Fumantes atuais, carga tabágica e sua relação com sintomas ansiosos/depressivos, maus-tratos infantis, qualidade de vida, funcionalidade e inflamação
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Moraes, Vânia Maria Goulart Brum
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Resumo
Resumo: Introdução: O transtorno por uso do tabaco (TUT) é altamente prevalente, se relaciona com comportamentos de dependência e representa a maior causa de morte e doenças preveníveis em todo o mundo Vários fatores como comorbidades, piora da qualidade de vida, funcionalidade, história de maus tratos na infância (MTI), e inflamação contribuem para a complexidade do tratamento do tabagismo Estudo da carga tabágica e sua relação com qualidade de vida, funcionalidade, MTI, depressão, ansiedade e inflamação são importantes na abordagem e tratamento do tabagismo Objetivos: Avaliar a relação da carga tabágica na qualidade de vida, funcionalidade, MTI, depressão, ansiedade e inflamação em indivíduos fumantes e avaliar a relação dos indivíduos fumantes, nunca fumantes e fumantes passados Métodos: Neste estudo observacional transversal foram incluídos 123 indivíduos fumantes atuais, 14 indivíduos fumantes passados recrutados no ambulatório de Centro de Referência de Abordagem e Tratamento do Tabagismo (CRATT) do Ambulatório de Especialidades do Hospital Universitário de Londrina (AEHU-UEL) e 88 indivíduos nunca fumantes (controles) que trabalham na UEL A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da UEL Foram avaliadas características clínicas e sócio-demográficas, histórico de MTI, qualidade de vida e incapacidade Foram avaliados diversos biomarcadores, entre eles dosagens de interleucinas (IL), Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro (BDNF), Fator de Necrose Tumoral a (TNFa), perfil lipídico, proteínas totais e Receptores Solúveis para TNF1 e 2 (sTFN-R1 e sTNF-R2) Resultados: Fumantes atuais apresentaram pior qualidade de vida, maior incapacidade funcional, história de negligência na infância e mais sintomas ansiosos que os nunca fumantesFumantes atuais e passados apresentaram níveis de IL-12 maiores que nunca fumantes Fumantes com alta carga tabágica tiveram menores escores de qualidade de vida, mais sintomas de depressão e ansiedade, além de maiores níveis de sTFN-R1 e sTNF-R2, IL-1ß,IL-15,IL-8 ,BDNF , pressão arterial e colesterol de lipoproteína de baixa densidade (LDL-c) Conclusões: Fumantes com alta carga tabágica tiveram menores escores de indicadores clínicos e laboratoriais para qualidade de vida, funcionalidade, depressão, ansiedade, MTI e inflamação, evidenciando a importância da prevenção e do tratamento para cessação precoce do tabagismo
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Palavras-chave
Fumo, Vício, Qualidade de vida, Ansiedade, Inflamação, Tobacco habit, Quality of life, Anxiety