Lesão oxidativa nas adaptações cardíacas da musculatura esquelética em hamsters com doença pulmonar obstrutiva crônica, induzida experimentalmente
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Tonon, Jair
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Resumo
Resumo: A denominação Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) engloba uma série de doenças de diferentes etiologias que têm em comum a obstrução irreversível do fluxo aéreo No aspecto morfológico macroscópico, o enfisema, quando bem desenvolvido, produz pulmões volumosos Os dois mecanismos patogênicos-chave são o excesso de protease celular com baixos níveis de antiproteases e o excesso de substâncias reativas de oxigênio A patogênese e as manifestações clínicas da DPOC não são restritas somente à inflamação e ao remodelamento estrutural, mas extendidas a uma variedade de alterações sistêmicas Estes efeitos extra pulmonares incluem inflamação sistêmica, perda de peso não intencional, disfunção músculo-esquelética, doença cardíaca associada, e efeitos adicionais em alguns órgãos A depleção de massa e da função musculares é reconhecida como importantes características da DPOC, contribuindo significativamente para o prognóstico A presença de disfunção muscular na DPOC foi reconhecida em estudos que demonstraram que muitos pacientes tinham capacidade de exercício limitada e fadiga Consequentemente, apareceu um novo campo de pesquisa e muitos estudos têm confirmado o papel da DPOC na disfunção músculo esquelética Adicionalmente, a variação da massa muscular e função cardíacas, que ocorrem como conseqüência da DPOC, particularmente pela adaptação ventricular, contribui substancialmente com controle de massa periférica e do quadro de fadiga e intolerância ao exercício Pesquisas realizadas durante os anos 198 e 199 indicam que Espécies Reativas de Oxigênio (EROs) induzidas por aumento da atividade muscular ou pela sua inatividade, seriam citotóxicas para as fibras do próprio músculo estriado Pesquisas mais recentes evidenciam que a produção aumentada de EROs desempenha importante papel na regulação de vias de sinalização necessárias para promover adaptação da fibra muscular em resposta a ambos: exercício e inatividade muscular A atrofia por desuso ou em estados patológicos é um problema clínico importante Evidências têm demonstrado que em situações fisiológicas e de adaptação ao exercício, as EROs têm atuado como moduladoras de processos de ganho de massa muscular Várias linhas de evidências também tem implicado as EROs na perda de massa, via controle redox da proteólise Um crescente número de estudos sugere que antioxidantes ou inibidores de ERO possam servir como agentes terapêuticos na reversão total ou parcial da atrofia, apesar de numerosas perguntas ainda permanecerem sem resposta No que diz respeito ao músculo cardíaco, evidências levam à crença de que as EROs e as espécies reativas de nitrogênio (ERNs), participam da sinalização em favor da síntese protéica e conseqüente hipertrofia muscular do músculo cardíaco Assim, a hipótese de trabalho formulada foi a seguinte: Ocorre uma redução dos níveis de antioxidantes e aumento de EROs e da proteólise na atrofia do músculo gastrocnêmio e inversamente, aumento dos níveis de antioxidantes e diminuição de EROs e da proteólise na hipertrofia do músculo cardíaco, em modelo experimental de DPOC Com o propósito de investigar esta hipótese, o presente estudo foi delineado para verificar o envolvimento de EROs e proteólise no desenvolvimento da perda de massa muscular esquelética, e ganho da massa
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Palavras-chave
Pulmões, Doenças obstrutivas, Enfisema pulmonar, Estresse oxidativo, Enzimas proteolíticas, Chronic obstrutive pulmonary disease, Emphysema, Pulmonary, Experimental pathology