Dano muscular e resposta imuno-endócrina em provas oficiais de 20 km de marcha atlética
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Fidelis, Bruno Marques
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Resumo
Resumo: A marcha atlética de 2 km faz parte do programa olímpico, sendo muito comparada com corridas de endurance, no entanto, por mais que as distâncias sejam próximas, a biomecânica do movimento não é igual, podendo ocorrer dano muscular, e respostas imuno-endócrinas diferentes, Desta forma, identificar se acontece dano muscular, e o padrão de respostas imuno-endócrinas em resposta ao esforço de marcha atlética é fundamental para permitir que os treinadores e pesquisadores do esporte recomendem estratégias de treinamento e recuperação adequadamente O objetivo do presente estudo foi monitorar o dano muscular induzido pelo exercício (desempenho de salto em membros inferiores, CK, AST e DOMS), respostas inflamatórias (IL-6, TNF-a e IL-1) e alterações imuno-endócrinas (testosterona, cortisol e SIgA salivares) em uma prova oficial de marcha atlética e correlacioná-lo com a carga interna e desempenho em prova Foram avaliados oito atletas top 2 do ranking nacional que participaram do Campeonato Paranaense de Atletismo dos anos de 218 e 219 na prova de 2 km de Marcha Atlética, de ambos os sexos (n=6 mulheres), com idade média de 27 ± 9 anos Os atletas foram submetidos a coletas de sangue, saliva, avaliação de DOMS, e testes de salto vertical SJ e CMJ duas horas antes da prova (Pré), imediatamente após (Pós), 24 e 48 horas após Foi questionado a PSE usando a escala CR-1 de Borg A distribuição de normalidade foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilk Dados com distribuição normal foram descritos em média e desvio-padrão e sem distribuição normal em medianas e quartis de 25 a 75% Diferenças entre os tempos foram avaliadas com o teste ANOVA de medidas repetidas com pós-teste de Bonferroni ou teste de Friedman com pós-teste de Dunn Correlações entre o tempo total de prova e a altura dos saltos verticais foram estabelecidas com o teste de correlação de Spearman Diferenças entre os momentos foram consideradas significativas se p<,5 A prova de 2 km de marcha atlética provocou dano muscular leve, com pequeno aumento de CK em 24 horas (p<,1) e DOMS após 48 horas (p<,5) A prova induziu aumento significativo de IL-1 (p<,5), testosterona (p<,5) e cortisol (p<,1) em Pós Não foram detectadas alterações na altura de saltos verticais e imunidade mucosa em nenhum tempo A altura de SJ (r=-,87, p=,7) e CMJ (r=-,85, p=,1) Pré apresentou correlação negativa e forte com o tempo de prova Não foi observada correlação significativa de nenhuma variável com a carga interna de prova Concluímos que a prova de 2 km de marcha atlética provocou leve dano muscular, não havendo perda de potência de membros inferiores e alterações nos marcadores anti e pró-inflamatórios A respeito da alta intensidade de carga reportada ao final da prova, a modulação endócrina sugere que os atletas apresentam pouco prejuízo no balanço de estresse e recuperação após a prova A supressão da imunidade das mucosas não parece ser afetada pela alta carga interna de prova
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Palavras-chave
Marcha atlética, Resposta inflamatória, Saliva, Alteração imuno-endócrina, Dano muscular, Athletic march, Inflammatory responses, Saliva, Immunoendocrine change, Muscle damage