Manutenção e alteração dos estágios de mudança de comportamento para a prática de atividade física no tempo livre em população de 40 anos e mais (2011-2015)
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Tessaro, Valéria Cristina Zamataro
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Resumo
Resumo: OBJETIVO: Analisar a manutenção e a alteração dos estágios de mudança de comportamento para atividade física no tempo livre (AFTL) e fatores associados em indivíduos de 4 anos e mais de idade, residentes em Cambé – PR, no período entre 211 e 215 MÉTODOS: Para a estruturação desta tese, elaboraram-se dois artigos científicos com métodos, resultados e conclusões próprias, com dados obtidos do projeto de pesquisa de base populacional VIGICARDIO, para o qual se entrevistou uma amostra representativa de indivíduos de 4 anos e mais do município de Cambé, Paraná, em dois momentos: linha de base (211) e seguimento (215) Ambos os artigos são estudos epidemiológicos observacionais, o primeiro do tipo longitudinal e o segundo do tipo tranversal e coorte prospectiva que utilizaram dados dos dois períodos do VIGICARDIO O primeiro verificou a manutenção e a alteração dos estágios de mudança de comportamento para a AFTL e a associação com características sociodemográficas e o segundo manuscrito analisou a prevalência e incidência de não intenção de prática de atividade física no tempo livre (NIPAFTL) e fatores associados RESULTADOS: Artigo 1 – Observaram-se frequências elevadas de indivíduos que se mantiveram nos estágios de pré-contemplação (n=172; 57,%) e de manutenção (n=119; 51,3%) Entre os que se mantiveram no estágio de pré-contemplação, verificou-se maior proporção de homens (RR=1,59; IC95%: 1,21-2,11), com idade = 6 anos (RR=1,35; IC95%: 1,3-1,78), com menor escolaridade (RR=1,24; IC95%: 1,4-2,33) e das classes C (RR=1,71; IC95%: 1,17-2,49) e D/E (RR=1,88; IC95%: 1,12-3,18) Quanto aos que permaneceram no estágio de manutenção houve menor proporção entre os indivíduos das classes D/E (RR=,35; IC95%: ,14-,87) em relação às classes A/B Artigo 2 - A prevalência de NIPAFTL foi de 34,4%, e após ajuste dos modelos foi superior em homens, nos indivíduos de menor escolaridade, nas classes econômicas C e D/E, naqueles com algum tipo de dependência funcional, em tabagistas, nos que consumiam irregularmente frutas, verduras e/ou legumes e naqueles que não consultaram médico nos últimos 12 meses Indivíduos com diabetes, sobrepeso ou obesidade apresentaram menor prevalência A incidência de NIPAFTL foi de 26,2%, e nas análises ajustadas foi maior entre os sujeitos das classes econômicas D/E, que tinham autopercepção ruim/muito ruim de saúde, tabagistas e com consumo irregular de frutas, verduras e/ou legumes CONCLUSÕES: Na amostra populacional estudada, tanto a prevalência em 211 quanto a manutenção e a incidência de NIPAFTL (indivíduos no estágio de pré-contemplação) após quatro anos, foram elevadas Verificaram-se associações com variáveis sociodemográficas, de condições de saúde, de estilo de vida e de utilização de serviços de saúde Os achados também salientaram iniquidades dos subgrupos mais vulneráveis (indivíduos das classes econômicas D/E, tabagistas e com consumo irregular de frutas, verduras e/ou legumes) que tiveram tanto prevalências maiores no estudo da linha de base, quanto incidências maiores após quatro anos Dessa forma, reforça-se a importância de identificar os estágios de mudança de comportamento e fatores associados, a fim de delinear e direcionar ações públicas intersetoriais para a promoção de um estilo de vida ativo
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Palavras-chave
Saúde pública, Qualidade de vida, Estilo de vida, Estudos longitudinais, Community health, Quality of life, Life style, Longitudinal studies