Avaliação comportamental de crianças com doenças crônicas de pele a partir de relatos de suas mães

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Dias, Natália Guimarães

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Resumo

Resumo: O prognóstico, a evolução, a rotina de cuidados requeridos e a visibilidade da condição da pele são variáveis que podem afetar negativamente o comportamento de crianças com dermatite atópica, psoríase ou vitiligo Estresse, ansiedade e depressão infantis são as classes comportamentais relatadas com mais freqüência em pesquisas realizadas com esta população Além disso, o desconhecimento ou má compreensão que o cuidador tem sobre a etiologia, tratamento e prognóstico da doença é um fator que pode dificultar a aceitação do problema e adesão ao tratamento Os pais, em especial, as mães, são responsáveis pelos cuidados da criança e têm grande influência no desenvolvimento de seus padrões comportamentais Por esta razão, é importante conhecer, mediante seu ponto de vista, como avaliam o comportamento de sua criança com dermatose crônica e como explicam o aparecimento e exacerbação dos sintomas da doença Realizaram-se dois estudos, utilizando os relatos de mães que procuraram por atendimento psicológico em grupo para pais de crianças com dermatose crônica, oferecido por uma universidade pública do Paraná O primeiro investigou competências sociais e problemas de comportamento (internalização e externalização) em crianças com dermatite atópica, psoríase ou vitiligo, segundo avaliação de 26 mães por meio do CBCL No segundo, fez-se a análise de relatos de 13 destas mães, as quais avaliaram a criança como clínica para problema de comportamento, quanto à atribuição de causa ao surgimento e/ou exacerbação dos sintomas da dermatose Agruparam-se os dados em cinco categorias (fatores ambientais, genéticos e biológicos, situacionais, da interação da mãe/pai com a criança e emocionais) e fez-se o cruzamento destas com (1) o tipo de dermatose e (2) o perfil para o qual a criança foi avaliada como clínica no estudo 1 Os resultados encontrados no estudo 1 sugerem que crianças com dermatite atópica são menos competentes socialmente do que aquelas com psoríase ou vitiligo, sobretudo para atividades Para as três doenças houve maior porcentagem de crianças clínicas do que não-clínicas quanto a problema total Porcentagens mais elevadas de crianças com dermatite atópica e psoríase foram avaliadas como clínicas para os perfis internalizante e externalizante A maioria das crianças com vitiligo não foram consideradas clínicas para os dois perfis No estudo 2, houve atribuição de causa ao aparecimento e/ou exacerbação dos sintomas relacionada a fatores ambientais, genéticos e biológicos (dermatite atópica), fatores ambientais e emocionais (psoríase) e a fatores emocionais, situacionais e da interação da mãe/pai com a criança (vitiligo) Mães de crianças que avaliaram os filhos como clínicos para perfil internalizante e ambos (INT+EXT) relacionaram mais a dermatose a fatores emocionais, do que aquelas avaliadas somente para o perfil externalizante Tomados juntos, os resultados indicam que: 1- é relevante considerar a condição de saúde como uma variável que pode interferir na avaliação das mães quanto a problemas de comportamento de sua criança e 2 - há uma relação entre o perfil comportamental da criança avaliado no CBCL e o modo como elas relatam fatores que influenciam ao surgimento da doença e/ou exacerbação dos sintomas

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Palavras-chave

Comportamento, Avaliação, Doenças crônicas, Crianças, Psicologia infantil, Behavioral evaluation, Chronic diseases, Children, Behavior

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