Atividade física, comportamento sedentário e indicadores de saúde óssea em adultos jovens: um estudo longitudinal
dc.contributor.advisor | Ronque, Enio Ricardo Vaz | |
dc.contributor.author | Costa, Julio Cesar da | |
dc.contributor.banca | Fernandes, Rômulo Araújo | |
dc.contributor.banca | Serassuelo Junior, Hélio | |
dc.contributor.banca | Pelegrini, Andreia | |
dc.contributor.banca | Campos, Rossana Anelice Gomez | |
dc.contributor.coadvisor | Barbosa, Cynthia Correa Lopes | |
dc.coverage.extent | 114 p. | |
dc.coverage.spatial | Londrina | |
dc.date.accessioned | 2024-10-09T19:15:32Z | |
dc.date.available | 2024-10-09T19:15:32Z | |
dc.date.issued | 2024-04-19 | |
dc.description.abstract | Introdução: A prática de atividade física (AF) e o comportamento sedentário (CS) estão relacionados ao equilíbrio homeostático entre a formação e a reabsorção do osso. Estes diferentes comportamentos induzem respostas fisiológicas à massa óssea por meio de mecanismos como a mecanostática e a mecanotransdução. Contudo, na idade adulta próximo ao período do pico da massa óssea (PMO), as informações sobre o impacto da AF e do CS sobre os indicadores de saúde óssea (ISO) são divergentes, dificultando sua interpretação. Deste modo, é necessário entender se as respostas obtidas a partir da prática habitual da AF e do CS no início da idade adulta podem ocasionar benefícios e/ou prejuízos na saúde óssea ao longo do tempo. Objetivos: Verificar as relações longitudinais das diferentes intensidades da atividade física e do padrão do comportamento sedentário com os ISO em adultos jovens durante sete anos de acompanhamento, e ainda: a) analisar longitudinalmente os impactos da AF e do CS nos indicadores de saúde óssea em adultos jovens, por meio de uma revisão sistemática da literatura; b) verificar a associação entre o tracking da atividade física moderada a vigorosa com os indicadores de saúde óssea em adultos jovens; c) associar diferentes intensidades e bouts da atividade física e do comportamento sedentário sobre a força e resistência óssea em adultos jovens em um estudo de sete anos de seguimento. Metodologia: Trata-se de um estudo com o delineamento longitudinal, que teve sua fase anterior realizada no ano 2016. Para esta fase, 43 adultos jovens de ambos os sexos, com idade entre 25 e 32 foram recrutados. Foram realizadas medidas antropométricas de massa corporal, estatura e o IMC foi determinado. A AF e o comportamento sedentário (CS) foram mensurados pelo uso da acelerometria, com o acelerômetro modelo GT3X+ e as intensidade leve (AFL), moderada (AFM) e vigorosa (AFV) e moderada a vigorosa (AFMV) e o padrão AF e do CS através da obtenção dos bouts foram estabelecidos. A densidade mineral óssea (DMO) foi obtida pelo Absorciometria por dupla emissão de raio-x (DXA) e os parâmetros de força e resistência óssea foram analisados pelo software Hip Strength Analysis. O Coeficiente de Correlação Intraclasse foi empregado para observar o tracking entre o baseline e o follow-up da AF, do CS e da DMO. A Regressão linear foi empregada para observar as associações entre as intensidades da AF (AFL, AFM e AFMV) e o CS com a DMO, bem como os bouts da AF e do CS com os indicadores de força e resistência óssea. A significância adotada foi de 5%. Resultados: A revisão da literatura encontrou 17 artigos com o delineamento longitudinal, somente um estudo foi selecionado entre os períodos da infância e idade adulta, e os resultados mostraram uma ausência de associação entre a AF e os ISO. Associações positivas das diferentes intensidades da AF foram observadas nos períodos da adolescência e a idade adulta com o conteúdo mineral ósseo (CMO), a densidade mineral óssea (DMO) e a microarquitetura do osso. No entanto, ao longo da idade adulta as associações foram classificadas como inconsistentes, uma vez que somente dois estudos foram localizados nas bases de dados. Quanto ao CS, somente dois estudos entre os períodos da infância e adolescência com a idade adulta foram encontrados nas bases de dados, com as evidências sendo classificadas como inconsistentes. Nos artigos originais foram observados um moderado tracking da AFL, AFM e AFMV (CCI entre 0, 36 e 0,39; p>0,05) e um alto tracking da DMO total do corpo, coluna lombar, quadril, braços, pernas e fêmur (CCI entre 0,79 a 0,96; p>0,001) ao longo dos sete anos de estudo e associações negativas foram observadas somente entre a DMO das pernas no grupo que reduziu a AFM (ß= -0,041) e AFMV (ß= -0,035) e com a DMO do fêmur com o grupo que reduziu a AFMV (ß= -0,090) comparada aos que mantiveram a AF ao longo do tempo, indicando que manter a AF ao longo dos anos atenua a perda da DMO. Associações positivas entre dos bouts de 3 a 4 minutos da AFM e AFMV com o índice de força, módulo de seção Z e CSMI (entre ß=0,002 e ß-0,004) e bouts de 5 a 9 minutos de AFMV com o CSMI e CSA (ß =0,001) foram observadas, enquanto os bouts de 1 a 29 minutos do CS apresentaram uma associação negativa (ß= -0,14) com o índice de força, apontando que aumentar ao longo dos anos bouts de AFM e AFMV auxiliam no aumento dos indicadores de força óssea. Conclusão: As evidências do efeito positivo da prática de AF e suas intensidades entre período da adolescência até a idade adulta com os ISO parecem estar mais consolidadas, principalmente nos rapazes, sendo necessário entender o papel das intensidades e do volume da AF na população feminina. Além disso, O tracking da AF ao longo de sete anos de acompanhamento foi moderado e alto para a DMO, no entanto indivíduos que reduziram a AFM e AFMV apresentam redução da DMO, principalmente nas regiões que suportam a carga do peso corporal, além disso, os indivíduos que mantiveram ou aumentaram a AFM e AFMV obtiveram uma atenuação na redução da DMO. E os bouts da AFM (3 a 4 minutos) e AFMV (3 a 4 minutos e 5 a 9 minutos) foram associados positivamente, enquanto os bouts de CS (1 a 29 minutos) negativamente com os indicadores de força e resistência óssea durante a idade adulta. Essas informações podem subsidiar ações de intervenção com o objetivo de aumento da AFM e AFMV para a promoção da saúde óssea e prevenção da osteoporose, minimizando gastos públicos. | |
dc.description.abstractother1 | Introduction: The practice of physical activity (PA) and sedentary behavior (SB) are related to the homeostatic balance between bone formation and resorption. These different behaviors induce physiological responses to bone mass through mechanisms such as mechanostatics and mechanotransduction. However, in adulthood, close to the period of peak bone mass (PMO), information on the impact of PA and SB on bone health indicators (ISO) is divergent, making their interpretation difficult. Therefore, it is necessary to understand whether the responses obtained from the habitual practice of PA and CS in early adulthood can cause benefits and/or harm to bone health over time. Objectives: To verify the longitudinal relationships between different intensities of physical activity and sedentary behavior patterns with ISO in young adults during seven years of follow-up, and also: a) longitudinally analyze the impacts of PA and SB on bone health indicators in young adults, through a systematic literature review; b) verify the association between tracking moderate to vigorous physical activity and bone health indicators in young adults; c) associate different intensities and bouts of physical activity and sedentary behavior on bone strength and resistance in young adults in a seven-year follow-up study. Methodology: This is a longitudinal study, with its previous phase conducted in the year 2016. For this phase, 43 young adults of both sexes, aged between 25 and 32, were recruited. Anthropometric measurements of body mass, height, and BMI were taken. Physical activity (PA) and sedentary behavior (SB) were measured using accelerometry, with the GT3X+ accelerometer model, and light (LPA), moderate (MPA), vigorous (VPA), and moderate-to-vigorous (MVPA) intensities, as well as PA and SB patterns through bouts acquisition, were established. Bone mineral density (BMD) was obtained using Dual-energy X-ray Absorptiometry (DXA), and bone strength and endurance parameters were analyzed using the Hip Strength Analysis software (HSA). The Intraclass Correlation Coefficient was employed to observe tracking between baseline and follow-up of PA, SB, and BMD. Linear regression was used to observe associations between PA intensities (LPA, MPA, and MVPA) and SB with BMD, as well as PA and SB bouts with bone strength and endurance indicators. The significance level adopted was 5%. Methodology: Results: The literature review found 17 articles with a longitudinal design; only one study was selected spanning childhood to adulthood, and the results showed a lack of association between PA and BHI. Positive associations of different PA intensities were observed during adolescence and adulthood with bone mineral content (BMC), bone mineral density (BMD), and bone microarchitecture. However, throughout adulthood, the associations were classified as inconsistent, as only two studies were located in the databases. Regarding SB, only two studies spanning childhood through adolescence to adulthood were found in the databases, with evidence classified as inconsistent. In the original articles, there was moderate tracking of LPA, MPA, and MVPA (ICC between 0.36 and 0.39; p>0.05) and high tracking of total body BMD, lumbar spine, hip, arms, legs, and femur (ICC between 0.79 to 0.96; p>0.001) over the seven years of the study. Negative associations were observed only between leg BMD in the group that reduced MPA (ß= -0.041) and MVPA (ß= -0.035) and femur BMD in the group that reduced MVPA (ß= -0.090) compared to those who maintained PA over time, indicating that maintaining PA over the years attenuates BMD loss. Positive associations between bouts of 3 to 4 minutes of MPA and MVPA with strength index, section modulus, and cross-sectional moment of inertia (ß=0.002 to ß-0.004) and bouts of 5 to 9 minutes of MVPA with cross-sectional moment of inertia and cross-sectional area (ß =0.001) were observed, while bouts of 1 to 29 minutes of SB showed a negative association (ß= -0.14) with strength index, indicating that increasing bouts of MPA and MVPA over the years assist in increasing bone strength indicators. Conclusion: The evidence of the positive effect of PA practice and its intensities between adolescence and adulthood with BHI seems to be more consolidated, especially in males, with a need to understand the role of intensities and volume of PA in the female population. Furthermore, the tracking of PA over seven years of follow-up was moderate to high for BMD; however, individuals who reduced MPA and MVPA showed a decrease in BMD, especially in regions that bear the body weight load. Additionally, individuals who maintained or increased MPA and MVPA experienced an attenuation in BMD reduction. The bouts of MPA (3 to 4 minutes) and MVPA (3 to 4 minutes and 5 to 9 minutes) were positively associated, while SB bouts (1 to 29 minutes) were negatively associated with bone strength and endurance indicators during adulthood. These findings can inform intervention actions aimed at increasing MPA and MVPA for bone health promotion and osteoporosis prevention, thus minimizing public expenditures. | |
dc.identifier.uri | https://repositorio.uel.br/handle/123456789/17990 | |
dc.language.iso | por | |
dc.relation.departament | CEFE - Departamento de Educação Física | |
dc.relation.institutionname | Universidade Estadual de Londrina - UEL | |
dc.relation.ppgname | Programa de Pós-Graduação Associado em Educação Física UEM/UEL | |
dc.subject | Densidade mineral óssea | |
dc.subject | Atividade motora | |
dc.subject | Estilo de vida sedentário | |
dc.subject | Estudos longitudinais | |
dc.subject | Adultos | |
dc.subject.capes | Ciências da Saúde - Educação Física | |
dc.subject.cnpq | Ciências da Saúde - Educação Física | |
dc.subject.keywords | Bone mineral density | |
dc.subject.keywords | Motor activity | |
dc.subject.keywords | Sedentary lifestyle | |
dc.subject.keywords | Longitudinal studies | |
dc.subject.keywords | Adults | |
dc.title | Atividade física, comportamento sedentário e indicadores de saúde óssea em adultos jovens: um estudo longitudinal | |
dc.title.alternative | Association between physical activity and sedentary behaviour trajectories with bone health indicators in young adults: longitudinal study | |
dc.type | Tese | |
dcterms.educationLevel | Doutorado | |
dcterms.provenance | Centro de Educação Física e Esportes |
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