Figurações da morte em "A menina morta" de Cornélio Penna
Arquivos
Data
Autores
Martins, Denis Pereira
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
Resumo: Uma casa de fazenda, opulenta, sóbria e sombria, às margens do Rio Paraíba Vésperas da abolição da escravatura Tempo de febre amarela devastadora Uma menina, carregada de equilíbrio e de paz familiar, morre Mas sua presença permanece, mobilizadora, na complexidade de conflitos: a mãe, presença escondida; o pai, senhor todo-poderoso e distante Irmãos ausentes Oito mulheres, seus desencantos e neuroses A irmã que chega, esperança de reequilíbrio, personalidade complexa e solitária, amplia os espaços conflitivos e culmina por conviver com o declínio da família e da propriedade Essa Dissertação busca interpretar o romance A Menina Morta de Cornélio Penna sobre o viés da morte A morte é uma espécie de artifício literário e, nesse sentido, deve ser estudada como procedimento estético O texto é iniciado com a preparação dos acessórios fundamentais para o enterro da menina, o rito funerário, que começa com a agonia, coincidindo com a fase inicial do luto dos vivos Os primeiros capítulos dessa narrativa fúnebre trazem descrições das frustrações das personagens, desencadeadas pela morte da menina Contudo, a dor e o sentimento de perda lhes são interditados, são fraquezas e, por essa razão, não são permitidas É o luto reprimido, seguido das mudanças dos papéis na família patriarcal, da tristeza, da melancolia, da degradação Aqui, o espaço é de extrema importância para a construção da fábula, a fazenda do Grotão é vista como articulação dos sentimentos dos que ali vivem A chegada da menina mais velha – Carlota – faz com que as outras personagens possam se abrir “às desgraças das outras” Ela passa a ser outra mulher, e o novo poder, que com ela inicia, é marcado pelo medo e pela sensação de ameaça que todos sentem
Descrição
Palavras-chave
Ficção brasileira, Morte na literatura, Death in literature, Brazilian fiction, History and criticism