Variación lingüística del Español en la formación docente: crenças de professores universitários

Data

2023-04-21

Autores

Mantoani, Vanessa Cruz

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Resumo

A formação de professores é o momento em que os discentes têm contato com diversos conhecimentos que constituirão sua prática docente e sua identidade profissional. É preciso compreender e praticar uma formação que envolva mais do que aspectos linguísticos e literários, abarcando aspectos sociais e culturais que motivem os estudantes a compreenderem as sociedades da língua de estudo e seu próprio entorno social. A presente tese tem como objetivo analisar a abordagem da variação linguística do Espanhol na formação de professores do Estado do Paraná em contraste com universidades de outros países, tendo em vista a carência de estudos no Brasil relacionados a este tema e às crenças que permeiam sua abordagem nas instituições de ensino. Para o suporte teórico, em um primeiro momento, abordamos conceitos relacionados à variação linguística, conforme Camacho (1988), Moreno Fernández (2007, 2014, 2018) e Silva (2021), bem como discutimos questões históricas sobre a existência de uma variedade “padrão” no ensino de Língua Espanhola de acordo com Andión Herrero (2008), Torres Torres (2013) e Santos, A. (2019). Num segundo momento, utilizamos os estudos de Bortoni-Ricardo (2005) e Faraco (2008) referentes à Sociolinguística Educacional e à Pedagogia da Variação Linguística, além de apresentar definições sobre preconceito, crenças e atitudes linguísticas, com base em Lambert e Lambert (1975), Cyranka (2014) e Bagno (2015). Para a coleta e análise de dados, elaboramos um questionário e o aplicamos a professores de Língua Espanhola de universidades públicas do Paraná e de países como a Argentina, Espanha e Uruguai que possuem o Espanhol como idioma oficial, a fim de compreender a opinião desses profissionais sobre a abordagem da variação do idioma. Apesar das dificuldades encontradas no percurso da pesquisa, como a falta de acesso à matriz curricular de alguns cursos de graduação, os contatos de professores disponibilizados publicamente e a falta de participação de professores, principalmente de universidades brasileiras, de acordo com os dados obtidos, observamos questionamentos de alguns participantes sobre qual variedade do Espanhol poderia ser definida como “padrão” e constatamos que os participantes deste estudo acreditam na existência de um “padrão” conforme a região em que a língua é falada. Outro dado relevante é o fato de, na maioria das respostas, os professores terem defendido a abordagem do conteúdo “variação linguística” no decorrer de toda a formação docente, ideia defendida nesta tese. Novos estudos que analisem as matrizes curriculares ou contrastem respostas de professores de universidades do Paraná com estados de outras regiões do Brasil, por exemplo, poderiam ampliar a amostra brasileira sobre o conteúdo analisado, além de possibilitar um mapeamento de sua presença nos cursos de formação de professores de Espanhol no país. Assim, esta pesquisa compreende que o diálogo com o foco na reflexão pode contribuir para avanços significativos nesta área de estudo, visto que favorece a tomada de consciência e respeito sobre as variedades linguísticas e, consequentemente, pode descontruir conceitos pré-formados, como as crenças linguísticas, pois a “variação linguística” se configura num conteúdo inerente à língua e permeia o processo de ensino e aprendizagem, (in)diretamente.

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Palavras-chave

Variedades geográficas, Pedagogia da Variação Linguística, Crenças e atitudes, Língua Espanhola, Formação de professores

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