A territorialização de migrantes do Haiti em Cambé-PR e Rolândia-PR : as demandas das mulheres haitianas e as ações realizadas

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Pizaia, Jéssica Costa

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Resumo

Resumo: Durante as mobilidades populacionais internacionais são as mulheres que se encontram em maior situação de vulnerabilidade No Brasil, a intersecção das características identitárias negra, mulher, mãe e estrangeira geram também outros problemas, relacionados ao racismo, estigma e xenofobia, dificultando os processos de territorialização após todo o movimento migratório Assim, a presente pesquisa objetiva compreender o processo de territorialização das mulheres haitianas em duas cidades do Paraná: Cambé e Rolândia, além de compreender quais as demandas, políticas e ações que têm sido realizadas e que se voltam a esta população Durante a pesquisa, buscou-se se alicerçar nos princípios éticos das Geografias Feministas, e a partir disto, escolheu-se o método de entrevistas não-dirigidas para alcançar o objetivo elencado Foram realizadas entrevistas com 22 pessoas, sendo sete mulheres e sete homens haitianos moradores do Jardim Santo Amaro em Cambé e do Jardim Novo Horizonte em Rolândia, quatro profissionais da saúde, uma professora de português e três membros e coordenadoras de organizações ligadas a entidades religiosas que prestam assistência à imigrantes e refugiados (Cáritas, Pastoral do Migrante e Centro Espírita Kardecista) A partir disto, foi possível apresentar a configuração territorial dos estabelecimentos que atendem esta população, visualizar a importância dos templos religiosos, obter informações e compreender as demandas relacionados à saúde, educação e trabalho, e entender a dificuldade no processo de integração das mulheres no território Por fim, concluiu-se que as mulheres encontram-se mais des-territorializadas e em posição de maior vulnerabilidade em relação aos homens da mesma nacionalidade Diferente deles, quase metade pretende migrar novamente devido a problemas relacionados a renda, trabalho, saúde e criação dos filhos As demandas das mulheres haitianas, relacionadas aos diferentes costumes, diferenças culturais, a diferença da língua, aalta fecundidade, entre outras, muitas vezes não são consideradas e atendidas pelas entidades públicas e, no caso de Rolândia, também não o são pelas entidades religiosas, sendo necessária uma reorganização na abrangência territorial das mesmas Incluindo também a sensibilização dos profissionais ou empregadores que atendem a população haitiana, a qual relatou situações de xenofobia e racismo

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Palavras-chave

Geografia, Mulheres haitianas, Mulheres migrantes, Geography, Women immigrants

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