Investigação de variantes genéticas nos genes do biometabolismo, de resistência a drogas e do receptor da vitamina D em pacientes transplantados renais

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Camargo, Rossana Batista de Oliveira Godoy

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Resumo

Resumo: No âmbito do transplante renal, o processo de rejeição, apesar de ter apresentado grande melhora devido ao aperfeiçoamento de drogas imunossupressoras, ainda é uma preocupação atual Deste modo, são essenciais estudos para uma melhor compreensão dos mecanismos envolvidos neste processo, que aumentem a taxa de sucesso e melhorem a qualidade de vida dos pacientes Sabe-se que indivíduos que possuem alelos que levam à produção de proteínas alteradas em determinadas funções biológicas, podem responder de forma diferencial ao tratamento medicamentoso, sendo mais suscetíveis aos seus efeitos deletérios Na tentativa de determinar alterações genéticas que possam estar diretamente envolvidas no processo de rejeição, este estudo buscou identificar polimorfismos do nucleotídeo único (SNPs) em genes do biometabolismo, resistência a drogas e receptor hormonal, com o objetivo de encontrar marcadores genéticos que possam estar relacionados com episódios de rejeição renal em pacientes submetidos a terapia imunossupressora Um total de 188 pacientes em monitoramento pós transplante renal foram selecionados e avaliados quanto a presença de polimorfismos genéticos nos genes GSTM1, GSTT1, GSTP1, CYP1A1, CYP3A4, CYP3A5, UGT2B7, MDR1, GCLC, GCLM e VDR por PCR em tempo real (RT-qPCR -ensaios Taqman), PCR multiplex e PCR alelo específica A análise estatística foi estimada por um modelo de regressão de Poisson As variantes G/T ou T/T do gene CYP3A5 (rs 4646453) foram associadas com uma chance maior de episódios de rejeição nos pacientes renais transplantados, cuja estimativa foi de 1,72 (IC95%: 1,4-2,83) O uso da droga imunossupressora tacrolimo associado ao fato de ter recebido o enxerto de doador HLA idêntico são fatores de proteção com RR=,389 para os episódios de rejeição (IC95%: ,189-,82) O não uso do imunossupressor tacrolimo aumentou o risco dos episódios de rejeição em 1,81 vezes (IC95%: 1,13-2,92) e o não uso de corticóide aumentou o risco dos episódios de rejeição em 5,62 vezes (IC95%: 3,4-9,9) O risco para episódios de rejeição quando o paciente apresentou algum evento cardiovascular foi 1,72 vezes maior (IC95%: 1,15- 2,75) Não houve correlação entre o risco dos episódios de rejeição e os outros polimorfismos avaliados Este estudo buscou auxiliar na caracterização da suscetibilidade populacional a episódios de rejeição em transplantados renais, porém, estudos futuros ainda são necessários para a definição de um painel de marcadores genéticos que possam ser uteis para prevenir a rejeição, culminando com a melhora da conduta terapêutica e com a qualidade de vida dos transplantados renais no mundo

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Palavras-chave

Rins, Transplante, Imunologia de transplantes, Genes de resposta imune, Polimorfismo (Genética), Transplantation, Transplantation immunology, Imune response genes, Kidneys

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