Alcoolismo e redes terapêuticas : uma análise antropológica sobre grupos de ajuda mútua na cidade de Londrina (PR)

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Resumo: Esta pesquisa, de cunho etnográfico, procurou discutir o binômio alcoolismo-doença entre os grupos de ajuda mútua Alcoólicos Anônimos (AA) e o grupo Familiares e Amigos de Alcoólicos (AL-ANON) de Londrina (PR) Identificado que os discursos presentes nestes grupos de ajuda mútua são uma via privilegiada de acesso a duas dimensões básicas, a moral, que designa as expectativas sociais, e a física, representado pelo discurso biomédico da compulsão e da dependência, o diálogo com o conceito de perturbações físico-morais (DUARTE, 1988), apresentou-se fundamental para explorar as noções de doença despertas nessas instituições e como tais noções ultrapassam os limites dos aportes biomédicos A opção teórica da dádiva, inicialmente abordada por Marcel Mauss no Ensaio sobre a Dádiva (1924), também foi de grande valia para análise na medida em que ela auxiliou na compreensão dos mecanismos simbólicos de formação dos vínculos sociais em benefício da recuperação Nas atividades promovidas pelos grupos de ajuda mútua, os membros se consideram como possuidores de uma doença incurável, isto é, necessitam de um controle diário sobre as ações consideradas patológicas em virtude da impossibilidade de cura A pesquisa empírica, marcada por um processo de generificação dos espaços terapêuticos, mostrou a importância de se problematizar como as noções de doença reveladas por estes grupos também são orientadas por uma perspectiva de gênero Os grupos de ajuda mútua, na sociedade contemporânea, apresentam-se como um programa de sucesso capaz de proporcionar a formação de novos estilos de vida e redes de sociabilidade Tal identificação também mereceu especial atenção nesta pesquisa

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Palavras-chave

Alcoolismo, Grupos de ajuda mútua, Sociabilidade, Psicologia social, Alcoholism

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