Modulação do efeito mutagênico por fitoestrógenos : in vitro e in vivo

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Mendes, Josiane

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Resumo

Resumo: Alimentos e suplementos alimentares contendo fitoestrógenos estão sendo cada vez mais utilizados, pois estudos epidemiológicos apontam que a ingestão de alimentos ricos nesses fitoquímicos confere proteção contra várias formas de câncer As isoflavonas, que são os fitoestrógenos mais conhecidos, são encontradas abundantemente no grão de soja (Glycine max) No presente estudo, o fitoestrógeno da soja foi testado quanto ao potencial genotóxico, mutagênico e protetor frente a agentes mutagênicos já conhecidos, benzo[a]pireno, bleomicina e ciclofosfamida, sendo o primeiro um contaminante alimentar e os dois últimos agentes quimioterápicos Dois fitoestrógenos da soja foram avaliados in vitro, um deles foi fornecido pela EMBRAPA-Soja, Londrina – PR (A), e o outro comprado em uma farmácia de manipulação local (B) Nos experimentos in vivo foi utilizado apenas o composto fornecido pela EMBRAPA-Soja (A) Os métodos utilizados foram o “Ensaio do Cometa” e o “Ensaio do micronúcleo com bloqueio de citocinese” em células HTC (hepatoma de Rattus novergicus) para os experimentos in vitro e em células do sangue periférico de camundongos Swiss (Mus musculus) para os experimentos in vivo Na avaliação da genotoxicidade e mutagenicidade in vitro, os fitoestrógenos foram testados em 3 concentrações pré-estabelecidas pelo Ensaio de Citotoxicidade (MTT): 2,5 mg/mL, 25 mg/mL e 25 mg/mL em cultura celular, demonstrando não ser genotóxicos, porém mutagênicos No experimento in vivo as concentrações do fitoestrógeno A testadas foram: ,83mg/Kg, ,83mg/Kg e 8,3mg/Kg de peso corpóreo, a qual foi genotóxica, porém não mutagênica Na avaliação da antigenotoxicidade e antimutagenicidade em cultura, os fitoestrógenos, nas concentrações descritas acima, foram associados a agentes indutores de danos bleomicina ou benzo[a]pireno e apresentaram antigenotoxicidade mas não antimutagenicidade Nos ensaios em animais o fitoestrógeno A foi associado com a ciclofosfamida e apresentou atividade antigenotóxica e antimutagênica Os dados sugerem que os fitoestrógenos podem interferir na mutagenicidade de substâncias químicas e os dados in vitro de mutagenicidade implicam em cautela no uso indiscriminado dessas substâncias por seres humanos, contudo os dados in vivo foram negativos para mutagenicidade

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Palavras-chave

Fitoestrogenos, Testes de mutagenicidade, Genética vegetal, Patologia experimental, Mutagenicity testing, Plant genetics, Experimental pathology

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