01 - Doutorado - Patologia Experimental
URI Permanente para esta coleção
Navegar
Navegando 01 - Doutorado - Patologia Experimental por Autor "Andrade, Fábio Goulart de"
Agora exibindo 1 - 4 de 4
Resultados por página
Opções de Ordenação
Item Análise da produção de anticorpos IgY das características histológicas do baço e da medula óssea de galinhas poedeiras inoculadas com venenos de serpentesAndrade, Fábio Goulart de; Venâncio, Emerson José [Orientador]; Loyola, Wagner; Ramos, Solange de Paula; Itano, Eiko Nakagawa; Pavanelli, Wander RogérioResumo: Acidentes ofídicos são causados principalmente por serpentes dos gêneros Bothrops e Crotalus e tratados pela administração de antissoro de mamíferos Como alternativa a este procedimento, a utilização de anticorpos IgY antiveneno produzidos em galinhas poedeiras tem sido avaliada nos últimos anos Neste trabalho foram realizados dois experimentos No primeiro experimento, foi investigada a participação do baço e da medula óssea na produção de anticorpos IgY em galinhas poedeiras white leghorn (Gallus gallus domesticus) imunizadas com veneno crotálico Amostras de soro e gema foram coletadas durante o experimento, para análise da produção de anticorpos IgY Ao final deste, o baço e a medula óssea dos animais foram coletados e submetidos à análise histológica Os resultados mostraram um aumento dos anticorpos IgY crotálico no soro e na gema, a partir do 32º dia após a primeira imunização Estes níveis permaneceram elevados à medida que foram administradas doses de reforço do veneno usado como antígeno A inoculação de veneno crotálico em galinhas poedeiras induziu a produção de anticorpos IgY, principalmente na polpa branca perielipsoidal do baço e também no espaço extravascular da medula óssea No segundo experimento, galinhas poedeiras foram imunizadas com venenos de serpentes dos gêneros Bothrops e Crotalus e observadas durante 367 dias Os anticorpos IgY antiveneno foram coletados no soro e na gema dos ovos e avaliados segundo os seguintes parâmetros: níveis, avidez, padrão de reconhecimento antigênico e eficácia Os níveis de anticorpos IgY antibotrópico anticrotálico produzidos aumentaram significativamente após a segunda imunização e assim permaneceram até o final do experimento Índices significativamente elevados de avidez foram observados para anticorpos IgY antibotrópico no 142º dia e para anticorpos IgY anticrotálico no 232º dia após a primeira imunização Os anticorpos IgY antibotro pico reconheceram antí genos de massa molecular de 25 kDa e 5 kDa, enquanto os anticorpos IgY anticrota lico reconheceram principalmente antí genos de massa molecular de 14 kDa e 3 kDa Os antí genos foram mais bem reconhecidos ao final do perí odo experimental Utilizando amostras de soluções aquosas de anticorpos com concentração proteica de 15 mg/ml verificou-se que a solução contendo IgY antibotrópico apresentou eficiência 29µl/3DL5 e potência ,37mg/ml As amostras de solução aquosa contendo anticorpos IgY anticrotálico apresentaram eficiência 246µl/4DL5 e potência de ,829 mg/ml A produção de anticorpos IgY antibotrópico e anticrotálico pôde ser melhorada mediante administração de sucessivas doses dos venenos durante período de imunização superior a 6 meses, afim de se atingirem níveis de anticorpos e índices de avidez mais elevados A avidez elevada e a maior concentração dos anticorpos IgY antiveneno permitiram a neutralização de componentes tóxicos dos venenos inoculados, impedindo seus efeitos letais, sugerindo que estes anticorpos tenham aplicabilidade no tratamento de acidentes ofídicosItem Avaliação dos parâmetros de estresse oxidativo e marcadores inflamatórios sistêmicos de pacientes com Carcinoma Papilífero de tireoide e tireoidite de Hashimoto residentes no Norte do Paraná(2021-04-09) Lopes, Natália Medeiros Dias; Armani, Alessandra Lourenço Cecchini; Seiva, Fabio Rodrigues Ferreira; Watanabe, Maria Angélica Ehara; Andrade, Fábio Goulart de; Montoro, José Raphael de Moura CamposO câncer de tireoide (CT) é a neoplasia maligna endócrina mais incidente, com maior acometimento entre as mulheres. É dividido em diferentes subtipos, sendo o carcinoma papilífero da tireoide (CPT) o mais frequente. Outras alterações podem se desenvolver na tireoide, como as doenças autoimunes, cuja principal representante é a tireoidite de Hashimoto (TH). Desde 1955, quando foi descrito pela primeira vez uma possível relação entre TH e CT, vários estudos têm sido elaborados na tentativa de elucidar esta correlação, entretanto, ainda não foram totalmente esclarecedores. Sabendo-se que o estresse oxidativo (EO) está relacionado com o desenvolvimento de diversos tipos de câncer, bem como a participação de marcadores inflamatórios, o objetivo deste trabalho foi determinar a participação do EO e dos marcadores inflamatórios sistêmicos em pacientes com CPT e TH residentes no norte do Paraná. Após aprovação ética (CEP-UEL nº 2.793.785), foram coletadas amostras de 115 pacientes, divididos entre os grupos: BENIGNO (n=63), CPT (n=27), TH (n=15) e CPT+TH (n=10). Um questionário para avaliar as características clínico patológicas e uma amostra de tecido também foram coletados. Sessenta e três indivíduos saudáveis foram utilizados como controle. Quanto às análises de EO, foram avaliados nos eritrócitos os parâmetros de defesa antioxidante Superóxido dismutase (SOD), Catalase (CAT) e Glutationa reduzida (GSH), além dos relacionados a lipoperoxidação, como a quimiluminescência induzida por terc-butil hidroperóxido e Malondialdeído (MDA), dosado no plasma. Os marcadores inflamatórios, interleucina-10 (IL-10), TGF-ß1 e TNF-a também foram analisados no plasma. No microambiente tumoral avaliamos marcadores de estresse oxidativo (3-nitrotirosina e 4-hidroxinonenal), além de ki-67 e VEGF. Os resultados da CAT e SOD demonstraram valor maior nos grupos com alteração da tireoide em relação ao grupo controle. Quanto a GSH, os grupos BENIGNO e CPT apresentaram valores reduzidos em relação ao controle. Quando apenas os grupos CPT e CPT+TH foram comparados, nenhuma diferença significativa foi encontrada quanto aos parâmetros de EO, bem como quanto aos resultados dos marcadores inflamatórios. A capacidade de conter a lipoperoxidação induzida foi menor e um alto nível de MDA plasmático foi observado no grupo CPT. Para a análise entre CPT e CPT+TH, a participação do EO foi mais pronunciada no grupo CPT. Na imunohistoquímica, foi encontrado maior marcação no grupo CPT quanto aos parâmetros analisados, quando comparado ao CPT+TH. Pacientes com CPT sem TH apresentam maiores níveis de EO e marcadores de proliferação e angiogênese, assim, apresentam cenário mais favorável a metástases, e possível pior prognóstico, do que pacientes com associação entre CPT e TH.Item Resposta oxidativa in vitro e in vivo do uso da metformina no tratamento do melanoma murino (B16F10)Sanches, Larissa Juliani; Armani, Alessandra Lourenço Cecchini [Orientador]; Fernandes, Glaura Scantamburlo Alves; Armani, André; Costa, Idessania Nazareth; Andrade, Fábio Goulart de; Marinello, Poliana Camila [Coorientadora]Resumo: O melanoma, tem origem nos melanócitos e sua incidência vem crescendo nas últimas décadas, resultado da interação de fatores de risco genéticos (como mutação em BRAF) e ambientais (como exposição à radiação UV, por exemplo) Quando diagnosticado precocemente, o tratamento mais indicado é a remoção cirúrgica, porém quando encontra-se metastizado para linfonodos ou órgãos distantes é comum ser refratário aos tratamentos, levando a uma baixa sobrevida O melanoma é resistente a grande parte dos tratamentos disponíveis até o presente momento e alguns processos estão associados a essa resistência A resistência intrínseca envolve a regulação positiva de receptores tirosina quinase e a reativação de MAPK, enquanto a resistência adquirida tardiamente está relacionada com mutações concorrentes em RAS ou MEK, amplificação da forma mutante de BRAF ou splicing alternativo O estresse oxidativo está intimamente relacionado aos processos de iniciação, proliferação e metástase do câncer bem como na resistência à terapia Estudos com a metformina tem mostrado que esta pode exercer uma ação na inibição do desenvolvimento do câncer A metformina é atualmente o medicamento mais prescrito mundialmente para o tratamento do diabetes tipo 2 No câncer a metformina atua nas vias de sinalização LKB1 – AMPK e mTOR A inibição do mTOR perturba a síntese de proteínas, ocasionando uma ação antineoplásica direta nas células tumorais, através da inibição da progressão do ciclo celular e indução da apoptose e autofagia Outros estudos, mostram que a metformina desencadeia a apoptose através da regulação negativa de Bcl-2, ativando Bax, p53, desencadeando apoptose através de sinalização da ERK, dependentes e independentes de caspases, inibindo o proto-oncogene c-MYC e HIF-1a via AMPK Com base nos efeitos promissores da metformina e na resistência do melanoma aos tratamentos disponíveis, o presente trabalho teve como objetivo estudar os efeitos da metformina em células de melanoma murino metastático B16F1 em dois modelos experimentais: in vitro e in vivo No modelo in vitro, analisamos a participação da metformina no processo de indução de resistência à dacarbazina (DTIC) Para isso um fenótipo de resistência à DTIC foi induzido em células B16F1 A indução da resistência foi feita através da exposição das células a concentrações crescentes de DTIC As células foram plaqueadas em garrafas de 25cm2 na concentração de 1x16 e expostas a DTIC (1µg / mL, 1µg / mL, 25µg / mL, 5µg / mL, 75µg / mL, 1 µg / mL e 125 µg / mL) As células foram consideradas resistentes quando a exposição a DTIC não causava sua morte Para analisar a interferência da metformina no processo de indução de resistência, as células foram pré-tratadas com metformina (6 µM) durante 7 passagens e então foram induzidas à resistência a DTIC, grupo denominado MET-DTIC As células foram coletadas em todas as passagens, para a análise de marcadores de estresse oxidativo 8-OH-DG, p53, Nrf2 e NF-kB Os resultados revelam que o fenótipo de resistência a DTIC nas células B16F1 foi induzido com o protocolo experimental utilizado e que a metformina é capaz de atenuar este processo de indução de resistência Além de prevenir a indução de resistência a metformina atua aumentando os níveis de antioxidantes celulares e modula vias de sinalização importantes para a quimiorresistência, aumentando a marcação nuclear de p53 e reduzindo a marcação nuclear de NF?B e Nrf2 Na avaliação do efeito da metformina no melanoma in vivo, dois objetivos distintos foram trabalhados: primeiramente foi avaliado o efeito da metformina no tratamento do melanoma metastático, bem como sua ação em conjunto com o quimioterápico DTIC, em um segundo momento, avaliamos a ação da metformina na implantação das células tumorais no pulmão Para responder o primeiro objetivo, os animais foram inoculados com células B16F1 pelo plexo oftalmico, e divididos nos grupos: controle positivo (C+), onde os animais não foram tratados; grupo Metformina (MET), tratado com metformina na concentração de 2mg ip do 1o ao 14o dia; Grupo Dacarbazina (DTIC), tratado com dacarbazina concentração de 5mg/kg ip do 5º ao 1º dia; grupo Metformina + Dacarbazina (MET-DTIC), tratado com metformina e dacarbazina nas mesmas condições mencionadas acima; e grupo controle negativo (C-), em que os animais foram inoculados com meio de cultura (DMEM) sem soro e não receberam tratamento Para o segundo objetivo, todos os animais foram tratados com metformina na concentração de 2mg ip durante 5 dias, após esse período os animais foram inoculados com células B16F1 4x16 pelo plexo oftalmico, e divididos nos grupos: controle positivo PTM (C+), PTM (MET), PTM (DTIC) e PTM (MET-DTIC), seguindo os mesmos protocolos de tratamento descritos para o primeiro objetivo Nos dois protocolos experimentais, os animais foram pesados durante todo o tempo experimental e o consumo de ração por animal em cada grupo foi calculado Após os 14 dias de experimento, os animais foram eutanásiados e foi realizada a punção cardiaca para a análise sistêmica e a retirada cuidadosa dos pulmões Foram realizadas as contagens de nódulos metástaticos em todos os pulmões Foram realizadas análises de estresse oxidativo no microambiente tumoral e sistêmico A arquitetura pulmonar e marcadores de vias de sinalização envolvidas com proliferação, estresse oxidativo e morte celular também foram analisados devido à sua relação com a resistência aos tratamentos disponíveis Os resultados demonstram que a metformina tem um importante papel na modulação de importantes vias de sinalização, como a p53, PCNA e Nrf2, interferindo assim no estresse oxidativo e culminando em uma ação antitumoral e antimetastática Diminuindo assim o número de nódulos metastáticos quando utilizada isoladamente e potencializando o efeito da DTIC, além de diminuir os efeitos colaterais do quimioterápico Dessa forma pode-se concluir que a metformina tem um potencial terapêutico por apresentar atividade antitumoral em modelos in vitro e in vivo de melanoma murino, estudados com as células B16F1 Essa atividade é acompanhada pela modulação de vias importantes para a viabilidade de células tumorais como, estresse oxidativo, crescimento e morte celular resposáveis, em parte, pela resistência do melanoma a quimioterápicos atualmente disponíveisItem Tratamento com benznidazol em combinação com aspirina durante a fase aguda da doença de Chagas experimental : avaliação cardiovascular e lesões cardíacas típicas na fase crônicaPereira, Rito Santo; Pinge Filho, Phileno [Orientador]; Kwasniewski, Fábio Henrique; Bidóia, Danielle Lazarin; Andrade, Fábio Goulart de; Ceravolo, Graziela Scalianti; Ogatta, Sueli Fumie Yamada [Coorientadora]Resumo: A doença de Chagas, causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, é uma das principais causas de morte por cardiomiopatia e insuficiência cardíaca nos países da América Latina O tratamento da doença de Chagas tem como objetivo eliminar o parasito, diminuir a probabilidade de cardiomiopatia e interromper o ciclo de transmissão da doença O benznidazol (BZ) e o nifurtimox (Nfx) são reconhecidos como medicamentos efetivos para o tratamento da doença de Chagas pela Organização Mundial da Saúde, mas ambos apresentam alta toxicidade e eficácia limitada, especialmente na fase crônica da doença Em doses baixas, foi relatado que a aspirina (ASA) protege contra a infecção por T cruzi Administramos BZ em combinação com ASA em doses baixas durante a fase aguda da doença e avaliamos aspectos cardiovasculares e lesões cardíacas na fase crônica O tratamento com ASA evitou a disfunção cardiovascular (hipertensão e taquicardia) e lesões cardíacas típicas Além disso, os camundongos tratados com BZ+ASA apresentaram área fibrótica cardíaca menor do que a dos camundongos tratados com BZ Estes resultados foram associados ao aumento no número de eosinófilos, reticulócitos e no nível de óxido nítrico no plasma e tecido cardíaco de camundongos tratados com ASA em relação aos respectivos controles Esses efeitos da ASA e BZ+ASA em camundongos infectados cronicamente foram inibidos pelo pré-tratamento com o antagonista do receptor LXA4, Boc-2, indicando que os efeitos protetores da ASA são mediados pela lipoxina desencadeada por ASA Esses resultados enfatizam a importância de explorar novas combinações de medicamentos para tratamento da fase aguda da doença de Chagas que são benéficas para pacientes crônicos