Uma análise conceitual das Agências Controladoras e sua relação com a sobrevivência das culturas

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Resumo: Há décadas, analistas do comportamento atuam em relação aos problemas sociais, tanto em produções teóricas como em aplicações da tecnologia comportamental Entretanto, em geral, a Análise do Comportamento parece não ser utilizada para a construção de mudanças sociais consistentes Autores apontam para a necessidade de ampliar o escopo de análise e intervenção, exigindo um esforço para estudar o contexto de forma ampla e considerar o terceiro nível de seleção por consequências, a evolução das culturas As agências controladoras, como partes das culturas, precisam ser levadas em conta no estudo das contingências presente no contexto social Esta pesquisa, de caráter teórico-conceitual, visa esclarecer o papel das agências de controle na sobrevivência das culturas Textos teóricos de B F Skinner, considerados como textos fundamentais, foram analisados por meio do Procedimento de Interpretação Conceitual de Texto (PICT) Textos auxiliares, que ofereceram suporte na realização dos objetivos, foram registrados por fichamentos Abordam-se as definições de cultura presente no texto skinneriano, assim como sua relação com o grupo e o papel das pessoas como parte da cultura Variações comportamentais explicam a origem de novas práticas culturais, que são selecionadas caso o grupo praticante obtenha sucesso na resolução de problemas Restrições estruturais no terceiro nível de seleção, representadas por contingências predominantes mantidas por agências controladoras, podem afetar a seleção de práticas culturais Apresenta-se uma possível definição das agências controladoras como conjunto de práticas controladoras, isto é, práticas culturais institucionalizadas, mantidas por uma subdivisão mais poderosa do grupo Culturas são fortalecidas quando seus membros são melhores educados, mais saudáveis, desperdiçam menos recursos e vivem em um ambiente mais seguro Práticas culturais podem agir sobre o ambiente social fortalecendo ou enfraquecendo uma cultura Discute-se o papel das práticas mantidas pelas agências no fortalecimento ou enfraquecimento das culturas, tendo em vista que tais práticas beneficiam principalmente as próprias agências Aborda-se, de maneira breve, a crítica de Skinner às instituições e sua defesa pelo aumento do controle face a face como uma estratégia para diminuir a concentração de poder pelas agências controladoras Conclui-se que o arcabouço teórico do Behaviorismo Radical permite investigações de relações de poder entre controladores e controlados e seus efeitos decorrentes Espera-se que este estudo sirva de incentivo à novas pesquisas sobre contexto social e cultural do comportamento humano, levando em conta as possíveis relações de poder entre as pessoas

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Palavras-chave

Análise do comportamento, Comportamento humano, Cultura, Evolução, Controle social, Behavioral analysis, Behavior (Psychology), Culture, Social control, Evolution

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