Near miss materno : qualidade de vida no pós-parto

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Colombo, Natália Carolina Rodrigues

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Resumo

Resumo: Mundialmente a saúde e a qualidade de vida (QV) da mulher é abordada como tema central e desafiador Entre as iniciativas para melhoria desse cenário é a identificação de mulheres que sofreram um evento de near miss materno durante a gravidez, parto ou em até 42 dias após o término da gravidez, mas sobreviveram Este estudo avaliou a QV de puérperas de alto risco que vivenciaram o near miss no período pós-parto por meio de um estudo transversal, aninhado a uma coorte prospectiva, entre outubro de 216 a agosto de 217 Participaram puérperas de alto risco de uma maternidade pública da região sul do Brasil, com algum critério de near miss materno No primeiro estudo, uma revisão integrativa, 9 artigos foram incluídos, que utilizaram 1 tipos de instrumentos de avaliação de qualidade de vida, 4 de uso genérico e 6 específicos Foram observados prejuízos nas dimensões física, emocional, psicológica, social, conjugal, sexual e profissional que afetaram diretamente na QV de mulheres no pós-parto No segundo estudo, utilizou-se um formulário estruturado para a caracterização, o Short Form Survey (SF-36) para um dos estudos com 262 puérperas e o instrumento Mother Generated Index (MGI) para o terceiro estudo com 236 puérperas Foram realizados os testes Shapiro-Wilk, Levene, Mann-Whitney ou Kruskal-Wallis para comparar as medianas e o Post-Hoc de Dunn Utilizando-se o SF-36, dor e limitações por aspectos físicos e emocionais foram os domínios da QV com piores escores e o near miss cardiovascular prevaleceu Adolescentes tiveram pior escore de limitação física (p=,35), puérperas com 36 anos ou mais apresentaram melhor escore de saúde mental (p=,42), as brancas mostraram escore pior de dor (p=,4) e melhor de estado geral de saúde (p=,4), e quem realizou cesárea teve pior escore de limitação física, aspectos emocionais, saúde mental e aspectos globais físicos e mentais De acordo com a MGI, para a maioria das puérperas foi negativo o retorno ao trabalho (n= 58; 45,7%) e problemas físicos ou mentais (n=71; 34,6%) Tanto os dados absolutos como as médias foram positivos nas áreas sentimento em relação a si mesma (8,7±1,3); sentimento em relação ao bebê (9,5±1,), relacionamento parceiro/família (9,5±1,) e vida social (8,4±1,4) O retorno ao trabalho (média do escore secundário = ,5 ± ,9) e a vida social (média do escore secundário = ,4; ±,9) foram as piores áreas da QV Houve associação entre os diferentes níveis de escolaridade, vida social (p= ,36); sentimentos em relação a si mesma (p=,23) e retorno ao trabalho (p=,37); ensino fundamental com sentimento em relação a si mesma (p=,38) e vida social (p=,33); retorno ao trabalho e nível fundamental (p=,41); ocupação leve e vida social (p=,33); near miss infeccioso e sentimentos com relação a si mesma (p= ,28) e problemas físicos ou mentais (p=,14)Conclui-se que as puérperas em situação de near miss apresentaram redução da QV com destaque nas áreas físicas e emocionais, o que reforça a necessidade de diagnosticar e propor cuidados de saúde a essa população pouco percebida

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Palavras-chave

Enfermagem neonatal, Enfermagem obstétrica, Enfermagem, Cuidado pós-natal, Neonatologia, Neonatal nursing, Midwifery nursing, Nursing - Postnatal care, Neonatology, Humanization of childbirth

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