Estudo populacional de Astronium graveolens Jacq. (Anacardiaceae) em áreas topograficamente distintas de fragmentos de floresta estacional semidecidual do sul do Brasil
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Pavanelli, Ana Paula
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Resumo
Resumo: Com o objetivo de desenvolver estudos populacionais comparativos entre duas áreas topograficamente distintas levantou-se a seguinte hipótese: diferenças topográficas causam variações na demografia, estrutura populacional e arquitetura de A graveolens Foram demarcadas três áreas de amostragem de ,5 ha cada, sendo duas em áreas planas (AP na Fazenda Doralice – Ibiporã/PR, 23º 16’s e 51º 3’W e AG no Parque Estadual Mata dos Godoy – Londrina/PR, 23º 27’s e 51º 15’W) e uma em área declivosa (AD na Fazenda Doralice) Os indivíduos foram marcados e medidos DAS e altura Foi utilizado o modelo de matrizes para o estudo demográfico A estrutura espacial foi analisada usando o coeficiente de autocorrelação espacial dado pelo coeficiente Moran I Utilizou-se o teste de Kolmogorov e Smirnov para comparar as distribuições de tamanho e ANCOVA para testar as possíveis diferenças arquiteturais através dos descritores a e b da equação da reta Observou-se maior variação demográfica e maior abundância de indivíduos na área declivosa do que no platô da Fazenda Doralice (182 e 22, respectivamente) Nas três áreas estudadas verificou-se distribuição agregada dos indivíduos, no entanto na área de declive foi observada formação de maiores manchas do que nas áreas planas (AP e AG) Houve diferença temporal na estrutura de tamanho para altura e para diâmetro dos indivíduos de AP As estruturas de tamanho (altura e diâmetro) dos indivíduos de AD não apresentaram diferenças no tempo Observaram-se diferenças quando comparados o grupo de indivíduos de AP com AG e AD com AG no ano de 28 A altura explicou uma grande proporção da variação do diâmetro da população de A graveolens nas três áreas (r2 entre 894 e 958) A proporção de crescimento entre diâmetro e altura observada para A graveolens na área declivosa AD (d a h1,46) se aproxima ao modelo de similaridade elástica (d a h1,5), enquanto que nas áreas planas AP (d a h1,2) e AG (d a h,94) se aproxima ao modelo de similaridade geométrica (d a h) Ou seja, para AD um aumento de uma unidade na altura (1 m) corresponde a um aumento maior que uma unidade no diâmetro (1,46 cm) Para AP e AG essa proporção foi de aproximadamente 1:1 Possivelmente isso esteja relacionado insegurança do substrato e a movimentação das partículas do solo devido à declividade do terreno O investimento menor em altura, também está relacionado à menor competição por luz na AD que apresenta menor cobertura do dossel Os resultados de demografia e estrutura espacial correlacionados com variáveis bióticas e abióticas indicam que, as diferenças topográficas resultam em características microambientais próprias em cada área, que possibilitam maior disponibilidade de sítios favoráveis ao estabelecimento e desenvolvimento de maior número de indivíduos de A graveolens na área declivosa Além disso, a capacidade de A graveolens em apresentar estrutura de tamanho e formas diferentes em áreas topograficamente distintas, possivelmente seja uma importante explicação da presença dessa espécie em áreas com grandes variações no relevo
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Palavras-chave
Botânica, Aroeira, Florestas, Topografia, Anacardiaceae, Botany, Forests, Topography