Suplementação de creatina previne a atrofia muscular pela atenuação da inflamação sistêmica e da sinalização para degradação proteica em ratos com tumor de Wlaker-256

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Cella, Paola Sanches

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Resumo: INTRODUÇÃO: Estudos recentes demonstram que a suplementação de creatina pode inibir a perda de peso induzida por distrofia de Duchenne, miastenia grave, esclerose lateral amiotrófica e imobilizações No entanto, poucos trabalhos investigam o papel da suplementação com creatina na perda de massa muscular induzida pela caquexia do câncer OBJETIVO: Analisar o efeito da suplementação de creatina na caquexia induzida pela forma sólida do tumor de Walker- 256 MÉTODOS: Ratos Wistar machos (n=24) foram pesados e divididos aleatoriamente em três grupos (n=8): controle (C), inoculados com tumor (T), e inoculados com tumor e suplementados com creatina (TCr) A creatina foi adicionada na água de beber (8g/L) por um período de 21 dias, ad libitum Após 11 dias de suplementação, células tumorais foram inoculadas subcutâneamente nos grupos T e TCr Dez dias após a implantação tumoral os animais foram pesados e eutanasiados O sangue foi coletado e os músculos gastrocnêmio e sóleo e EDL assim como o tumor foram retirados e pesados para análises bioquímicas e histológicas RESULTADOS: O crescimento tumoral promoveu redução no ganho de peso corporal (-21%), atrofia no músculo sóleo (área de secção transversa –ASTr: 31%) e EDL (ASTr: 7,13%) todos comparados com o grupo C (p<,5) Além disso, promoveu inflamação sistêmica caracterizada pelo aumento da contagem de leucócitos (115%) e de citocinas circulantes (IL-6, 347% e TNF-a, 166%), assim como aumento da massa do baço (8%), da polpa branca (49%) e do folículo linfoide (12%) (p<,5) No músculo EDL, os níveis de Murf-1 e Atrogin-1 aumentaram, respectivamente, 27% e 23% em relação ao grupo C, porém não houve alteração na expressão de mRNA da atrogin-1 Em contrapartida, a suplementação de creatina preveniu a perda de massa corporal, reduziu o tamanho do tumor (46%), amenizou a atrofia do músculo sóleo (ASTr, 15,8%) restaurou os níveis plasmáticos das citocinas inflamatórias a níveis basais (C=TCr,) assim como foi capaz de reduzir o tamanho da polpa branca (63%) e do folículo linfoide (61%) do baço (p<,5) Além de reduzir os níveis basais de mRNA de atrogin-1 e das proteínas Murf-1 e Atrogin-1 Embora a suplementação de creatina tenha reduzido o crescimento tumoral, ela não alterou a proliferação celular, apoptose e deposição de tecido conjuntivo no tumor CONCLUSÃO: A suplementação de creatina previne o desenvolvimento da caquexia do câncer, reduzindo a atrofia muscular e atenuando o ambiente pró-inflamatório induzido pelo tumor, condição essa responsável por diminuir a expressão de importantes reguladores da degradação de proteínas mediada pelo sistema UP Apesar da significativa redução no tamanho do tumor, a suplementação de creatina não mitigou a agressividade tumoral

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Palavras-chave

Educação física, Creatina-quinase, Atrofia muscular, Tumores, Tumor Walker-256, Physical education, Muscular atrophy, Tumors, Creatine kinase

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