Diversidade e produção de biossurfactantes de bactérias associativas de Baccharis dracunculifolia DC

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Venancio, Douglas Cunha

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Resumo

Resumo: A microbiota associativa e endofítica de plantas medicinais nativas pode representar uma fonte de novos compostos, relevantes na interação com a planta e com diversas aplicações biotecnológicas, como é o caso dos biossurfactantes Um dos gêneros de plantas que se destaca pelo seu potencial medicinal no Brasil é o gênero Baccharis sp pertencente a família Asteraceae Entre as espécies deste gênero, a espécie Baccharis dracunculifolia DC vem se tornado alvo de estudos devido ao potencial terapêutico que apresenta e por ser a fonte de matéria prima da própolis verde As bactérias associativas podem produzir compostos bioativos como os biossurfactantes e que podem ter aplicações no antagonismo de fitopatógenos e biorremediação de ambientes contaminados por hidrocarbonetos Deste modo, o objetivo deste trabalho foi isolar, identificar bactérias associadas a B dracunculifolia e avaliar a produção de biossurfactantes por estas bactérias Amostras de solo e de raízes de plantas saudáveis de alecrim-do-campo (B dracunculifolia) foram coletadas em local de ocorrência natural As amostras foram processadas, plaqueadas em diferentes meios de cultivo (BA, YCED e R2A) e incubadas por até 3 dias a 28 ºC Durante o período de incubação foi realizada a contagem populacional estimada em Unidades Formadoras de Colônias O isolamento de bactérias distintas teve como base as diferenças morfológicas Os isolados obtidos foram identificados ao nível de gênero pela amplificação e sequenciamento do gene 16S rRNA Os isolados também foram avaliados quanto a capacidade de produzir biossurfactantes pelos ensaios de colapso da gota, espalhamento de óleo e pelo índice de emulsão Ao final do isolamento, foram obtidos 76 isolados, 63% de solo, 8% da rizosfera e 29% foram obtidos da endosfera A análise das sequencias do gene 16S rDNA permitiu identificar o gênero de 48 isolados distribuídos em 14 gêneros bacterianos, sendo os mais abundantes Bacillus (19 isolados), Pseudomonas (7 isolados) e Staphylococcus (6 isolados) A produção de biossurfactantes foi observada em 27 isolados, enquanto que, 12 isolados formaram halos no ensaio de espalhamento de óleo e 18 conseguiram produzir emulsões Entre os isolados analisados, os mais promissores foram o isolado 48 (com halo de solubilização de óleo de 74 mm e um índice de emulsão de 72%) e o isolado 13 (com halo de solubilização de óleo de 52 mm e um índice de emulsão de 62%) provenientes do solo e do interior de raízes, respectivamente Os isolados 48 e 13 foram identificados como representantes dos gêneros Pseudomonas e Bacillus, respectivamente Em conclusão, B dracunculifolia DC apresenta uma microbiota bacteriana diversa com presença de bactérias capazes de produzir compostos biossurfactantes

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Palavras-chave

Rizobactéria, Biossurfactantes, Plantas medicinais nativas, Baccharis dracunculifolia DC, Rhizobacteria, Biossurfactantes, Native medicinal plants

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