Efetividade de um programa de exercícios aquáticos para a melhora da dor, funcionalidade e desempenho físico de pacientes com lombalgia crônica : ensaio clínico aleatório

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Carvalho, Rodrigo Gustavo da Silva

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Resumo: Introdução: a dor lombar crônica (DLC) é uma doença considerada um problema de saúde pública em todo o mundo Estima-se que 6 a 9% da população terá pelo menos um episódio de dor lombar durante a vida, sendo a principal causa de incapacidade nos países desenvolvidos A Agência de Qualidade e Pesquisa em Saúde dos Estados Unidos indica tratamentos farmacológicos e não farmacológicos; invasivos e não invasivos; cirúrgicos e não cirúrgicos Entre os sem uso de fármacos, não cirúrgicos e não invasivos, está à fisioterapia A efetividade desta intervenção está bem descrita na literatura científica, embora o tamanho do efeito seja considerado moderado para os desfechos dor e funcionalidade Pesquisas apontam que os exercícios realizados em solo ou na água que apresentam melhor evidência e eficácia no tratamento de pacientes com DLC Atualmente, os exercícios aeróbios têm recebido destaque, porém ainda apresenta evidências controversas, sendo necessário estabelecer a eficácia desta intervenção para essa população Objetivo: avaliar em pacientes com dor lombar crônica a efetividade de um programa de exercícios aquáticos, associado ou não com o exercício aeróbio aquático, Deep-Water Running (DWR), em desfechos primários dor e funcionalidade e secundários, desempenho físico e percepção de melhora Método: ensaio clínico aleatório realizado no Laboratório de Biomecânica e Epidemiologia Clínica e no Centro de Fisioterapia Aquática “Prof Paulo A Seibert”, Hospital Universitário Regional Norte do Paraná, Universidade Estadual de Londrina Foram aleatorizados 54 pacientes adultos, de ambos os sexos, com diagnóstico médico de DLC (específica e não específica) em dois grupos, fisioterapia aquática (FA) (n = 27); ??¯ = 45,5 anos (DP=1,9), Md = 69,7 kg (6,7-77,5) e ??¯ = 1,64 m (DP = ,1) e fisioterapia aquática mais DWR (FA+DWR) (n = 27); ??¯ = 47,2 anos (DP = 9,8); Md = 75 kg (69-83,3) e ??¯ = 1,66 m (DP = ,9) Os indivíduos foram avaliados quanto aos desfechos primários dor, por meio da escala visual análoga (EVA) e funcionalidade (questionário de incapacidade Roland-Morris - QIRM) e quanto aos desfechos secundários, desempenho físico (distância percorrida do teste de caminhada de seis minutos - TC6) e a percepção de melhora, nos seguintes momentos: inicial, final e follow-up de três meses após o final do tratamento Os indivíduos foram assistidos por nove semanas, com frequência semanal de duas vezes, com sessões de duração de 4 min, sendo acrescidos 2 min de DWR para o grupo FA+DWR Para identificar diferenças entre e dentro dos grupos, uma equação de estimativas generalizadas (EEG) foi utilizada como modelo de regressão com a sintaxe de acordo com o modelo multivariado, após imputação múltipla dos dados faltantes (intenção de tratar) Além disso, foram calculadas outras análises tais como: mudança mínima detectável (MMD), risco relativo (RR), redução do risco relativo (RRR), redução do risco absoluto (RRA), número necessário para tratar (NNT) e o tamanho do efeito pelo ??¯ de Cohen Resultados: no momento inicial, os grupos não apresentaram diferença estatísticamente significante para todos os desfechos (primários e secundários) e na caracterização da amostra Houve diferença com significância entre os grupos para o desfecho dor no momento final a favor da FA+DWR de DM (diferença da média) = -1,3 cm; IC 95% [-2,17;-,45], ??¯ = ,8 IC 95% [,22;1,33] Na comparação dentro dos grupos houve melhora estatisticamente significante em ambos os tratamentos para as variáveis dor, funcionalidade e desempenho físico A MMD do desempenho físico variou entre 41,57 e 65,25 m A medida de associação entre os pacientes que melhoraram e não melhoraram apresentou diferença com significância apenas para o desfecho funcionalidade no follow-up (P = ,29) e expresso também em percentual de melhora pelo RR: 1,9; RRR: ,9; RRA: 33,33% e NNT: 3 A percepção de melhora apresentou um aumento de 85% para o grupo FA e 93% no FA+DWR Conclusões: o tratamento com exercício aquático acrescido de corrida foi eficaz a curto prazo para o desfecho dor quando comparado com apenas a aplicação do exercício Foram observadas melhoras dentro dos grupos para os desfechos dor, funcionalidade e desempenho físico, ao longo do estudo, até o follow-up O número necessário para tratar foi três, ou seja, são necessários três pacientes para que um tenha benefício quanto à funcionalidade quando se realiza FA+DWR Registro do Ensaio Clínico: NCT2422693

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Palavras-chave

Educação física, Exercícios físicos aquáticos, Dor lombar, Physical education

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