Aleitamento materno na sala de parto e alojamento conjunto durante a pandemia da Covid-19

Data

2024-01-18

Autores

Marques, Karolaine Fernanda

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Resumo

Introdução: Devido a pandemia, algumas práticas à assistência ao recém-nascido foram modificadas, como exemplo o contato pele a pele, estímulo ao aleitamento na sala de parto e alojamento conjunto nas maternidades brasileiras, podendo impactar na prevalência do aleitamento materno. Objetivo: Analisar o incentivo e manejo do aleitamento materno na sala parto e alojamento conjunto durante a pandemia da Covid-19. Método: Trata-se de um estudo quantitativo, prospectivo e transversal, realizado em uma maternidade pública de alto risco que atende mulheres da 17ª Regional de Saúde do estado do Paraná, no período de setembro de 2021 a maio de 2023. Para a composição da amostra realizou-se cálculo amostral proporcional com base no número de partos do ano de 2020 considerando nível de confiança de 95%, mas por se tratar de um estudo de seguimento houve um acréscimo de 10% como margem de segurança para atender o número amostral nesta maternidade, totalizando 221 puérperas e seus respectivos bebês. Os critérios de inclusão foram: díade mãe e bebê no pós-parto nas primeiras 48 horas em maternidade pública e ter realizado pré-natal durante a vigência da pandemia de COVID-19, residirem na área urbana e nos municípios da respectiva RS, não apresentarem nenhum tipo de agravo e/ou problema de saúde que possa impedir sua participação. Os dados foram coletados por meio de busca das informações disponibilizadas em prontuários, Carteira de Saúde da Gestante, Carteira de Saúde da Criança e entrevista com a puérpera sobre a assistência prestada durante o parto e pós-parto, realizada no alojamento conjunto, em um período entre 24 e 48 horas após o parto. O banco de dados foi construído no Excel e exportado para o software R (R Core Team, 2022). Aplicou-se o teste não paramétrico Qui-quadrado e teste exato de Fisher com nível de significância de 5%. Resultados: Foram entrevistadas 221 mulheres, sendo 48,4% (107) jovens adultas, a maioria declarou ter companheiro 89,1% (197), quase 50% sem ocupação remunerada e 64,3% (142) com escolaridade de 8 a 11 anos de estudo. O contato pele a pele foi realizado nos nascimentos por via vaginal (30,4%), ao contrário das cesáreas (37,3%), obtendo significância estatística (p<0,001). Pouco mais de 50% dos bebês com peso adequado foram colocados em contato pele a pele com a mãe. No alojamento conjunto o aleitamento materno em livre demanda foi de 92,4%. O motivo de não estarem em livre demanda foi de 37,5% para dificuldade na pega. Conclusão: A prática do contato pele a pele imediato em tempos de Covid-19 foi realizado na maioria dos recém-nascidos. Houve apoio e incentivo ao aleitamento materno durante a internação no alojamento conjunto independente da pandemia pelo Covid-19, os recém-nascidos devem ser colocados em contato pele a pele imediatamente, estimulando ao aleitamento materno na primeira hora de vida e favorecendo a manutenção desse hábito.

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Palavras-chave

Aleitamento materno, Alojamento conjunto, Salas de parto, COVID-19, Pandemias, Enfermagem pediátrica, Enfermagem

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