Valores de referência de variáveis isocinéticas de flexores e extensores de tronco e relação com testes físicos de mulheres assintomáticas entre 20 e 49 anos
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Bela, Laís Faganello Dela
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Resumo
Resumo: A dinamometria isocinética é considerada padrão ouro para avaliação de desempenho muscular, no entanto, envolve um alto custo e complexidade em sua aplicação Esse estudo teve como objetivo estabelecer valores de referência para variáveis isocinéticas de flexores e extensores de tronco e relacioná-las com testes físicos de mulheres assintomáticas entre 2 e 49 anos Foram avaliadas 143 mulheres, divididas em 3 grupos etários (G2-29, G3-39 e G4-49), utilizando o dinamômetro isocinético (módulo: seated compressed) com uma amplitude total de 6 o (4 o de flexão e 2 o de extensão) nas velocidades de 6, 9 e 12 o/s Ainda, foram realizados a eletromiografia de superfície nos músculos reto abdominal, oblíquos externos e eretores espinhais e testes físicos Sorensen e abdominais por minuto As análises foram realizadas considerando as fases da contração isocinética (fase de aceleração, fase de isocinetismo e fase de desaceleração, normalizadas pela amplitude de movimento) Para as variáveis isocinéticas, não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes entre os grupos, assim uma média geral foi proposta para o pico de torque em extensão (PT_EXTENSÃO) (6 o/s: 18,13 Nm (DP = 53,15); 9 o/s: 175,11 (5,62) e 12 o/s: 173,29 (51,1)), pico de toque em flexão (PT_FLEXÃO) (6 o/s: 111,68 (31,77); 9 o/s: 15,67 (3,78) e 12 o/s: 98,69 (28,7)), pico de torque em flexão normalizado pela massa corporal (PT_FLEXÃO_NORM) (6 o/s: 1,84 (,56); 9 o/s: 1,73 (,53) e 12 o/s: 1,62 (,5)), pico de torque em extensão normalizado pela massa corporal (PT_EXTENSÃO_NORM) (6 o/s: 2,95 (,85); 9 o/s: 2,87 (,84) e 12 o/s: 2,82 (,81)) e relação agonista/antagonista (RELAÇÃO AGO/ANT) para 6 o/s: ,71 (,45); 9 o/s: ,69 (,43) e 12 o/s: ,58 (,41) Para a comparação entre as velocidades dentro do mesmo grupo foram encontradas diferenças para o PT_FLEXÃO no G2-29 (todas as velocidades), G3-39 (6-12 o/s e 9-12 o/s) e G4-49 (6-12 o/s) PT_FLEXÃO_NORM no G3_39 entre as velocidades de 6-12 o/s (P = ,1) e RELAÇÃO AGO/ANT no G2-29 (6-12 o/s) Para a porcentagem de ativação muscular, não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes entre os músculos do lado direito e esquerdo do tronco Assim, foram apresentados apenas os resultados das diferenças na flexão para o oblíquo externo direito (OED) no grupo G2-29, G3-39 e G4-49 entre as velocidades 6-12 o/s (P = ,1) e 12-9 o/s (P = ,1) Para o reto abdominal direito (RAD), no G2-29 entre as velocidades 6-9 o/s (P = ,31) e G4-49 entre as velocidades 12-9 o/s (P = ,1), para eretor espinhal direito (EED), foram encontradas diferenças entre todas as velocidades (P < ,5) Quando realizada a comparação durante a extensão, foram encontradas diferenças para o OED entre todas as velocidades no G2-29 (P < ,5), no G3-39 e G4-49 (P < ,5) nas velocidades 6-9 o/s (P = ,1) e 6-12 o/s (P = ,1) Para o RAD, no G2-29 entre as velocidades 6-9 o/s (P = ,1), 6-12 o/s (P = ,1), no G3-39 nas velocidades 6-12 o/s (P = ,1) e 12-9 o/s (P = ,1) e no G4-49 apenas para 6-12 o/s (P = ,1) Para o EED, não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes entre as velocidades Foram encontradas correlações com significância entre os testes de abdominais por minuto e o trabalho total na velocidade de 9 o/s: (r = ,18) e 12 o/s (r = ,25) e potência em 12 o/s (r = ,25), ambos durante o movimento de flexão Assim, considerando a interação dessas variáveis com o IMC e a idade foram elaboradas equações específicas Dessa maneira, esse estudo apresentou valores de referência para variáveis isocinéticas e elaborou equações para predizer variáveis da avaliação isocinética (trabalho total e potência) por meio do teste de abdominais por minuto que envolve um baixo custo e complexidade de execução
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Palavras-chave
Educação física, Abdome, Músculos, Eletromiografia, Torque, Physical education, Abdomen, Torque, Muscles