Uma análise comportamental dos protestos de junho de 2013 no Brasil
dc.contributor.advisor | Gallo, Alex Eduardo | |
dc.contributor.author | Melo, Débora de Nez de | |
dc.contributor.banca | Lopes, Carlos Eduardo | |
dc.contributor.banca | Fernandes, Diego Mansano | |
dc.coverage.extent | 106 p. | |
dc.coverage.spatial | Londrina | |
dc.date.accessioned | 2024-08-23T13:33:15Z | |
dc.date.available | 2024-08-23T13:33:15Z | |
dc.date.issued | 2022-06-21 | |
dc.description.abstract | Milhares de pessoas ocuparam as ruas do Brasil, em junho 2013, em contestação a diversas problemáticas sociais. Algumas das pautas dos protestos reivindicavam qualidade nos serviços públicos básicos, denotavam repúdio aos gastos elevados com megaeventos esportivos e às denúncias de corrupção. Os protestos de junho de 2013 tiveram grandes proporções, impactando a dinâmica política brasileira, configurando um interessante objeto de estudo para a Análise do Comportamento. A partir da estrutura da contingência cultural de três termos, é possível estudar os protestos como uma prática cultural inter-relacionada com o ambiente social e físico e as consequências culturais produzidas. As práticas de protesto congregaram diferentes atores sociais, culminando em disputas de grupos integrantes da mobilização social e agências controladoras. Tendo em vista que esta pesquisa teve como objetivo analisar os protestos de junho 2013 a partir de uma perspectiva analítico-comportamental, foram articuladas as literaturas da Sociologia Política e da Análise do Comportamento, a fim de caracterizar o contexto sociopolítico e os atores sociais envolvidos, as relações de controle e contracontrole entre grupos em protesto e agências controladoras e as consequências culturais produzidas. A sistematização do material decorreu em três capítulos organizados a partir da estrutura da contingência cultural de três termos. O primeiro capítulo contempla a identificação de contingências culturais que criaram condições para a emergência de práticas culturais de protesto antecedentes as de junho de 2013. Entre os protestos assemelhados aos de 2013, estão os movimentos antiglobalização (1999) com elementos como a descentralização e ausência de lideranças formais e a presença de grupos Black Blocs. Os protestos das Diretas Já (1984) e Caras Pintadas/Fora Collor (1992) têm os símbolos nacionais (hino, bandeira e heróis) e a defesa pela ética na política (anticorrupção) como semelhança que reverberou em 2013. De modo geral, os protestos se caracterizam pela concentração de pessoas em espaços públicos, bloqueio de vias, uso de cartazes indicando a demanda e/ou denúncia do grupo, palavras de ordem entoadas e bandeiras hasteadas que identificam os grupos e/ou a posição político-ideológica. O segundo capítulo apresenta as contingências sociopolíticas as quais emergiram os protestos de junho de 2013, as frações socialista, autonomista e patriota que compuseram as mobilizações e as práticas de controle das agências controladoras governamental, econômica, midiática e policial nos protestos. A agência policial fez uso de controle coercitivo para dispersar os protestos, a agência midiática descrevia os integrantes a partir de valores morais reprovados socialmente, legitimando práticas repressivas da polícia e, nesse cenário, perspectivas político-ideológicas distintas intragrupos produziu conflitos entre integrantes. O terceiro capítulo contempla as consequências de longo prazo produzidas após os protestos de junho ocorrerem. Foram identificadas modificações institucionais relativas às demandas dos grupos, como a redução da tarifa de ônibus, e consequências legislativas elaboradas a partir de práticas de controle da agência governamental para restringir protestos. Conclui-se que as práticas de protesto de 2013 apresentaram variações que desafiaram o modo como as agências controladoras operavam negociações com integrantes de protestos nas últimas décadas e o ambiente social suprimiu o contracontrole de grupos que iam na contramão dos valores democráticos difundidos pelas agências, como o pacifismo, a lei e a ordem | |
dc.description.abstractother1 | Thousands of people occupied the streets of Brazil in June 2013, to contest various social problems. Some of the protest guidelines claimed quality in basic public services, denoted repudiation to high spending on sports mega-events and the denouces of corruption. The protests of June 2013 had great proportions, impacting the brazilian political dynamics, configuring an interesting object of study for Behavior Analysis. From the structure of the three-term cultural contingency, it is possible to study protests as a cultural practice interrelated with the social and physical environment and the cultural consequences produced. The protest practices congregated different social actors, culminating in disputes between social mobilization groups and controlling agencies. Considering that this research aimed to analyze the protests of June 2013 from an analytical-behavioral perspective, the literatures of political sociology and Behavior Analysis were articulated in order to characterize the sociopolitical context and the social actors involved, the relations of control and counter-control between protesting groups and controlling agencies and the cultural consequences produced. The systematization of the material took place in three chapters organized from the structure of the cultural contingency of three terms. The first chapter contemplates the identification of cultural contingencies that created conditions for the emergence of cultural practices of protest that preceded those of June 2013. Among the protests similar to those of 2013 are the anti-globalization movements (1999) with elements such as decentralization and absence of formal leaderships and the presence of Black Bloc groups. The protests of Diretas Já (1984) and Caras Pintadas/Fora Collor (1992) have national symbols (anthem, flag and heroes) and the defense of ethics in politics (anti-corruption) as a similarity that reverberated in 2013. In general, protests are characterized by the concentration of people in public spaces, blocking of roads, use of posters indicating the group's demand and/or complaint, chanted slogans, and raised flags that identify the groups and/or the political-ideological position. The second chapter presents the sociopolitical contingencies from which the protests of June 2013 emerged, the socialist, autonomist, and patriotic fractions that made up the mobilizations, and the control practices of the governmental, economic, media, and police controlling agencies in the protests. The police agency used coercive control to disperse the protests, the media agency described the members based on socially disapproved moral values, legitimating repressive police practices and, in this scenario, different political-ideological perspectives within groups produced conflicts among members. The third chapter contemplates the long-term consequences produced after the June protests took place. Institutional modifications related to the groups' demands were identified, such as the reduction of the bus fare, and legislative consequences elaborated from government agency control practices to restrict protests. It is concluded that the protest practices of 2013 presented variations that challenged the way control agencies operated negotiations with protest members in recent decades and the social environment suppressed the counter-control of groups that went against the democratic values spread by the agencies such as pacifism, law and order | |
dc.identifier.uri | https://repositorio.uel.br/handle/123456789/17283 | |
dc.language.iso | por | |
dc.relation.departament | CCB - Departamento de Psicologia Geral e Análise do Comportamento | |
dc.relation.institutionname | Universidade Estadual de Londrina - UEL | |
dc.relation.ppgname | Programa de Pós-Graduação em Análise do Comportamento | |
dc.subject | Protestos - Análise comportamental | |
dc.subject | Junho de 2013 | |
dc.subject | Análise do comportamento | |
dc.subject | Política | |
dc.subject | Comportamento humano | |
dc.subject | Análise - Behaviorismo (Psicologia) | |
dc.subject.capes | Ciências Humanas - Psicologia | |
dc.subject.keywords | Protests | |
dc.subject.keywords | June 2013 | |
dc.subject.keywords | Behavior analysis | |
dc.subject.keywords | Policy | |
dc.subject.keywords | Behavior analysis | |
dc.subject.keywords | Human behavior | |
dc.title | Uma análise comportamental dos protestos de junho de 2013 no Brasil | |
dc.title.alternative | A behavioral analysis of the protests of June 2013 in Brazil | |
dc.type | Dissertação | |
dcterms.educationLevel | Mestrado Acadêmico | |
dcterms.provenance | Centro de Ciências Biológicas |
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