Elaboração e análise da efetividade de um protocolo de estimulação sensório-motora precoce no desenvolvimento neuropsicomotor de recém-nascidos prematuros : um estudo piloto

Data

2024-02-19

Autores

Paula, Amanda Oliveira de

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Resumo

Introdução: A fisioterapia age no desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM), porém não há padronização das ações. Objetivos: Elaborar e avaliar a efetividade de um protocolo de estimulação sensório-motora sobre o desempenho neuropsicomotor, ganho ponderal e tempo de internação de prematuros admitidos em uma unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN). Métodos: 22 prematuros com idade gestacional (IG) <32 semanas foram avaliados com a escala Hammersmith Neonatal Neurological Assessment (HNNE) a partir das 34 semanas de IG. Posteriormente, foram alocados para grupo controle (GC) e intervenção (GI). O GI recebeu o protocolo de estimulação sensório-motora 1 vez por dia, durante 5 dias/semana, até a alta hospitalar, enquanto o GC recebeu os cuidados usuais. Resultados: Na comparação intragrupo da escala HNNNE, o GC apresentou, na avaliação final, maior pontuação nos itens tração de perna (2[1-4]vs3[1-4];p=0,017), resposta à tração (1[1-2,2]vs3[2,5-3]; p=0,018) e tônus extensor da perna (4[3,7-4]vs3[2-4];p=0,046). Já o GI apresentou maior pontuação nas variáveis tração do braço (1[1-1]vs2[2-4]; p=0,006), controle de cabeça 1(1[1-4]vs3[3-4]; p=0,024), controle de cabeça 2(2[1-4]vs3[3-4]; Z=-2,121; p=0,034), resposta à tração (1[1-3,2]vs3[3-3,7]; p=0,009) e movimentos espontâneos quantitativos (2[1-4]vs4[3-4]; p=0,04). No escore de otimização, o GC apresentou melhor performance nas variáveis tração de perna (1[0-1] vs 1[1-1]; p=0,046), controle de cabeça 2(1[0-1]vs1[1-1]; p=0,046) e suspensão ventral (0[0-1]vs1[0-1]; p=0,025). O GI obteve melhor score de otimização nas variáveis tração de braço (0[0-0]vs1[1-1]; p=0,005), controle de cabeça 1(5[0-1]vs1[1-1]; p=0,025), suspensão ventral (0[0-0]vs0[0-1]; p=0,046) e alerta (1[0-1]vs1[1-1],p=0,046). Não houve diferença no peso final entre GC e o GI (1932 [1830-2240]vs1957[1880-2185]; p=0,83) e com o tempo de internação (59,2±35 dias vs 56,1±18,5 dias; Z=0,799; p=0,74). A realização do protocolo não alterou a rotina de cuidados da unidade, tampouco a estabilidade clínica dos bebês. Conclusão: O protocolo de estimulação sensório-motora é viável, pode ser aplicado de forma segura e parece ter benefícios no DNPM de bebês prematuros internados na UTIN.

Descrição

Palavras-chave

Prematuridade, Fisioterapia, Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, Prematuros, Desenvolvimento motor - Recém-nascidos

Citação