Diversidade funcional de comunidades de aves florestais em resposta a gradientes temporais e espaciais na Mata Atlântica
dc.contributor.advisor | Anjos, Luiz dos | |
dc.contributor.author | Oliveira, Helon Simões | |
dc.contributor.banca | Hartz, Sandra Maria | |
dc.contributor.banca | Piratelli, Augusto João | |
dc.contributor.banca | Birindelli, José Luís | |
dc.contributor.banca | Medri, Cristiano | |
dc.coverage.spatial | Londrina | |
dc.date.accessioned | 2024-03-22T12:13:27Z | |
dc.date.available | 2024-03-22T12:13:27Z | |
dc.date.issued | 2023-03-03 | |
dc.description.abstract | Resumo: A manutenção da biodiversidade tem sido comprometida ao longo da história humana devido as alterações e destruição dos habitats. Ao longo do tempo, as comunidades apresentam alterações taxonômicas, com mudanças na riqueza e composição de espécies. Embora os avanços nos estudos sobre diversidade funcional sejam evidentes na última década, ainda é vago o entendimento de como as alterações taxonômicas podem afetar a diversidade de funções nas comunidades em ambientes florestais. Assim, o foco desse estudo foi investigar o comportamento das facetas da diversidade funcional de assembleias de aves florestais frente às dinâmicas taxonômicas decorridas ao longo de uma década em uma floresta tropical com alto nível de conservação. Também avaliamos as respostas da diversidade funcional nas assembleias de aves em relação ao gradiente de estado de conservação vegetal oriundo do corte seletivo de árvores. Para tanto, avaliamos a diversidade de traços funcionais e a estrutura do espaço de nicho ocupado pelas assembleias no Parque Nacional do Iguaçu e na Reserva Biológica das Perobas. Foram obtidas as métricas: riqueza de espécies; riqueza, uniformidade, divergência e dispersão funcional; e a média ponderada da comunidade de cada traço funcional avaliado. Além disso, comparamos os valores de diversidade funcional observados com os aqueles esperados ao acaso para identificar os mecanismos latentes às montagens das assembleias. Essas métricas foram avaliadas com o uso de modelos aditivos generalizados mistos e modelos lineares Bayesianos. Os resultados apontam que as comunidades passam por uma dinâmica taxonômica temporal, mesmo em ambientes altamente preservados. As alterações taxonômicas são possíveis devido à substituição aleatória gerada por processos de dispersão, porém, a redundância entre as espécies permite a estabilidade funcional geral da comunidade. Entretanto, as espécies Passeriformes insetívoras especialistas apresentaram uma redução taxonômica com prevalência do aninhamento funcional, quando comparado a composição funcional entre os anos, o que indica uma erosão funcional silenciosa nas assembleias. Identificamos, ainda, que as assembleias tendem a aumentar a riqueza de espécies em florestas com reduzido estado de conservação vegetal. Contudo, esse aumento na riqueza de espécies leva ao adensamento do espaço nicho devido à intensificação da influência dos filtros ambientais sobre a estruturação das assembleias. Dessa forma, as comunidades em vegetações menos íntegras apresentam maior risco de extinções locais devido às exclusões competitivas entre espécies redundantes. Isso demonstra que avaliações isoladas da riqueza de espécies são potencialmente ilusórias e podem levar a medidas de conservação malsucedidas, como propor a extração seletiva de madeira em florestas primárias com base no suposto benefício do aumento da riqueza de espécies de aves. Além disso, a composição funcional tende a mudar com as mudanças no estado de conservação da vegetação, alterando assim o papel funcional prestado pelas comunidades. Abstract: The maintenance of biodiversity has been compromised throughout human history due to the alteration and destruction of natural habitats. Over time, natural communities show taxonomic alterations, with changes in species richness and composition. Although advances in functional diversity studies are evident in the last decade, the understanding of how taxonomic alterations may affect the diversity of functions in communities in forest environments is still vague. Thus, the focus of this study was to investigate the behavior of functional diversity facets of forest bird assemblages in the face of taxonomic dynamics over a decade in a tropical forest with a high level of conservation. We also evaluated the responses of functional diversity in bird assemblages in relation to the gradient of vegetation conservation status arising from selective logging. To this end, we evaluated the diversity of functional traits and the structure of niche space occupied by assemblages in the Iguaçu National Park and the Perobas Biological Reserve. We obtained the metrics: species richness; functional richness, functional evenness, functional divergence, and functional dispersion; and the weighted average of the community for each functional trait evaluated. In addition, we compared the observed functional diversity values with those expected by chance to identify latent mechanisms in assemblage assemblies. These metrics were evaluated using generalized additive mixed models and Bayesian linear models. The results indicate that communities undergo temporal taxonomic dynamics, even in highly preserved environments. Taxonomic changes are possible due to random turnover generated by dispersal processes, but redundancy among species allows for overall functional stability of the community. However, the specialist insectivorous Passerine species showed a taxonomic reduction with prevalence of functional nesting when comparing the functional composition between years, indicating a silent functional erosion in the assemblages. We also identified that assemblages tend to increase species richness in forests with reduced vegetation conservation status. However, this increase in species richness leads to a densification of the niche space due to the intensified influence of environmental filters on the structure of assemblages. Thus, communities in less intact vegetation are at greater risk of local extinctions due to competitive exclusions among redundant species. This demonstrates that isolated assessments of species richness are potentially illusory and can lead to unsuccessful conservation measures, such as proposing selective logging in primary forests based on the supposed benefit of increased bird species richness. Furthermore, functional composition tends to change with changes in vegetation conservation status, thus altering the functional role provided by communities. | |
dc.identifier.uri | https://repositorio.uel.br/handle/123456789/289 | |
dc.language | por | |
dc.publisher | Universidade Estadual de Londrina | |
dc.subject | Dinâmica comunitária | |
dc.subject | Diversidade funcional ao longo do tempo | |
dc.subject | Erosão da biodiversidade funcional | |
dc.subject | Ocupação de nicho | |
dc.subject | Regras de assembleia | |
dc.title | Diversidade funcional de comunidades de aves florestais em resposta a gradientes temporais e espaciais na Mata Atlântica | |
dc.title.alternative | Functional diversity of forest bird communities in response to temporal and spatial gradients in the Atlantic Forest | |
dc.type | Tese |
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