Efeito de polifenóis em modelos experimentais de dor

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Campos, Cássia Calixto de

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Resumo

Resumo: O processo inflamatório e seus sinais clínicos como a dor são essenciais para a sobrevivência do homem atuando como um mecanismo de alerta e defesa, porém sua exacerbação pode ser prejudicial e tem sido um biomarcador de doenças, inclusive o câncer Os tratamentos para o processo inflamatório apresentam diversos efeitos adversos Diante deste fato, os compostos fenólicos, metabólitos secundários de plantas, têm sido foco de estudos por apresentar vários efeitos biológicos Assim, neste trabalho foi investigado o papel dos polifenóis: ácido vanílico, quercetina e naringenina em diferentes modelos experimentais de dor Em todos os trabalhos foram utilizados camundongos Swiss machos ou fêmeas No primeiro trabalho, foi avaliado o efeito do tratamento agudo com o ácido vanílico em diferentes modelos de dor inflamatória induzidas por ácido acético, PBQ, formalina, CFA e carragenina O efeito crônico do tratamento também foi avaliado no modelo do CFA crônico Os tratamentos agudo e crônico foram capazes de reduzir os parâmetros comportamentais (contorções, tempo de lambida, flinches, hiperalgesia mecânica e edema) Os efeitos do ácido vanílico foram avaliados na pata e se apresentaram, anti-inflamátorio: por reduzir o recrutamento de neutrófilos e macrófagos, reduzir a produção de citocinas (IL-1ß, TNFa e IL-33) e inibir a ativação do NF?B; e antioxidante por reduzir o estresse oxidativo (métodos de FRAP, ABTS, GSH e TBARS) O tratamento não apresentou efeitos gastro ou hepatotóxicos No segundo trabalho foi avaliado o efeito da quercetina no modelo de dor no câncer induzida pelas células tumorais de Ehrlich Camundongos receberam as células tumorais (1x16 ou 1x17células/pata) e foram tratados agudo ou cronicamente O tratamento foi capaz de reduzir os parâmetros comportamentais induzidos pelo tumor (hiperalgesia mecânica, térmica e dor espontânea) Os efeitos do tratamento foram avaliados na pata e na medula espinal A quercetina se apresentou anti-inflamatória por reduzir o recrutamento de neutrófilos e produção de citocinas (IL-1ß e TNFa), antioxidante (FRAP, ABTS e GSH) e analgésica por ativar mecanismos opióides dependentes, os quais potencializam o efeito da quercetina em menores doses Não houve alteração no crescimento tumoral, nem alterações histológicas na pata dos animais tratados No terceiro trabalho, foi avaliado o efeito da naringenina no modelo de dor no câncer Camundongos receberam o tumor e foram tratados com a naringenina agudo ou cronicamente (1x ou 2x ao dia) Os tratamentos reduziram os parâmetros comportamentais de hiperalgesia mecânica, térmica e dor espontânea A espessura da pata foi reduzida pelo tratamento crônico (2x ao dia), contudo seu efeito foi apenas em reduzir o recrutamento de células imunes e não a proliferação tumoral Os efeitos da naringenina foram avaliados na pata e medula, e se apresentaram anti-inflamatórios por reduzir recrutamento de neutrófilos e macrófagos, e reduzir mRNA para citocinas (Tnfa e pró-Il-1ß), antioxidantes por reduzir o estresse oxidativo (FRAP, ABTS e GSH) e induzir aumento de mRNA do Nrf2 e HO-1, e analgésico por inibir ativação de células da glia O tratamento não causou gastro ou hepatotoxidade Concluindo, este trabalho demonstra o efeito anti-inflamatório, antioxidante e analgésico dos polifenóis em modelos de dor inflamatória e dor no câncer

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Palavras-chave

Dor, Inflamação, Câncer, Patologia experimental, Flavonóides, Pain, Inflammation, Flavonoids

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