Respiração do solo em áreas de restauração florestal e fragmentos de Mata Atlântica no sul do Brasil
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Paula, Victor Lucas Moreno de
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Resumo
Resumo: Além da utilização de combustíveis fósseis, o desmatamento tem contribuído com o aumento dos gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera, sendo a principal fonte de GEE no Brasil atualmente Com a grande quantidade de áreas degradadas, os reflorestamentos tornaram-se uma alternativa para a mitigação destas emissões, uma vez que florestas em crescimento apresentam alta capacidade de assimilar carbono através da produção primária A presença da vegetação também acarreta a formação de uma camada de necromassa, que juntamente com a biomassa acima e no solo forma o estoque de carbono orgânico do ecossistema A necromassa, quando decomposta, libera CO2 para a atmosfera, que juntamente com a respiração das raízes é conhecida como “respiração do solo” A mensuração deste fluxo de CO2 pode informar sobre o estado do ecossistema em recuperação, refletindo tanto o metabolismo dos decompositores quanto das plantas e dos microrganismos rizosféricos Nesse contexto este trabalho objetiva avaliar a respiração do solo, a produção e o acúmulo de serapilheira, bem como a temperatura e a umidade do solo, visando determinar diferenças entre sítios de restauração florestal e fragmentos florestais, tomados como ecossistemas de referência O estudo foi realizado em três reflorestamentos com cerca de 15 anos e três fragmentos de Floresta Estacional Semidecidual A respiração do solo apresentou valores médios de 73,1 e 73,8 mg CO2m-2s-1 nos reflorestamentos e fragmentos florestais respectivamente, sendo ligeiramente maior nos fragmentos florestais, e nos momentos de maior umidade e/ou temperatura do solo, quando se analisa as áreas em conjunto No entanto, as variáveis determinantes para a respiração do solo foram diferentes em cada ambiente, sendo a área basal determinante em reflorestamentos enquanto umidade e temperatura do solo foram determinantes em fragmentos florestais A contribuição da respiração autotrófica variou de 28 a 57 % nos ambientes de reflorestamento e de 27 a 36 % nos ambientes de floresta observando-se então maior contribuição da respiração autotrófica em ambientes de reflorestamento Os resultados sugerem que a vegetação e a biota decompositora está se recuperando rapidamente nos sítios de restauração
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Palavras-chave
Recuperação ecológica, Ciclo de carbono (Biogeoquímica), Biodegradação, Ecossistemas, Restoration ecology, Carbon cycle (Biogeochemistry), Biodegradation, Ecosystems