Validação da termografia infravermelha como indicador de estresse no pré-abate e qualidade de carne em suínos NANI e Não NANI

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dc.contributor.advisorBridi, Ana Maria
dc.contributor.authorOgawa, Natália Nami
dc.contributor.bancaSilva, Caio Abércio da
dc.contributor.bancaRocha, Luiene Moura
dc.coverage.extent84 p.
dc.coverage.spatialLondrina
dc.date.accessioned2025-05-26T19:41:34Z
dc.date.available2025-05-26T19:41:34Z
dc.date.issued2023-03-31
dc.description.abstractEssa pesquisa foi dividida em dois experimentos com o objetivo de validar o uso da termografia infravermelha para prever o estresse e a qualidade da carne em suínos no pré-abate (experimento 1) e a avaliação do estresse e da qualidade da carne em suínos NANI e Não NANI no pré-abate (experimento 2). Experimento 01: Foi avaliada a temperatura superficial ocular de 241 suínos com a câmera termográfica e os dados foram associados com os parâmetros hematológicos, bioquímicos e parâmetros da qualidade da carne desses animais. A glicose obteve uma correlação muito fraca e positiva com a temperatura superficial máxima (TSO MÁX), mínima (TSO MÍN) e média (TSO MÉD) (r = 0,13; r = 0,14; r = 0,14, respectivamente) e a taxa de linfócitos apresentou uma correlação muito fraca e negativa com as TSO MÁX (r = -0,19), MÍN (r = -0,26) e MÉD (r = -0,19). Houve uma correlação muito fraca e negativa entre as TSO MÁX (r = -0,23) e MÍN (r = -0,21) com os valores de pH do Longissimus thoracis e entre as TSO MÁX (r = -0,15), MÍN (r = -0,19) e MÉD (r = 0,14) com os valores de pH do Semimembranosus. A correlação entre a TSO MÉD e os valores de pH do músculo Longissimus thoracis foi fraca e negativa (r = 0,30). A correlação entre a TSO MÁX com a L* foi muito fraca e positiva (r = 0,28) e a correlação entre a TSO MÍN e MÉD com a L* foi fraca e positiva (r = 0,37 e r = 0,33, respectivamente). Houve correlação muito fraca e positiva entre a TSO MÁX com a perda de água (r = 0,25) e correlação fraca e positiva entre a TSO MÍN (r = 0,36) e MÉD (r = 0,33) com a perda de água. A correlação entre as TSO MÁX, MÍN e MÉD com a perda de peso por resfriamento foi muito fraca e positiva (r = 0,23; r = 0,25; r = 0,21, respectivamente). O modelo de calibração e predição não apresentaram uma boa correlação. Os modelos de calibração e previsão para glicose e linfócitos não apresentaram exatidão. Dentre os parâmetros de qualidade da carne, os modelos para predição da cor (L* e b*) e da perda de água também não apresentaram boa exatidão. Por outro lado, os modelos para predição do pH mensurado no Longissimus thoracis e Semimembranosus e da perda de peso por resfriamento atenderam esse pressuposto de exatidão. Todos os modelos analisados nesse estudo não foram considerados adequados para predição dos parâmetros de estresse e da qualidade da carne. A temperatura superficial ocular obteve fraca correlação com a maior parte dos parâmetros hematológicos, bioquímicos e com os parâmetros de qualidade da carne, indicando que o estresse gerado no pré-abate influenciou fracamente as respostas fisiológicas, a temperatura corporal dos suínos e a qualidade da carne. Como o desempenho do modelo de validação para predição dessas variáveis por meio da termografia infravermelha não foi satisfatório a termografia infravermelha não se mostra como uma alternativa viável para substituir a avaliação dos parâmetros hematológicos, bioquímicos e parâmetros da qualidade da carne em suínos no pré-abate para avaliar o grau de estresse e qualidade da carne. Experimento 02: Esse estudo avaliou o uso potencial de biomarcadores de estresse fisiológico e dos parâmetros da qualidade da carne em 241 suínos submetidos ao manejo pré-abate, sendo 131 suínos sem nenhuma anomalia aparente (suínos Não NANI) e 110 suínos NANI (non-ambulatory, non-injured). Os suínos NANI apresentaram temperatura retal, valores de hemoglobina, hematócrito, hemácias e níveis de plaqueta superiores ao dos suínos Não NANI. Não houve diferença na morfologia e na concentração dos glóbulos vermelhos entre os suínos NANI e Não NANI, e todos ficaram dentro dos valores esperado. Os suínos NANI apresentaram leucocitose e neutrofilia e linfopenia. A taxa de albumina foi superior nos suínos Não NANI (4,67±0,05) em relação aos suínos NANI (4,42±0,07) e os valores foram considerados elevados em relação aos valores de referência para os dois grupos. Os valores de LDH foi superiores nos suínos NANI (6516,28±1364,37) em relação aos suínos Não NANI (1348,31±272,27) e os dois grupos estiveram acima da referência. Os valores de pH foram superiores nos suínos Não NANI e como consequência os suínos NANI que apresentaram menor pH, apresentaram carnes mais claras e mais exsudativas e apresentaram maior perda de peso no resfriamento. Não houve diferença significativa na incidência da anomalia PSE e DFD entre os grupos. Dentre as carnes dos suínos NANI avaliadas, 2,73% foram classificadas como PSE e 0,91% como DFD. Os suínos Não NANI não apresentaram nenhuma anomalia na carne. Os parâmetros hematológicos e bioquímicos não auxiliaram na separação das classes e dentre os parâmetros de qualidade da carne, o principal item que descreveu o suíno NANI foi a perda de água. Os suínos NANI manifestaram alta temperatura corporal e maiores alterações no hemograma em relação aos suínos Não NANI provavelmente por conta do estresse ocasionado pelo manejo pré-abate. Na tentativa de manter a homeostase, esses animais responderam mais intensamente ao estresse e como consequência, apresentaram anomalias na carne.
dc.description.abstractother1This research was divided into two experiments with the objective of validating the use of infrared thermography to predict stress and meat quality in pre-slaughter pigs (experiment 1) and the evaluation of stress and meat quality in NANI and non-NANI pigs at pre-slaughter (experiment 2). Experiment 01: The ocular surface temperature of 241 pigs was evaluated with a thermographic camera and the data were associated with the hematological, biochemical and meat quality parameters of these animals. Glucose showed a very weak and positive correlation with maximum (MAX SOT), minimum (MIN SOT) and mean (MED SOT) surface temperature (r = 0.13, r = 0.14, r = 0.14, respectively) and lymphocyte count showed a very weak and negative correlation with MAX SOT (r = -0.19), MIN (r = -0.26) and MED (r = -0.19). There was a very weak and negative correlation between the MAX (r = -0.23) and MIN (r = -0.21) with the pH values of the Longissimus thoracis and between the MAX (r = -0.15), MIN (r = -0.19) and MED (r = 0.14) with the pH values of the Semimembranosus. The correlation between the TSO MÉD and the pH values of the Longissimus thoracis muscle was weak and negative (r = 0.30). The correlation between MAX TSO with L* was very weak and positive (r = 0.28) and the correlation between MIN and MED TSO with L* was weak and positive (r = 0.37 and r = 0.33, respectively). There was a very weak and positive correlation between MAX TSO with water loss (r = 0.25) and weak and positive correlation between MIN TSO (r = 0.36) and MED (r = 0.33) with water loss. The correlation between the MAX, MIN, and MED TSO with weight loss on chilling was very weak and positive (r = 0.23; r = 0.25; r = 0.21, respectively). The calibration and prediction model did not show a good correlation. The calibration and prediction models for glucose and lymphocytes did not show accuracy. Among the meat quality parameters, the models for predicting color (L* and b*) and water loss also did not show good accuracy. On the other hand, the models for predicting the pH measured in the Longissimus thoracis and Semimembranosus and the weight loss by cooling met this accuracy assumption. All models analyzed in this study were not considered adequate for predicting stress parameters and meat quality. The ocular surface temperature was weakly correlated with most of the hematological, biochemical and meat quality parameters, indicating that pre-slaughter stress weakly influenced the physiological responses, body temperature and meat quality. As the performance of the validation model to predict these variables by infrared thermography was not satisfactory, infrared thermography is not a viable alternative to replace the evaluation of hematological, biochemical and meat quality parameters in pre-slaughter pigs to assess the degree of stress and meat quality. Experiment 02: This study evaluated the potential use of biomarkers of physiological stress and meat quality parameters in 241 pigs submitted to pre-slaughter management, 131 pigs without any apparent abnormality (Non NANI pigs) and 110 NANI (non-ambulatory, non-injured) pigs. The NANI pigs had higher rectal temperature, hemoglobin, hematocrit, RBC and platelet levels than the Non NANI pigs. There was no difference in red blood cell morphology and concentration between the NANI and Non NANI pigs, and all were within expected values. The NANI pigs had leukocytosis and neutrophilia and lymphopenia. The albumin content was higher in the NANI compared to the NANI pigs and the values were considered high compared to the reference values for both groups. LDH values were higher in the NANI versus the Non NANI pigs and both groups were above the reference. The pH values were higher in the Non NANI pigs and as a consequence the NANI pigs that had lower pH, had lighter and more exudative meats and showed greater weight loss on cooling. There was no significant difference in the incidence of PSE and DFD anomaly between the groups. Among the meats from the NANI pigs evaluated, 2.73% were classified as PSE and 0.91% as DFD. The Non NANI pigs did not show any abnormalities in the meat. The hematological and biochemical parameters did not help in separating the classes and among the meat quality parameters, the main item that described the NANI pig was water loss. The NANI pigs manifested high body temperature and greater changes in the hemogram in relation to the non-NANI pigs probably due to the stress caused by pre-slaughter handling. In an attempt to maintain homeostasis, these animals responded more intensely to stress and as a consequence, presented abnormalities in the meat.
dc.identifier.urihttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/18820
dc.language.isopor
dc.relation.departamentCCA - Departamento de Clínicas Veterinárias
dc.relation.institutionnameUniversidade Estadual de Londrina - UEL
dc.relation.ppgnamePrograma de Pós-Graduação em Ciência Animal
dc.subjectAbate
dc.subjectEstresse
dc.subjectFadiga
dc.subjectFisiologia
dc.subjectCiência animal
dc.subject.capesCiências Agrárias - Medicina Veterinária
dc.subject.cnpqCiências Agrárias - Medicina Veterinária
dc.subject.keywordsSlaughter
dc.subject.keywordsStress
dc.subject.keywordsFatigue
dc.subject.keywordsPhysiology
dc.titleValidação da termografia infravermelha como indicador de estresse no pré-abate e qualidade de carne em suínos NANI e Não NANI
dc.title.alternativeValidation of infrared thermography as an indicator of pre-slaughter stress and meat quality in NANI and non-NANI pigs
dc.typeDissertação
dcterms.educationLevelMestrado Acadêmico
dcterms.provenanceCentro de Ciências Agrárias

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