A biblioteca escolar na formação do leitor literário do sexto ano do ensino fundamental

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Cuareli, Adriana Aparecida Degan

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Resumo

Resumo: O presente trabalho propõe reflexões acerca de como a leitura de literatura é realizada em escolas estaduais do município de Londrina no Estado do Paraná, especificamente no que diz respeito à função da biblioteca escolar para o acesso, orientação e incentivo dos alunos à leitura de literatura dos sextos anos do Ensino Fundamental II Para tanto, selecionamos seis escolas do município, representantes de seis zonas geográficas: Norte, Sul, Leste, Oeste, Central e Rural, codinominadas para assegurar anonimato dos participantes da pesquisa e aqui identificadas como Escola 1 (zona Norte), Escola 2 (zona Sul), Escola 3 (zona Leste), Escola 4 (zona Oeste), Escola 5 (Centro), Escola 6 (zona Rural) Estes aspectos são tratados de duas perspectivas: a teórica, com reflexões e discussão de estudos acerca do histórico da biblioteca escolar e sua implicação na formação de leitores de literatura; questões teóricas que abarcam a leitura de literatura infanto-juvenil e a prática, que inclui a observação in loco a fim de conhecer as instalações das bibliotecas escolares, seus acervos, práticas de uso por alunos e professores de Língua Portuguesa do sexto ano e a realização de entrevistas com bibliotecários, agentes de leitura e/ou demais responsáveis pelo funcionamento da biblioteca e professores que atuam nesta série Tais dados são utilizados para traçar o perfil atual das bibliotecas em relação às atividades de incentivo à leitura literária e propor caminhos para sua melhor utilização O objetivo é compreender o sentido e o espaço da biblioteca como ambiente de leitura, abordando a atuação pedagógica e escolar no ensino de literatura Como resultado, pudemos constatar que as escolas encontram-se, no discurso, envolvidas pelas teorias atuais que se mostram mais eficazes para a formação do leitor literário, mas na prática encontram-se presas a paradigmas ultrapassados que ainda cercam a leitura As ações pró leitura apoiam-se na concepção de literatura como recurso pedagógico, de acordo com os conceitos burgueses nos quais a escola está fundada, impedindo o avanço rumo ao paradigma emergente – que compreende a literatura enquanto arte – e negando o direito do aluno à fruição literária Para reverter esse quadro faz-se necessário um percurso cujo caminho é árduo e pressupõe um planejamento muito bem cuidado, por toda a escola e também por todas as outras instâncias ligadas à educação

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Palavras-chave

Literatura, Estudo e ensino, Leitores, Formação, Bibliotecas escolares, Study and teaching, Reading, Literature - Study and teaching

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