Autorregulação, autoeficácia e uso de estratégias de aprendizagem na construção da performance de pianistas em diferentes níveis de formação

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Calzavara, Adriana Akemi Kikuchi

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Resumo: O presente estudo está embasado na Teoria Social Cognitiva e objetivou analisar as relações entre o nível de autorregulação da aprendizagem, as crenças de autoeficácia e o uso de estratégias na construção da performance de alunos pianistas de graduação (1º a 4º ano do Bacharelado) e pós-graduação stricto sensu (Mestrado e Doutorado) de sete instituições públicas de Ensino Superior Para atingir o objetivo proposto, optou-se pela pesquisa descritiva, com abordagens quantitativa e qualitativa, pelas quais os dados foram coletados, tabulados e analisados em relação ao referencial teórico No intuito de abarcar todas as dimensões da autorregulação, a coleta se deu de forma online, por meio de questionário composto por dois instrumentos, Self-regulated Practice Behaviour Questionnaire e Inventário de Autoeficácia Foi também incluída uma questão aberta, pela qual os estudantes foram inquiridos sobre as estratégias que utilizam na abordagem de uma nova obra musical considerada difícil Compuseram a amostra do estudo 93 estudantes Os resultados mostraram que a amostra estudada tende a um alto nível de autorregulação de sua prática instrumental, sendo que os estudantes de pós-graduação apresentaram níveis mais elevados de autorregulação em relação ao uso de recursos pessoais, e menor autorregulação por meio da utilização de recursos externos, comparados aos da graduação Quanto à autorregulação em função da idade, indivíduos mais jovens apresentaram maior regulação por meio de recursos externos Em relação às horas diárias de estudo, o grupo que estuda mais tempo apresentou maior regulação por recursos externos Quanto às crenças de autoeficácia, a amostra estudada tende a sentir-se confiante ou muito confiante para autorregular sua prática instrumental Não foram encontradas diferenças significativas em relação à autoeficácia, comparando os dois níveis de ensino A análise demonstrou também uma correlação moderada positiva e significativa entre o Inventário de Autoeficácia e o Self-regulated Practice Behaviour Questionnaire, indicando que conforme aumenta a capacidade de autorregulação, também aumentam as crenças de autoeficácia, e vice-versa A análise das estratégias revelou 26 categorias diferentes de resposta, condizentes com as estratégias já existentes na literatura Esta pesquisa evidenciou a relevância da autorregulação e da autoeficácia, associadas ao conhecimento e uso flexível de estratégias na construção de uma performance musical de maior qualidade com menor desgaste físico e emocional dos estudantes Ressalta-se a importância do professor de instrumento inicialmente modelar e fomentar o comportamento autorregulado dos estudantes, ajudá-los a manter crenças robustas de autoeficácia e provê-los do conhecimento e adequação de diversas estratégias de estudo, buscando desde o início a expressividade, para que os alunos se tornem proativos e autônomos e possam enfrentar os desafios da performance musical

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Palavras-chave

Ensino superior, Autoeficácia, Música, Piano, Desempenho, Higher education, Self-efficacy, Music, Piano - Learning strategies, Performance

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