Formulações tópicas contendo extrato de Pimenta pseudocaryophyllus : avaliação da atividade antioxidante in vitro e da eficácia antioxidante e anti-inflamatória in vivo
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Silva, Marcela Zambrim Campanini e
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Resumo
Resumo: A resposta inflamatória induzida pela exposição à radiação ultravioleta (UV) pode resultar no excesso de espécies reativas de oxigênio (EROs), causando um desequilíbrio oxidante/antioxidante na pele, o que leva a diversos danos foto- oxidativos Neste contexto, o interesse por extratos vegetais com propriedades antioxidantes, como o extrato etanólico de P pseudocaryophyllus (PPE), tem crescido Assim, o objetivo do trabalho foi caracterizar quimicamente o PPE por meio de identificação de compostos fenólicos por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) e quantificação de polifenois e flavonoides totais, e avaliar sua atividade antioxidante (AO) e de duas formulações tópicas (F1, com alto conteúdo lipídico, e F2, com baixo conteúdo lipídico) adicionadas do mesmo Realizaram-se também estudos de estabilidade das formulações e estudos de liberação in vitro dos antioxidantes presentes em F1 e F2 Em seguida, avaliou-se a eficácia das formulações contra danos causados pela radiação UVB As formulações foram administradas no dorso dos animais, que receberam uma dose de radiação UVB de 4,14 J/cm2 Após 12 h foi realizada a eutanásia dos animais e as peles foram retiradas para avaliação da eficácia das formulações adicionadas de extrato contra danos oxidativos e inflamatórios As quantidades de polifenois e de flavonoides encontradas no extrato foram de 199,33 mg/g e 28,32 mg/g, respectivamente Por CLAE, foram identificados o eugenol, a rutina e o ácido tânico Os resultados mostram que o PPE e as formulações incorporadas com o mesmo apresentam elevada atividade AO, com IC5 de 4,75 e 3, µg/mL, para os testes de DPPH e ABTS, respectivamente F1 e F2 mantiveram suas características físico-químicas e funcionais durante o estudo; porém, sob condições aceleradas de estabilidade (45º C/75% de umidade relativa (UR)), F1 permaneceu mais estável quando comparada à F2 sob as mesmas condições Além disso, os resultados de liberação do PPE a partir de F1 e F2 mostraram-se satisfatórios Em relação aos estudos in vivo, F1 e F2 adicionadas de PPE foram capazes de inibir a formação de edema, o aumento da atividade da mieloperoxidase (MPO) e de metaloproteinase-9 (MMP-9), a diminuição dos níveis de glutationa reduzida (GSH) e o aumento de interleucina-1 (IL-1) Porém, as formulações não foram capazes de inibir o aumento dos níveis de fator de necrose tumoral-a (TNF-a) A radiação UVB não influenciou os níveis de interleucina-1 (IL-1), contudo, a F2 adicionada de PPE aumentou os níveis dessa interleucina Portanto, os resultados deste estudo sugerem o uso de formulações tópicas adicionadas de PPE como fonte AO contra danos causados pelo estresse oxidativo induzido por radiação UV
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Palavras-chave
Plantas medicinais, Pimenta pseudocaryophyllus, Estresse oxidativo, Antioxidantes, Radiação ultravioleta, Plants, Medicinal, Oxidative stress, Ultraviolet radiation