Aprender a desaprender para reaprender: balaio de sabenças-educações a partir da circularidade horizontal dos afetos

dc.contributor.advisorLima, Alexandre Bonetti
dc.contributor.authorLopes, Fábio Cardoso
dc.contributor.bancaCarvalhaes, Flávia Fernandes de
dc.contributor.bancaLéon Cedeño, Alejandra Astrid
dc.coverage.extent285 p.
dc.coverage.spatialLondrina
dc.date.accessioned2024-10-17T17:17:20Z
dc.date.available2024-10-17T17:17:20Z
dc.date.issued2024-08-29
dc.description.abstractO intuito precípuo e estruturante do presente trabalho teórico abarcou a problematização da imposição epistêmica unilateral como axioma constitutivo da modernidade ocidental e eurocentrada, ancorada na imposição vertical de um modelo de educação singular. Neste cenário, as diferenças e assimetrias são transmutadas em desigualdades e hierarquizadas sob o ranço colonialista. A partir disso, o escopo primordial da pesquisa era pensar-sentir outras possibilidades de educações transgressoras e desobedientes ao cânone eurocentrado inserido na lógica colonial-capital-moderna-ocidental. A justificativa dessa análise se faz necessária no sentido de ampliar as compreensões de saberes-fazeres implicados nas diversas existências alheias à parametrização mono-epistêmica. Sobretudo, vislumbrar outras sendas que contemplem a vida em comunhão entre os vastos viventes e a mãe-Terra. Para tanto, dividimos a produção escrita em dois grandes blocos contendo ramificações internas. Desta forma, numa primeira dobra (escopo didático), nos apoiamos nas leituras de autores/as do coletivo modernidade/colonialidade, dentre outros/as pesquisadores/as, para contextualizar suas aproximações, atravessamentos e afetações no contemporâneo, ou seja, uma sucinta tentativa de rastrear seus resquícios e nuances atualizadas no tempo atual. Como resultado, numa segunda dobra, realizamos uma lacônica discussão crítica-reflexiva com teóricos/as da contemporaneidade acerca das reverberações das colonialidades nos modos/formas de subjetivação e de educação imersos na lógica da sociedade performática atravessada pelo capitalismo neoliberal, como ressonâncias do processo contínuo de globalização-colonização. Propomos ainda algumas breves e pontuais reflexões atinentes à educação singular cooptada pela colonização, que ecoa na formulação de um tipo específico de saber e de modelação de indivíduos aptos e adequados à reprodução das demandas coloniais. Por fim, tentamos colorir algumas outras veredas indisciplinadas à imposição epistêmica como possíveis trajetos insurgentes e desobedientes ao instituído pelo olho grande colonial. Caminhamos amparados pelos alentos teóricos e alianças afetivas com Krenak, Nêgo Bispo, Simas e Rufino, em confluência com outros/as pensadores/as que discorrem acerca do pensar-sentir um mundo onde outros mundos caibam e sejam possíveis/viáveis de existirem através dos encontros lambuzados nas cuias das circularidades horizontais dos afetos. Com base nas discussões conduzidas durante o trabalho, foi possível perceber o quanto o nosso sistema de ensino ainda reproduz um modelo/formato violento, brutal, enlatado e encaixotado, mediante parâmetros eurocêntricos de produção e validação de conhecimento. Isso acaba por inviabilizar, esvaziar e silenciar uma vasta gama de construções teórico-práticas e de vivências, experiências e permanências antagônicas à padronagem monolítica. Essa monocultura do saber contribui para o encarceramento das formas de ser e estar no mundo, muitas vezes gerando adoecimento e sofrimento em decorrência da imposição vertical e hierárquica de uma modelagem específica, em conformidade à manutenção do poder de uma elite privilegiada, que ainda regula nossas existências baseadas em referências idealizadas do ser, saber e poder atualizadas no espectro colonial. Em virtude disso, propomos o balaio de sabenças-educações como um antídoto às práticas escolarizantes e ao sistema de educação singular-colonial, pela via da cuia dos afetos que cirandam um outro mundo possível onde caibam vários mundos
dc.description.abstractother1The primary and structuring purpose of this theoretical work was to problematize the unilateral epistemic imposition as a constitutive axiom of Western and Eurocentric modernity, anchored in the vertical imposition of a singular model of education. In this scenario, differences and asymmetries are transmuted into inequalities and hierarchized under the colonialist rancor. Based on this, the primary scope of the research was to think and feel other possibilities for transgressive and disobedient educations to the Eurocentric canon inserted in the colonial-capital-modern-western logic. The justification for this analysis is necessary, in order to broaden our understanding of the know-how involved in the various existences outside the mono-epistemic parametrization. Above all, to glimpse other paths that contemplate life in communion between the vast living and Mother Earth. To this end, we have divided the written production into two large blocks with internal ramifications. Thus, in a first fold (didactic scope), we relied on readings by authors from the modernity/coloniality collective, among other researchers, to contextualize their approaches, crossings and affectations in the contemporary world, in other words, a succinct attempt to trace their remnants and nuances updated in the present time. As a result, in a second fold, we hold a laconic critical-reflexive discussion with contemporary theorists about the reverberations of colonialism in the modes/forms of subjectivation and education immersed in the logic of the performative society crossed by neoliberal capitalism as resonances of the continuous process of globalization-colonization. We also propose some brief and punctual reflections on the singular education co-opted by colonization, which echoes in the formulation of a specific type of knowledge and the shaping of individuals fit and suitable for the reproduction of colonial demands. Finally, we try to color some other paths unruly to epistemic imposition as possible insurgent and disobedient paths to what is instituted by the colonial big eye. We walk supported by theoretical inspiration and affective alliances with Krenak, Nêgo Bispo, Simas and Rufino in confluence with other thinkers who discuss thinking-feeling a world where other worlds fit and are possible/feasible to exist through encounters smeared in the gourds of the horizontal circularities of affections. Based on the discussions held during the work, it was possible to see how much our education system still reproduces a violent, brutal, canned and boxed model/format, using Eurocentric parameters for the production and validation of knowledge. As a result, it ends up making impossible, emptying and silencing a wide range of theoretical and practical constructions and experiences that are antagonistic to the monolithic pattern. This monoculture of knowledge contributes to the incarceration of ways of being in the world, often generating illness and suffering as a result of the vertical and hierarchical imposition of a specific model, in line with maintaining the power of a privileged elite, that still regulates our existences based on idealized references of being, knowledge and power updated in the colonial spectrum. As a result, we propose the ballet of knowledges-educations as an antidote to schooling practices and the singular-colonial education system via the gourd of affections that circles another possible world where several worlds fit
dc.identifier.urihttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/18126
dc.language.isopor
dc.relation.departamentCCB - Departamento de Psicologia Geral e Análise do Comportamento
dc.relation.institutionnameUniversidade Estadual de Londrina - UEL
dc.relation.ppgnamePrograma de Pós-Graduação em Psicologia
dc.subjectModernidade/Colonialidade
dc.subjectEpistemologias
dc.subjectEducações
dc.subjectContracolonialidade
dc.subject.capesCiências Humanas - Psicologia
dc.subject.cnpqCiências Humanas - Psicologia
dc.subject.keywordsModernity/Coloniality
dc.subject.keywordsEpistemologies
dc.subject.keywordsEducation
dc.subject.keywordsCounter-coloniality
dc.titleAprender a desaprender para reaprender: balaio de sabenças-educações a partir da circularidade horizontal dos afetos
dc.title.alternativeLearning to unlearn in order to relearn: a ballet of knowledge-educations based on the horizontal circularity of affections
dc.typeDissertação
dcterms.educationLevelMestrado Acadêmico
dcterms.provenanceCentro de Ciências Biológicas

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