O barato sai caro : cirurgias plásticas estéticas e padrões corporais femininos

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Resumo

Resumo: Nesta pesquisa tomo como objeto de estudo a experiência de mulheres urbanas que se submeteram a cirurgias plásticas estéticas e obtiveram resultados ruins O objetivo é discutir como os possíveis riscos inerentes aos processos cirúrgicos são pensados por elas, uma vez que estes parecem não ser considerados anteriormente ao processo cirúrgico A discussão que conforma o estudo é a de que as novas tecnologias de transformação corporal encontram-se associadas a um ideal de supervalorização do corpo e a determinados padrões de beleza que levam os sujeitos a se sentirem responsáveis por sua aparência física As mulheres participantes da pesquisa se submeteram a uma prática legitimada pela cultura como parte da construção de suas identidades pessoais Nesse contexto, o pressuposto é de que a percepção que elas tem do risco envolvido nas cirurgias se reduz à imperícia, à imprudência, à negligencia médica, ou ainda, à uma formação inadequada e não especializada, traduzida como “erro médico” Desta forma, a técnica em si não é questionada, como se o imaginário do progresso tecnocientífico fosse um ganho indiscutível A metodologia utilizada foi a observação participante em uma comunidade “Paguei para ser mutilada” de um site de relacionamento na Internet Ela incluiu entrevistas formais, conversas informais e interação com as participantes do grupo que trocavam informações e suas impressões sobre as experiências vividas com relação às cirurgias estéticas O que foi possível observar é que essas mulheres se assujeitam a um padrão corporal e estão dispostas a tudo (ou quase) para alcançá-lo, independente dos custos aí envolvidos

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Palavras-chave

Mulheres, Etnologia, Cirurgia plástica, Antropologia médica, Corpo, Women, Etnography, Plastic surgery, Medical anthropology, Body - Medical errors, Beauty

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