Prevalência de anticorpos contra rickettsias do grupo da febre maculosa em humanos, cães e equinos e identificação molecular de Rickettsia spp em carrapatos na região Norte do Paraná

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Tamekuni, Katia

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Resumo: A febre maculosa Brasileira é uma doença transmitida por carrapatos do gênero Amblyomma que acometem seres humanos e animais O principal agente responsável pela doença no Brasil é a Rickettsia rickettsii que pertencente à ordem Rickettsiales, família Rickettsiaceae O objetivo deste trabalho foi estudar a epidemiologia de rickettsias do Grupo da Febre Maculosa em dois assentamentos de trabalhadores rurais ligados ao MST e em eqüinos de seis haras localizados na mesorregião de Londrina, estado do Paraná Os soros foram obtidos a partir de amostras de sangue coletadas em dois assentamentos localizados no município de Alvorada do Sul e Arapongas Em Alvorada do sul foram colhidas 83 amostras de cães, 18 de eqüinos e 88 de humanos e em Arapongas foram colhidos 9 amostras de cães, 18 de eqüinos e 138 de humanos As amostras obtidas de eqüinos de haras localizados nos municípios de Cambé, Guaraci, Santa Fé e Londrina totalizaram 273 soros Todos os locais estudados pertencem a uma região considerada não endêmica para Febre Maculosa Brasileira Para a avaliação sorológica foi utilizada a Imunofluorescencia Indireta (IFI), com dois antígenos, R rickettsii e R parkeri Foram consideradas positivas apenas reações com títulos = 64 Todos os carrapatos coletados nos assentamentos foram submetidos à Reação em Cadeia pela Polimerase (PCR) Em Alvorada do Sul, 24% e 16,1% dos humanos, 55,6% e 22,2% dos eqüinos e 22,9% e 18,1% dos cães foram soropositivos para R rickettsii e R parkeri, respectivamente Em Arapongas, 9,4% e 4,3% dos humanos, 5,6% e 5,6% dos equinos e 13,3% e 12,2% dos cães foram reagentes para R rickettsii e R parkeri, respectivamente Quatro cães apresentaram reações contra R parkeri com títulos quatro vezes maior que contra R rickettsii e somente uma amostra de cão foi maior para R rickettsii Seis eqüinos e nove humanos apresentaram títulos quatro vezes maior contra R rickettsii Nenhuma amostra de eqüino ou de humano foram sugestivas da presença de R parkeri Os carrapatos encontrados em nosso trabalho foram A ovale obtidos em cães e A cajennense em cães e eqüinos Na PCR foram encontrados sete carrapatos positivos para o gene gltA e o seqüenciamento de um fragmento deste gene mostrou maior semelhança com amostras de R bellii depositadas no GenBank Entre as amostras de equinos em haras, obtivemos soropositivos em cinco de seis propriedades estudadas As taxas de soropositivos variaram de % a 13% Nove amostras apresentaram títulos de anticorpos quatro vezes maior para R rickettsii que para R parkeri, o que indica a circulação de rickettsia homóloga a R rickettsii entre os eqüinos estudados Este estudo sugere a presença de rickettsia genotipicamente semelhante a R rickettsii infectando equinos e seres humanos e a presença de anticorpos homólogos contra R parkeri entre os cães localizados no norte do Paraná

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Palavras-chave

Rickettsia, Epidemiologia, Carrapato como transmissor de doenças, Febre maculosa brasileira, Amblyomma, Ticks as carriers of disease, Brazilian spotted fever

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