Lesões gástricas em suínos : ocorrência e relação com a presença de Helicobacter ssp
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Yamasaki, Letícia
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Resumo
Resumo: A descoberta da associação entre a infecção pelo Helicobacter pylori no homem e a presença de gastrites, úlceras e neoplasias como adenocarcinoma e linfoma gástrico despertou um grande interesse a respeito da participação de bactérias no desenvolvimento de gastropatias Apesar de bem conhecida há algumas décadas, a patogenia da doença gástrica em suínos não está bem elucidada O presente trabalho teve como objetivo estabelecer uma relação entre o Helicobacter spp e os achados anátomo-histopatológicos da mucosa gástrica de suínos de abate Foram colhidos e examinados 236 estômagos de suínos As lesões macroscópicas da pars esophagea e região glandular foram classificadas conforme a severidade em graus , 1, 2 e 3 Fragmentos das regiões aglandular e glandular foram processados para exame histológico e para pesquisa de Helicobacter spp Dos 236 estômagos colhidos, foram selecionadas por conveniência 67 amostras, que foram então submetidas a exame histopatológico da pars esophagea e também a reação em cadeia pela polimerase (PCR) Do total de estômagos analisados, 23 (861%) apresentavam algum tipo de alteração macroscópica A ocorrência de erosões e úlceras na região aglandular foi observada em 14 (441%) animais e na região glandular em 22 (93%) A ulceração na região gastroesofágica estava presente em 45 animais (191%) Utilizando a coloração de Warthin-Starry, observamos Helicobacter spp na mucosa gástrica de 112 (475%) amostras, destas, 54 (482%) foram classificadas como grau 2 ou 3 (pars esophagea) e 58 (518%) como grau e 1 A análise estatística revelou que não há diferença significativa entre suínos com ou sem erosões ou úlceras gastresofágicas em relação à presença de Helicobacter spp Das 67 amostras analisadas pela PCR, 47 (7,1%) mostraram resultado positivo pela PCR A alteração microscópica mais freqüente nesses animais foi a erosão epitelial, com 4,2% das amostras analisadas A freqüência de ulceração de mucosa de pars esophagea foi de 11,9% em animais em que o diagnóstico de Helicobacter spp foi positivo As alterações mais freqüentes foram degeneração epitelial e o alongamento de papilas, observada em 83,5% das amostras analisadas Em 77,5% das amostras observou-se paraqueratose da pars esophagea e em 61,1%, hiperplasia epitelial Após a análise estatística observou-se que não há associação entre a presença de Helicobacter spp e as lesões gástricas macroscópicas ou histológicas de estômagos suínos Com este estudo concluímos que Helicobacter spp não é um agente relacionado às lesões gástricas de suínos em idade de abate do Estado do Paraná
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Palavras-chave
Helicobacter pylori, Suíno, Doenças, Estômago, Infecções, Helicobacter pylori, Swine - Diseases, Stomach - Infections