A produção do livro como práxis comunicacional : Madame Bovary e os primórdios da Indústria cultural na França provincial do século XIX
Data
2023-03-07
Autores
Alves, Camila Coelho
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Resumo
Este trabalho consiste em uma análise de cunho discursivo-teórico, de natureza histórico-bibliográfica, que possui como principal objeto de estudo a obra do escritor francês Gustave Flaubert, Madame Bovary: Costumes de província. Publicado primeiramente de forma seriada na revista literária Revue de Paris, em 1856, e no ano seguinte no formato de livro, dedicamos a ele o seguinte questionamento de pesquisa: seria possível afirmar que o processo que envolve a obra Madame Bovary se constituiu como uma práxis comunicacional na ordem de uma proto-indústria cultural na França do século XIX? Para tanto, o desenvolvimento da pesquisa tem como fundamentação teórica Roger Chartier, com o estudo do livro e sua materialidade, sendo um produto comunicacional relevante não apenas em sua época de publicação, a França do século XIX, mas para nossa realidade do século XXI. Também temos suporte em Theodor Adorno com o conceito de Indústria Cultural, a noção de práxis de Karl Marx e a ideia da arte pela arte de Pierre Bourdieu. Justificamos a escolha desta pesquisa pois percebemos como a vertente da História Cultural é um excelente recurso teórico-metodológico para a análise de um romance como práxis comunicacional, capaz de desvendar aspectos formativos prototípicos da Indústria Cultural na França do século XIX. Ao final do trabalho, observa-se por meio desses teóricos as dificuldades e os limites de um livro sendo mais do que ficção, mas uma forma de diálogo entre o público leitor e seu escritor.
Descrição
Palavras-chave
Práxis comunicacional, Literatura, Madame Bovary, Indústria cultural, Gustave Flaubert