Aplicabilidade do método de Western Blot para diagnóstico da toxoplasmose congênita
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Monica, Thaís Cabral
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Resumo
Resumo: A infecção por Toxoplasma gondii em mulheres grávidas pode levar à toxoplasmose congênita Quanto mais cedo o diagnóstico da infecção durante a gestação e precoce o tratamento, menores as manifestações da infecção na criança e a doença não é aparente ao nascimento Em 26, implantou-se o Programa de Vigilância em Saúde da Toxoplasmose Gestacional e Congênita na atenção primária de Londrina, com a investigação sorológica, diagnóstico e tratamento para toxoplasmose durante o atendimento pré-natal, foi iniciada a notificação da toxoplasmose na gestação e da toxoplasmose congênita, mediante a utilização de uma ficha específica, aplicada, inicialmente, pelas unidades sentinelas, e posteriormente, pelos diversos serviços de saúde, contribuindo para a coleta de dados, produção de informações epidemiológicas regionais e ampliação do conhecimento sobre a doença no país Porém um dos problemas observados foi a dificuldade em fechar o diagnóstico da toxoplasmose congênita (TC), o método de Western Blot (WB) é uma ferramenta para identificação do diagnóstico de TC dessa criança, auxiliando no tratamento precoce Com essa necessidade o objetivo deste trabalho é apresentar o uso do Western Blot (WB) como método para diagnóstico precoce das crianças atendidas na rotina ambulatorial No período de junho de 214 a junho de 218, 92 crianças foram acompanhadas no ambulatório de Moléstias Infecciosas Para a confirmação da toxoplasmose congênita a criança tinha que apresentar IgM reagente ou lesão ocular característica da toxoplasmose (coriorretinite/lesão macular) ou lesão do SNC (calcificações, microcefalia, hidrocefalia) ou IgG anti – T gondii reagente por quimiluminescencia após 12 meses de vida ou WB positivo O exame de Western Blot foi utilizado como metodologia de auxílio no diagnóstico precoce da doença e considerado positivo quando a criança apresentava bandas diferentes ou de maior intensidade em relação as bandas maternas Entre as crianças atendidas, em 25/92 (27,1%) foi confirmado o diagnóstico, 4% (1/25) apresentou lesão ocular (turvação vítrea), 12% (3/25) alguma alteração do SNC (calcificações, hidrocefalia, microcefalia) e 2% (5/25) apresentaram lesões associadas de SNC e ocular, os títulos de IgM foram reagentes em apenas 5/33 (2%) crianças e 14 (56%) apresentaram IgG reagente após 12 meses Em 18/25 (72%) foram encontradas alterações no WB e entre elas, 8 (32%) o diagnóstico foi feito com a ajuda do WB, pois elas não apresentavam IgG/IgM anti-Tgondii reagente e eram assintomáticas Em relação ao início do tratamento das mães, 5/21 (23,8 %) foram no 1º trimestre, 7/21 (33,3%) no 2º trimestre e 9/21 (42,8%) no 3º trimestre e em 21/25 (84%) crianças infectadas a mãe foi tratada A variação do peso molecular de proteínas reconhecidos pelo soro da criança apresentado foi de 25kD a 1kD A mais presente foi a de 9kD (26,3%), seguida por 149kD (22,2%) e 28kD (19,2%) A precocidade no diagnóstico da infecção permite o tratamento adequado do bebê sendo capaz de reduzir sequelas da toxoplasmose futuramente nessa criança O diagnóstico pelo exame de Western Blot foi conclusivo e pode ser incluído na rotina do diagnóstico da toxoplasmose congênita, na caracterização precoce dessa infecção e é fator determinante para tratamento das crianças acometidas
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Palavras-chave
Toxoplasma gondii, Recém-nascidos, Sorologia, Western immunoblotting, Toxoplasmose, Toxoplasma gondii, Infants (Newborn), Serology, Western immunoblotting, Toxoplasmosis