Doador de ânion superóxido induz hiperalgesia mecânica e contorções abdominais dependentes da ativação espinal de PI3K, MAP quinases e células da glia em camundongos

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Carvalho, Thacyana Teixeira de

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Resumo

Resumo: A inflamação é uma reação complexa do organismo a um agente nocivo que envolve componentes vasculares e celulares, atuando para a resolução do quadro e visando o retorno à homeostasia Muitos mediadores atuam durante a inflamação para promover diferentes respostas, como as espécies reativas de oxigênio (EROs) que são produzidas pelos fagócitos com o objetivo de eliminar microrganismos fagocitados, sendo o radical ânion superóxido (O2•-) um desses mediadores O O2•- quando gerado passa por dismutação espontânea ou redução, gerando outras EROs que são mantidas sob controle pelos sistemas antioxidantes endógenos No entanto, quando ocorre o desequilíbrio entre a geração dessas EROs e sua eliminação o organismo sofre danos celulares e teciduais provenientes dos produtos gerados a partir da interação entre os radicais livres e as células Dessa maneira, as EROs podem ser responsáveis por desencadear um novo processo inflamatório, além de serem responsáveis pela manutenção da inflamação prévia, gerando, entre outros sinais, a dor A dor é um sintoma debilitante para os indivíduos que sofrem de doenças inflamatórias crônicas Recentemente, tem sido observada a participação da fosfatidilinositol-3-quinase (PI3K), das proteínas ativadas por mitógeno (MAP) quinases e de células da glia espinais em vários modelos de dor inflamatória e neuropática Nesse sentido, foi desenvolvido recentemente em nosso laboratório um modelo animal de inflamação induzida pela injeção de superóxido de potássio (KO2), um dador de ânion superóxido, este modelo permite estudar os mecanismos por meio dos quais esse agente atua na inflamação O KO2 induz inflamação (edema da pata, recrutamento de leucócitos, comportamento semelhente à dor manifesta e hiperalgesia) e estresse oxidativo em camundongos Além disso, há evidências de que as vias de sinalização: PI3K e MAP quinases induzem a produção de EROs, como o O2•- E ainda, as células da glia produzem EROs além de serem ativadas pelo O2•- Assim, no presente estudo, a participação espinal da PI3K, das MAP, ERK (quinase regulada por sinal extracelular), JNK (quinase c-Jun N-terminal) e p38, e das células da glia, microglia e astrócitos, foi investigada nos modelos do teste da pressão crescente na pata e de contorções abdominais induzidas pelo KO2 em camundongos A administração de KO2 induziu significativa hiperalgesia mecânica e contorções abdominais nos camundongos, as quais foram inibidas pelo pré-tratamento por via intratecal (it) com os inibidores específicos: wortmanina (PI3K), PD9859 (ERK), SB2219 (p38), SP6125 (JNK), minociclina (microglia) e fluorocitrato (astrócitos) Além disso, o co-tratamento com os inibidores das MAP quinases e PI3K, em doses que foram ineficazes como tratamento único, inibiu significativamente a hiperalgesia induzida pelo KO2 Juntos, esses resultados demonstram que o ânion superóxido gerado/fornecido pela administração do KO2 induz hiperalgesia mecânica e contorções abdominais dependentes da ativação espinal de PI3K, MAP quinases e células da glia em camundongos, assim, esse estudo pode ser utilizado como base para a descoberta de tratamentos mais eficazes e com menor incidência de eventos adversos no combate da dor inflamatória

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Palavras-chave

Oxigênio ativo no organismo, Hiperalgesia, Inflamação, Camundongo como animal de laboratório, Patologia experimental, Active oxygen in the body, Hyperalgesia, Inflammation

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