Avaliação do status de vitamina D e marcadores inflamatórios e de toxicidade ao tratamento quimioterápico em pacientes com câncer de mama

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Micheletti, Pâmela Lonardoni

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Resumo

Resumo: Introdução: O câncer da mama ainda é a forma mais comum de câncer entre as mulheres, ocupando o primeiro lugar em incidência no Brasil É uma doença multifatorial, podendo ser adquirida no decorrer da vida ou por transmissão hereditária Diante da necessidade de se diagnosticar precocemente mulheres com câncer de mama, é imprescindível avaliar marcadores prognósticos que são capazes de predizer o desfecho da doença como a viatmina D, bem como identificar antecipadamente a cardiotoxicidae que é um dos efeitos tóxicos da quimioterapia responsável por altas taxas de mortalidade Artigo 1: O objetivo do trabalho foi avaliar os níveis plasmáticos da 25-hidroxivitamina D (25(OH)D) ao diagnóstico e verificar sua relação com parâmetros clínicos e prognósticos em mulheres com câncer de mama e sua relação com a agressividade da doença Esse estudo envolveu um total de 147 mulheres com carcinoma ductal infiltrativo da mama Foram coletas amostras de sangue e as pacientes foram submetidas a procedimentos cirúrgicos para coleta do tumor As biópsias de tumor foram classificadas por imunohistoquímica em 4 subtipos moleculares: Luminal A, Luminal B, HER 2 positivo e triplo negativo A 25(OH)D foi avaliada em amostras de plasma usando um kit comercial à base de quimioluminescência (Architet ™, Abbot) Os resultados foram comparados pelo teste t de Student ou pelo teste de Mann-Whitney, de acordo com a distribuição das variâncias A média de idade ao diagnóstico foi de 56,1 anos Foi observado que menores níveis plasmáticos de vitamina D ao diagnóstico estavam relacionados à marcadores clínicos de pior prognóstico como: invasão linfonodal (23,69 ± ,94 ng/mL em linfonodos negativos e 2,34 ± 1,3 ng/mL em linfonodos positivos, p = ,39), quimiorresistência (2,45 ± 1,32 ng/mL em quimiorresistente e 23,54 ± ,83 ng/mL em quimioresponsiva, p = ,454), metástases (2,58 ± 1,18 ng/mL em pacientes metastáticos e 23,61 ± ,94 ng/mL naqueles sem metástase, p = ,5), portadoras de tumores triplo-negativos quando comparados aos tumores luminais (23,42 ± ,99 ng/mL em triplo negativos e 17,17 ± 2,89 ng/mL em tumores luminais A, p = ,49), e óbito nos dois primeiros anos do diagnóstico (23,62 ± ,8 ng/mL em pacientes vivas 2 anos após o diagnóstico e 19,71 ± 1,54 ng/mL em pacientes que morreram, p = ,197) O estudo mostrou que níveis plasmáticos mais baixos de 25(OH)D no momento do diagnóstico estão diretamente associados a marcadores clínicos de mau prognóstico em câncer de mama Em conclusão, os níveis reduzidos de vitamina D no plasma ao diagnóstico de câncer de mama podem ser um marcador plausível do prognóstico da doença Artigo 2: O presente estudo teve como objetivo avaliar marcadores do dano cardíaco (CK total, CKMB e PCR), marcadores inflamatórios (ferro livre, homocisteína e TNF-a) bem como o lipidograma em pacientes com câncer de mama submetidas à ciclos agudos de doxorrubicina, paclitaxel ou trastuzumabe e verificar se existe associação entre esses marcadores e a toxicidade ao tratamento quimioterápico Foram incluídas no estudo 12 pacientes com câncer de mama e 5 controles saudáveis Todas as análises foram realizadas em sistemas automatizados, e o TNF-a foi avaliado por método imunoenzimático (ELISA, eBioscience) Para as análises estatísticas cada grupo foi comparado com os controles de acordo com sua normalidade pelo teste t de Student e teste de Mann-Whitney Nossos resultados mostraram que níveis plasmáticos aumentados de CK-MB foram encontrados no grupo tratado com paclitaxel e naqueles tratados com trastuzumabe quando comparados aos controles (CTR 1,26±,338 U/L; DOX 5,28±2,73 U/L; PTX 8,78±4,2 U/L, TZ 6,9±1,97 U/L, p <,1) Os níveis plasmáticos de hsPCR foram significativamente maiores nos três grupos após os tratamentos (CTR ,66±,18 mg/dL; DOX 4,8±1,23 mg/dL, p = ,5; PTX 7,12±1,87 mg/dL, p = ,6; TZ 3,12±,68 mg/dL, p = ,95) O lipidograma mostrou um aumento significativo nos níveis de colesterol total em pacientes tratados com paclitaxel (PTX 21,7±19,54, p = ,5) e trastuzumabe (TZ 218,3±16,79, p = ,317), em relação aos controles saudáveis (CTR Colesterol 167,1±7,85); e nos níveis de triglicerídeos (DOX 187,6±25,6, p = ,231, PTX 21,7±19,54, p = ,277, TZ 218,3±16,79, p = ,127), em relação aos controles (CTR Triglicerídeos 137,9±5,24) A análise do TNF-a circulante mostrou aumento dessa citocina em todos os grupos tratados quando comparados aos controles (CTR 9,47±1,56 pg/mL; DOX 42,31±17,96 pg/mL, p = ,1 ; PTX 38,27±9,12 pg/mL, p = ,23 e TZ 89,6±12,11, p = ,32) Os níveis plasmáticos de homocisteína foram significativamente aumentados nos três grupos tratados em relação aos controles saudáveis (CTR 7,8±,397 µmol/L; DOX 9,11±,83 µmol/L, p = ,21; PTX 1,95±,86 µmol/L, p = ,5 e TZ 9,95±1,15 µmol / L, p = ,396) Ferro livre também foi encontrado significativamente elevado em todos os grupos (CTR 89,17±9,5 ug/dL; DOX 138,8±18,6 ug/dL, p = ,193; PTX 113±18 6 ug/dl, p = ,45 e TZ 12,5±4,64 ug/dl, p = ,58) Nossos dados demonstraram que marcadores de rotina de avaliação do dano cardíaco como CKMB e PCR apresentam-se alterados no sangue após o tratamento agudo em pacientes com câncer de mama Bem como o lipidograma e marcadores pró-inflamatórios como TNF-a, homocisteína e ferro livre Após as análises sugere-se que marcadores de rotina de lesão cardíaca apresentam indícios de que poderiam ser usados como possíveis indicadores de cardiotoxicidade induzida pelas drogas usadas na quimioterapia

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Palavras-chave

Mamas, Câncer, Vitamina D, Quimioterapia, Cancer, Vitamin D, Breast

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