Ontologia sensível do político: contribuições para se pensar as categorias da anti-ontologia de Jacques Rancière

Data

2025-02-27

Autores

Pelogia, Thiago

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Resumo

O presente estudo investiga as principais categorias do pensamento de Jacques Rancière, com ênfase nas relações entre política, polícia e estética. Fundamentado principalmente nas obras Nas Margens do Político e O Desentendimento, bem como em comentadores especializados, este trabalho busca explorar os limites interpretativos de suas elaborações, estabelecendo um diálogo com autores como Platão, Aristóteles, Foucault e Badiou. A pesquisa destaca a distinção ranciereana entre política e polícia, compreendendo-as como formas de partilha do sensível que estruturam a experiência comunitária, destacando que seu projeto não se reduz à estetização da política ou à política da arte, mas estabelece a política como um fenômeno fundamentalmente estético. Nesse contexto, o estuda busca problematizar noções como partilha do sensível, subjetivação política, cena e igualdade. Além disso, a investigação posiciona a filosofia ranciereana em relação crítica à tradição filosófica ocidental, enfatizando seu rompimento com o dualismo aparência-essência e sua orientação metodológica baseada na igualdade. Por fim, propõe-se a definição da filosofia de Rancière como uma "ontologia sensível do político", compreendendo sua abordagem como uma cartografia viva das relações entre ser, dizer e fazer. Tal perspectiva não apenas amplia a compreensão teórica da política e da subjetividade, mas também oferece subsídios para intervenções na comunidade sensível, promovendo novas formas de dissenso e emancipação.

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Palavras-chave

Política, Polícia, Estética, Partilha do sensível, Subjetivação política, Igualdade, Ontologia sensível do político

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