O fracasso como diálogo poético interartes : Iberê Camargo e Carlos Drummond de Andrade

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Resumo: A presente Dissertação propõe um diálogo poético interartes entre o pintor e escritor gaúcho Iberê Camargo e o poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade a partir do tema do fracasso Alguns trabalhos desses Autores são analisados, inicialmente, a fim de exemplificar e verificar que neles encontram-se elementos compositivos e características relacionadas ao fracasso como uma condição inerente à existência humana: no caso de Iberê, analisa-se o conto “O relógio”, de 1959, onde o sentimento de fracasso é construído a partir de uma escrita expressionista; e, em Drummond, os poemas “A sombra do homem que sorriu”, “Como se eu fosse um poeta resignado” e “Boneca de Panno”, todos de 1924, nos quais a escrita do jovem Poeta já apresenta seu ceticismo característico em relação aos limites da sua poesia e a sua relação com o fracasso Através de fundamentos teóricos e críticos provenientes da literatura, das artes visuais e da filosofia, verificaremos, por conseguinte, como os procedimentos de composição artístico-literários e os seus efeitos expressivos dialogam nas poéticas iberiana e drummondiana O aporte teórico-crítico na análise da obra de Iberê Camargo pauta-se, entre outros autores, nos estudos de Sônia Salzstein, Luiz Camillo Osorio e Paulo Venancio Filho; em Carlos Drummond de Andrade, utilizamos os estudos de Davi Arrigucci Jr, Affonso Romano de Sant’Anna Gilberto Mendonça Teles, entre outros No campo filosófico, o respaldo teórico se dá através do pensamento de Arthur Schopenhauer, Jean-Paul Sartre e Gaston Bachelard, este último especialmente na análise da poesia drummondiana A metodologia desta pesquisa propõe uma análise comparativa no sentido de destacar tanto as semelhanças quanto as diferenças entre os objetos do corpus, com o objetivo de deslindar a poética do fracasso que permeia o sentimento de proximidade da morte, propondo, desse modo, o aprofundamento do diálogo poético interartes entre as obras dos Autores Para tanto, analisamos um objeto específico de cada um deles através da perspectiva do gênero artístico conhecido como “natureza-morta”, respectivamente: o poema minimalista “Cerâmica” (Antologia Poética e Lição de Coisas, 1962), de Drummond, e a série de pinturas expressionistas em grandes dimensões “Tudo te é falso e inútil” (1992-1993), de Iberê Camargo

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Palavras-chave

Arte e literatura, Poesia brasileira, Pintura brasileira, Fracasso, Art and literature, Brazilian poetry, Painting, Brazilian

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