Efeito analgésico e anti-inflamatório da naringenina em modelo de artrite induzido por dióxido de titânio e inflamação por ânion superóxido

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Manchope, Marília Fernandes

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Resumo

Resumo: Flavonoides são compostos polifenólicos encontrados amplamente na dieta humana A naringenina é um flavonoide pertencente a classe das flavanonas, encontrada em frutas cítricas como toranja, laranja e limão Ademais, a naringenina é uma molécula pleiotropica com atividade anti-inflamatória Portanto, nosso objetivo foi avaliar o efeito da naringenina em modelo crônico de artrite induzido pelo dióxido de titânio (TiO2) e modelo agudo de dor inflamatória induzido pelo superóxido de potássio (KO2) – um doador de ânion superóxido A hiperalgesia mecânica, hiperalgesia térmica e edema foram avaliados por um analgesímetro digital, placa quente e paquímetro Leucócitos totais foram contados em câmara de Neubauer e subsequentemente foram feitas lâminas para a contagem diferencial de polimorfonuclear e mononuclear Ensaios colorimétricos foram usados para avaliar a atividade da mieloperoxidase (MPO), estresse oxidativo (GSH, capacidade antioxidante total [FRAP], lipoperoxidação e produção de ânion superóxido) e toxicidade Produção de citocinas (TNF?, IL-1) e ativação do NF?B foram avaliados por ELISA A expressão de RNAm foi determinada por RT-qPCR para os genes gp91phox, TNF?, pro-IL-1?, IL-33, COX-2, preproET-1, Nrf-2, HO-1, RANKL, RANK e OPG A toxicidade do tratamento com naringenina em induzir dano gástrico, hepático e renal foi avaliado pela atividade da MPO no estômago, níveis plasmáticos de aspartato aminotransferase (AST), alanina aminotransferase (ALT), ureia e creatinina Em relação ao modelo crônico, no primeiro dia após o estímulo intra-articular com TiO2 foi realizado uma curva dose-resposta de naringenina e os animais foram tratados diariamente com naringenina (167, 5 e 15 mg/kg, via oral [vo]) e a hiperalgesia mecânica e edema foram mensurados após 1, 3, 5, 7, e 24 h após o tratamento e seguidamente de dois em dois dias até o 3º dia Verificamos que a dose de 5 mg/kg inibiu a hiperalgesia mecânica, edema, migração de leucócitos totais – polimorfonuclear e mononuclear – estresse oxidativo (expressão de RNAm gp91phox, produção de ânion superóxido e lipoperoxidação), expressão de RNAm de citocinas pró-inflamatórias (TNF?, pro-IL-1? e IL-33), ativação do NF?B e modulou o sistema RANKL/RANK/OPG Posteriormente, avaliamos a ação da naringenina (167, 5 e 15 mg/kg, vo) no modelo agudo de dor induzido pelo estímulo intraplantar de KO2 A dose de 5 mg/kg de naringenina inibiu o número de contorções abdominais avaliado por 2 min, número de sacudidas da pata e o tempo gasto lambendo a pata em 3 min A hiperalgesia mecânica e hiperalgesia térmica foram avaliados ,5, 1, 3, 5, e 7 h após o estímulo intraplantar com KO2 A dose de 5 mg/kg de naringenina inibiu a hiperalgesia mecânica e hiperalgesia térmica dependente da ativação da via de sinalização NO–GMPc–PKG–canais KATP Ademais essa dose também inibiu a MPO na pata após 7 h do estímulo com KO2, estresse oxidativo (GSH, FRAP, lipoperoxidação, produção de ânion superóxido e expressão de RNAm gp91phox), produção de citocinas (TNF?, IL-1 e expressão de RNAm IL-33), expressão de RNAm para COX-2, preproET-1, e ativou a via Nrf2/HO-1 após 3 h do estímulo com KO2 Com base no exposto acima, naringenina apresenta efeito analgésico e anti-inflamatório em modelos de artrite crônica e dor inflamatória aguda Com o estudo foi possível contribuir para a compreensão dos mecanismos de ação que permeiam atividade dessa molécula e reforça a ação pleiotropica da naringenina

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Palavras-chave

Dor, Inflamação, Artrite, Flavonóides, Pain, Inflammation, Arthrits

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