Influência dos níveis de homocisteína sobre moléculas de adesão e estresse oxidativo em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico
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Requena, Renan Gabriel
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Resumo
Resumo: O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória, crônica de origem autoimune Sua principal característica é a presença de autoanticorpos, principalmente voltados contra o núcleo celular Tem origem multifatorial, estando envolvidos em sua fisiopatologia fatores ambientais, genéticos e imunes Com o passar dos anos, devido a um diagnóstico precoce e ao aumento no arsenal terapêutico, a sobrevida nos pacientescom diagnóstico de LES tem aumentado Estudos têm mostrado que a comorbidade mais comum é a hipertensão e distúrbios cardiovasculares Neste sentido, a homocisteína tem sido amplamente estudada nos pacientes com LES, pois é considerada um fator de risco de doenças cardiovasculares importante, além de estar relacionada com uma potencialização da disfunção endotelial Estudos comprovam o aumento do nível de homocisteína nesses pacientes com LES Além disso, devido ao caráter inflamatório que a doença tem, o estresse oxidativo, níveis de oxido nítrico e moléculas de adesão podem estar aumentados Justificativa:Não há na literatura nenhum trabalho que relacione os níveis de homocisteína, estresse oxidativo, e disfunção endotelial em pacientes com LESObjetivo: Avaliar se a hiperhomocisteinemia está associada à atividade da doença, a disfunção endotelial e ao estresse oxidativo em pacientes com LES Materiais e métodos: O estudo incluiu 176 sujeitos; 5 indivíduos saudáveis (grupo controle) e 126 pacientes com LES Determinaram-se os níveis de homocisteína, as medições de estresse oxidativo (TRAP, AOPP e hidroperóxido), metabólitos do Óxido Nítrico (NOx), as moléculas de adesão (VCAM, ICAM, PECAM, E-Selectina e P-Selectina), além do inibidor do ativador do plasminogênio (PAI) Resultados: Os pacientes com níveis elevados de homocisteína (=1,59) apresentaram aumento nos níveis de hidroperóxidos (p = ,15), AOPP (p = ,22), NOx (p = ,11), PECAM-1 (p = ,37), VCAM (p = ,26), E-selectina (p = ,17), P-selectina (p = ,47) e valores TRAP mais baixos (p = ,15) do que pacientes com níveis mais baixos de homocisteína (<1,59) Em uma regressão logística binária que incluiu marcadores e parâmetros com relevância estatística entre os grupos com homocisteína<1,59, como grupo de referência, e homocisteína = 1,59, TRAP (OR = IC95%: ,976; p = ,6) foi encontrado inversamente associado, enquanto que os hidroperóxidos (OR = IC 95%: 1; p = ,12), NOx (OR = IC 95%: 1,122; p = ,27) e PECAM-1 (OR = 95%) foram encontradas diretamente associadas Conclusões: O comportamento de algumas moléculas de adesão e marcadores de estresse oxidativo podem ser altamente influenciados pelos níveis de homocisteína Os dados obtidos no presente estudo permitem sugerir que esforços especiais podem ser direcionados para diminuir os níveis de homocisteína no LES
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Palavras-chave
Lúpus eritematoso sistêmico, Estresse oxidativo, Moléculas de adesão celular, Endotélio vascular, Lupus erythematosus, Systemic, Oxidative stress, Cell adhesion molecules, Vascular endothelium