Klebsiella pneumoniae : epidemiologia, resistência aos carbapenens e às polimixinas e diversidade genética
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Magalhães, Gerusa Luciana Gomes
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Resumo
Resumo: Na atualidade, a resistência aos carbapenêmicos e às polimixinas tornou-se um problema de saúde pública Neste contexto, este trabalho teve como objetivos validar um novo teste de triagem para a detecção fenotípica de resistência às polimixinas denominado “teste da gota” O teste foi realizado com 578 isolados de BGN, para colistina e polimixina B, nas concentrações de 2, µg/mL, 4, µg/mL e 8, µg/mL Para validação do teste foram avaliadas a microdiluição em caldo (BMD) e o resultado da colistina pelo sistema de automação Vitek2® Também foi realizada a caracterização, por testes fenotípicos, moleculares e epidemiológicos, de 57 isolados de Klebsiella pneumoniae resistente aos carbapenens e às polimixinas (KpRCP) Foram realizados BMD para imipenem, meropenem, colistina e polimixina B e o teste de resistência a Polimixina -Nordmann e Poirel (Pol NP) A presença das enzimas do tipo carbapenemases, ESBL CTX-M e mcr-1 foram caracterizadas por PCR A variabilidade genética foi realizada pela técnica de ERIC-PCR Para os testes estatísticos foram utilizados o software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS – IBM Corp, Nova York, EUA), versão 2 para Windows e o ambiente computacional R (R DEVELOPMENT CORE TEAM 218) O teste da gota apresentou os melhores resultados, para a colistina e polimixina B, na concentração de 4, µg/mL O desempenho do teste foi medido pela Receiver Operating Characteristic (curva ROC) com AUC de ,9671 e ,9568, respectivamente para a colistina e polimixina B A confiabilidade do teste foi avaliada pelo índice de Kappa que obteve o resultado de ,935 e ,979, respectivamente para colistina e polimixina B Na avaliação das 57 amostras de KpRCP, 55 (96,5%) dos isolados foram positivas para o teste Pol NP Todas as amostras transportavam o gene blaKPC-2 e em nenhuma amostra foram detectados os genes blaNDM, blaOXA-48, blaVIM e mcr-1 Para ESBL do tipo CTM-M, verificou-se a presença de 13 CTX-M-1 (22,8%), sendo que 12 (21,1%) eram CTX-M-15, 6 CTX-M-2 (1,5%), 18 CTX -M-8 (31,6%), 32 CTX-M-9 (56,1%), CTX-M-25 não foi encontrada A técnica ERIC-PCR demonstrou uma grande variabilidade genética entre os isolados e a análise de prontuários pode constatar que 26 (45,6%) pacientes estavam internados na UTI e 27(47,4%) utilizaram previamente polimixinas O índice de comorbidade de Charlson informou que 34 (59,8%) dos pacientes foram classificados como graves e 32 (56,1%) foram a óbito Nossos achados sugerem que o teste da gota pode ser proposto como um teste simples, fácil e barato para a detecção de microrganismos resistentes às polimixinas Outra contribuição deste estudo foi o conhecimento de dados epidemiológicos e moleculares sobre KpRCP, informações importantes para o monitoramento da resistência, uma abordagem ainda limitada nos serviços de saúde brasileiros
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Palavras-chave
Antibióticas beta-lactômicas, Epidemiologia, Polimixina, Beta-lactam antibiotics, Epidemiology