Perda olfatória na rinossinusite crônica : análise do epitélio olfatório

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Resumo: Introdução: Pacientes com Rinossinusite Crônica (RSC) frequentemente apresentam disfunção olfatória As causas desse distúrbio não estão totalmente elucidadas, sendo que a descoberta de alterações epiteliais nesses pacientes pode possibilitar novas linhas de tratamento Objetivo: avaliar a segurança da realização de biópsias de mucosa nasal e verificar possíveis alterações no epitélio olfatório de pacientes com RSC com e sem polipose com relação aos níveis de marcadores neuronais, presença de eosinófilos, estresse oxidativo, apoptose e sinalização do odor, correlacionando os achados epiteliais com o olfato Métodos: Trinta e quatro indivíduos com diagnóstico de RSC com e sem polipose nasossinusal, assim como 24 indivíduos controles foram submetidos à biópsia do epitélio olfatório, questionários de Avaliação dos sintomas de obstrução nasal, Teste de desfecho sinonasal, Teste de Identificação do Olfato da Universidade da Pensilvânia e Pico de fluxo inspiratório nasal As biópsias foram analisadas através de imuno-histoquímica e imunofluorescência, avaliando a neurônios totais, maduros e imaturos, de segundos mensageiros (cAMP e cGMP), receptor de acetilcolina M3, estresse oxidativo (nitrotirosina e iNOS), apoptose (caspase 3) e presença de eosinófilos Foram utilizados os testes: Anova seguido de Bonferroni, Kruskal-Wallis seguido de Dunn, Qui-quadrado e coeficiente de correlação de Pearson ou Spearman para análise estatística Resultados: Não houve alteração na função olfatória unilateral e bilateral com a realização da biópsia em concha nasal superior Os pacientes com RSC com e sem polipose tiveram uma pontuação do teste olfatório significativamente menor (p = ,1) Não foi encontrada diferença entre a obstrução nasal entre os grupos Não houve diferença significativa na expressão de nenhum dos marcadores avaliados Porém, os grupos RSC com e sem pólipos apresentaram tendência a alteração de segundos mensageiros, apoptose, estresse oxidativo e eosinófilos Houve uma correlação moderada negativa entre o cheiro e o GAP43 (R = - ,5, p = ,1) e cGMP (R = ,5, p = ,3) Conclusão: Os dados mostram que a biópsia em concha nasal superior é segura para o olfato e que pacientes com RSC com e sem pólipos tendem a apresentar níveis mais elevados de estresse oxidativo e apoptose no epitélio olfatório e menor expressão de AMPc, o que pode levar à perda do olfato Amostras maiores devem ser usadas para provar este mecanismo

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Palavras-chave

Olfato, Cavidades nasais, Epitélio, Biópsia, Imunohistoquímica, Smell, Nasal fossa - Epithelium, Biopsy, Histology

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