Biomassa arbórea em sítios de restauração e remanescentes de Mata Atlântica do Sul do Brasil

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Resumo

Resumo: Os ecossistemas florestais podem, sob determinadas condições, capturar mais gás carbônico (CO2), principal gás do efeito estufa, do que emitem para a atmosfera acumulando biomassa e, sendo assim, considerados grandes reservatórios de carbono As florestas em crescimento podem contribuir com a mitigação das mudanças climáticas, por meio do sequestro do carbono excedente na atmosfera As espécies pioneiras, que são frequentemente plantadas nos reflorestamentos, sequestram carbono em um ritmo mais acelerado Para acompanhar o sucesso dessa recuperação e do sequestro de CO2 as estimativas da biomassa acima do solo (BAS), nos últimos anos, têm sido empregadas no monitoramento da restauração florestal utilizando-se florestas maduras como ecossistemas de referência Por outro lado, distúrbios de origem antrópica, como a extração seletiva de madeira, alteram os regimes de perturbação natural dos ecossistemas florestais, conduzem à alterações nos padrões esperados de estocagem de carbono das florestas e elevam as emissões de CO2 nesses ecossistemas Esses distúrbios antrópicos, somados aos efeitos da fragmentação do habitat, alteram os padrões esperados para essas referências, o que pode comprometer a qualidade desses remanescentes florestais como modelos O sucesso dos reflorestamentos depende de uma série de fatores e as estimativas da BAS constituem uma das formas de avaliar o progresso da restauração As estimativas da BAS ainda apresentam valores incertos para vários biomas, incluindo a Mata Atlântica A maior dificuldade é a padronização dos métodos, tanto para que os valores dessas estimativas possam ser comparados com outras Florestas tropicais, quanto para estabelecer padrões locais para acompanhar a dinâmica da biomassa nesses ecossistemas em longo prazo Este estudo foi realizado em 14 sítios de Mata Atlântica, foram amostrados 8 reflorestamentos e 6 fragmentos florestais foram utilizados como ecossistemas de referência Estimativas da BAS foram realizadas por meio de equações alométricas, utilizando dados de diâmetro à altura do peito (DAP), altura total e da densidade espécie específica da madeira (gcm¯³) No primeiro capítulo, o objetivo foi mensurar os impactos da extração seletiva de madeira na BAS em seis remanescentes de Floresta Estacional Semidecidual Submontana da Mata Atlântica do Sul do Brasil, sendo três que sofreram extração madeireira e três que não sofreram As florestas que sofreram exploração madeireira apresentaram BAS reduzida em relação às que não sofreram esse distúrbio, portanto a sua utilização como referências para a restauração florestal pode ser questionada No segundo capítulo, foram comparados 8 reflorestamentos com os 6 remanescentes florestais amostrados no Capítulo 1 Os reflorestamentos atingiram de 18 a 42 % da BAS observada nos fragmentos florestais de referência Dois reflorestamentos apresentaram área basal (m² ha¯¹) similar a dos fragmentos florestais de referência Mesmo considerando a comparação com fragmentos cuja biomassa estaria abaixo dos valores históricos, o estoque de carbono nas áreas de restauração, relativamente jovens, já é expressivo

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Palavras-chave

Reflorestamento, Paraná, Sul, Floresta, Restauração, Mata Atlântica, Reforestation, Restoration of forests, Biodiversity conservation, Paraná, South

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