Diferentes distribuições de intervalos e taxas de reforço sobre a diferenciação da taxa de respostas em um múltiplo VI-VI e a resistência à extinção
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Lacerda, Raquel Fernanda Ferreira
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Resumo
Resumo: Observa-se, em um múltiplo VI-VI com não-humanos, que quanto maior taxa de reforço, maior a taxa de resposta e maior a resistência do comportamento a mudanças O objetivo deste trabalho foi investigar (1) o efeito de diferentes taxas de reforço e de diferentes distribuições dos intervalos do VI sobre a diferenciação na taxa de respostas em um múltiplo VI-VI e (2) a resistência do comportamento à extinção, quando a contingência é alterada para um múltiplo EXT-EXT, com humanos Participaram 2 universitários, distribuídos em quatro grupos A tarefa era pressionar um botão na tela de um computador e acumular pontos que depois eram trocados por dinheiro Os participantes de G1 e G3 foram expostos a um múltiplo VI1s-VI5s e os de G2 e G4 foram expostos a um múltiplo VI1s-VI1s Para os participantes de G1 e G2 os intervalos do VI se sobrepunham (ie, para VI1s os intervalos variaram entre 1s e 28s; para VI5s variaram entre 6s e 136s e para VI1s variaram entre 12s e 273s) Para os participantes de G3 e G4 os intervalos de VI não eram sobrepostos (ie, para VI1s os intervalos variaram entre 2s e 19s; para VI5s variaram entre 34s e 9s e para VI1s variaram entre 68s e 18s) A cor do botão de respostas era diferente em cada componente do múltiplo Após oito sessões de 3 minutos em um múltiplo VI-VI, todos os participantes foram expostos a cinco sessões em um múltiplo EXT-EXT na presença dos estímulos primeiramente correlacionados ao múltiplo VI-VI Quatro de 1 participantes de G3 e G4 (intervalos de VI não sobrepostos) e dois de 1 participantes de G1 e G2 (intervalos de VI sobrepostos) emitiram taxas de respostas maiores no componente com maior taxa de reforço (Índice de Diferenciação–ID=,6) Entretanto, três de 2 participantes emitiram maior taxa de respostas no componente com menor taxa de refor (ID=,4) e a maioria dos participantes, independente do grupo, emitiram taxas de respostas indiferenciadas (11 de 2, ID?,5) Assim, a diferenciação da taxa de respostas não foi sistemática como encontrado com não-humanos, embora a não sobreposição dos valores de intervalos de VI pareceu favorecer maior diferenciação Com relação à resistência à extinção, observou-se que nove de 2 participantes apresentaram maior resistência à extinção no componente com maior taxa de reforço, sendo que três participantes eram do G1, dois do G3 (múltiplo VI1s-VI5s), e quatro participantes eram do G4 (múltiplo VI1s-VI1s)Tomados em conjunto, os dados da diferenciação e da resistência à extinção indicaram que a distribuição dos intervalos do VI com valores não sobrepostos somado a maior discrepância de taxa de reforço (1:1) entre os componentes (G4), favoreceu uma maior diferenciação na taxa de respostas (ID=,6) e maior resistência à extinção no componente com maior taxa de reforço Sugere-se que alguns aspectos do procedimento possam ser modificados (eg, o custo da resposta; ordem de apresentação dos componentes) em pesquisas futuras para se verificar a relação entre essas modificações e a resistência do comportamento à mudança
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Palavras-chave
Análise do comportamento, Reforço (Psicologia), Mudança (Psicologia), Resistência, Behavioral analysis, Reinforcement (Psychology)