os achados macroscópicos, histopatológicos, imuno-histoquímicos (IHQ) e ultra-estruturais associados a infecção natural por SVA e determinar o possível tropismo do vírus em diferentes tecidos de leitões neonatos do Sul e Suldeste do Brasil Foram realizadas autopsias de 54 leitões com sinais clínicos associados a ETNL Destes, (8%; 43/54) leitões foram positivos na IHQ e confirmados na transcrição reversa seguida de reação em cadeia da polimerase (RT-PCR) para SVA A maioria (81%; 35/43) dos leitões que morreram por ETNL tinham entre 2-6 dias de idade As lesões macroscópicas mais frequentes durante as autopsias foram fezes líquidas (91%; 39/43), hemorragias petequiais renais (79%; 34/43), pneumonia intersticial (77%; 33/43), lesão ulcerativa na banda coronária (35%; 15/43), edema de mesocólon (32%; 14/43), vesículas no focinho (3%; 13/43) e linfadenopatia (28%; 12/43) Na histopatologia foi observado degeneração balonosa do urotélio da bexiga (1%; 43/43), pelve urinária (95%; 41/43), enterite atrófica (93%; 4/43), meningoencefalite não supurativa e plexo coroidite (7%; 3/43) A imunomarcação positiva ao SVA foi observada no endotélio e células epiteliais do plexo coroide (CP) e nos tecidos epiteliais de todos os órgãos avaliados, exceto, nos tecidos pulmonar e linfoide A microscopia eletrônica de transmissão revelou degeneração hidrópica dos enterócitos apicais do intestino delgado, degeneração hidrópica, apoptose e necrose do endotélio dos capilares fenestrados e ependimócitos do CP associados a partículas virais intralesionais compatível com SVA Este estudo demonstrou que o SVA é um vírus epiteliotrópico, apresentando imunomarcação positiva para o epitélio de transição da pelve renal, ureter e vesícula urinária, endotélio dos capilares do CP cerebral, no epitélio da língua e nos enterócitos apicais do intestino delgado Esses resultados demonstram que a degeneração balonosa observada em diferentes tecidos/órgãos foram causadas pelo SVA e sugerem que os sinais neurológicos observados em alguns leitões foram decorrentes da meningoencefalite não supurativa induzida pelo SVA Além disso, os resultados iniciais sugerem que o SVA pode atuar como um enterovírus, produzindo uma doença entérica inicial com posterior disseminação neurológicaItem Prevalência das infecções latentes por BoHV-1 e BoHV-5 em bovinos de corte no estado do ParanáOliveira, Rodrigo Azambuja Machado de; Lisbôa, Júlio Augusto Naylor [Orientador]; Alfieri, Alice Fernandes; Cunha, Paulo Henrique Jorge da; Alfieri, Amauri Alcindo [Coorientador]Resumo: As encefalopatias em bovinos representam um grupo de enfermidades importantes, geralmente fatais, que determinam grandes perdas econômicas no Brasil e no Mundo O herpesvírus bovino 5 (BoHV-5) é um dos principais agentes causadores de encefalite no país e o 1 (BoHV-1) pode, eventualmente, provocar a doença O objetivo deste trabalho foi determinar a prevalência das infecções latentes por esses dois vírus em bovinos de corte criados no estado do Paraná Os gânglios do nervo trigêmeo foram coletados de 4 bovinos hígidos, entre 18 e 36 meses de idade, provenientes de 9 propriedades rurais localizadas em diferentes mesorregiões geográficas do estado e abatidos em frigorífico com Serviço de Inspeção Federal (SIF) A detecção do ácido nucléico (DNA) viral foi realizada por meio da reação em cadeia pela polimerase com amplificação do gene que codifica a glicoproteína C Cento e nove bovinos eram herpéticos (27,25%), sendo 14,25% (57/4) infectados somente com BoHV-1, 9,75% (39/4) infectados somente com BoHV-5 e 3,25% (13/4) portadores de infecção mista A mesorregião Noroeste apresentou os maiores índices de prevalência para BoHV-5 (41,3%), seguida pela Norte Central (8,3%), Sudoeste (5,7%), Centro Oriental (3,4%) e Norte Pioneiro (2,2%) A frequência de infecção por BoHV-1 foi maior na mesorregião Norte Central (36,6%), seguida pela Noroeste (25,9%), Oeste (2%), Sudoeste (11,4%), Norte Pioneiro (11,1%), Centro Ocidental (7,4%) e Centro Oriental (6,9%) Nas mesorregiões de Curitiba, Sudeste e Centro Sul não foram detectados bovinos com infecção latente Os dois herpesvírus circulam em rebanhos bovinos no estado do Paraná, determinando infecção latente, com distribuição geográfica heterogênea São mais prevalentes ao norte do estado, onde se concentra a maior população de bovinos de corte, e estão quase ausentes nas mesorregiões que constituem a fronteira sul A situação epidemiológica é mais crítica na mesorregião Noroeste e a vigilância para a meningoencefalite herpética deve ser intensificada nessa regiãoItem Primeira descrição de rotavírus suíno grupo H no continente americanoMolinari, Bruna Letícia Domingues; Alfieri, Amauri Alcindo [Orientador]; Leite, José Paulo Gagliardi; Alfieri, Alice FernandesResumo: Na criação comercial de suínos a diarreia do pré e do pós-desmame dos leitões representa o principal problema sanitário nessas fases de criação O rotavírus (RV) é um importante agente etiológico de gastroenterites virais em suínos lactentes e recém-desmamados Dentre os sete grupos de RV (A-G), os grupos A, B e C determinam infecções que, por sua frequência, podem ser consideradas de importância epidemiológica para seres humanos e animais Recentemente, com base na análise molecular do gene VP6, foi proposta a criação de um novo grupo de RV denominado grupo H (RVH) Entre os RVH descritos até o momento, somente as cepas J19 e B219 de origem humana já tiveram seus genomas completos determinados Por sua vez, a única cepa de RVH detectada em suínos (SKA-1), apresenta apenas os genes VP4, VP6, VP7 e NSP4 caracterizados Análises filogenéticas comparativas mostram que as cepas de RVH não se agrupam com nenhuma das espécies de RV já estabelecidas (RVA-RVG), no entanto, parecem estar relacionadas com os RVB A epidemiologia e a caracterização antigênica e molecular do RVH, tanto de origem humana quanto suína permanecem pouco elucidadas Os objetivos deste estudo foram descrever a primeira identificação de RVH em rebanho suíno brasileiro e caracterizar molecularmente a proteína VP6 das cepas virais encontradas Três amostras fecais provenientes de um surto de diarreia em leitões lactentes e recém-desmamados ocorrido em uma granja do estado de Mato Grosso do Sul em 212, inicialmente caracterizadas como RVB pelas técnicas de eletroforese em gel de poliacrilamida e RT-PCR, foram submetidas a novas amplificações por RT-PCR utilizando-se primers específicos para o gene da proteína NSP2 de RVB Os produtos obtidos, menores do que o esperado, foram sequenciados e a análise filogenética revelou que as maiores identidades encontradas foram com o gene VP4 das cepas SKA-1, B219 e J19 pertencentes ao RVH Para confirmar a similaridade das três amostras com RVH, uma nova série de RT-PCR foi realizada com primers selecionados para a amplificação do gene VP6 de RVH suíno a partir da sequência de nucleotídeos da cepa suína SKA-1 Na análise filogenética as três amostras brasileiras apresentaram maior similaridade com RVH, ficando agrupadas no mesmo cluster das cepas pertencentes a este grupo de RV Em adição, similaridades relativamente altas foram encontradas entre as cepas de RVH suíno descritas nesse estudo e cepas de RVB e RVG Os resultados encontrados confirmam a presença de RVH no Brasil e fornecem novos dados que auxiliarão no entendimento da filogenia e epidemiologia viral, bem como no esclarecimento dos padrões de evolução viral e propriedades biológicas do RVH Esta é a primeira descrição de RVH suíno fora do continente asiático